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Filipe Luís nega favoritismo do Flamengo e compara Cruz Azul com equipes brasileiras: 'Pressiona muito'

Técnico garante que jogadores estão focados após dobradinha

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Pedro Werneck
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/12/2025
08:46
Atualizado há 3 minutos
Filipe Luís durante treino no Catar antes de jogo contra o Cruz Azul (Foto: Divulgação / Flamengo)
imagem cameraFilipe Luís durante treino no Catar antes de jogo contra o Cruz Azul (Foto: Divulgação / Flamengo)

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O técnico Filipe Luís, do Flamengo, concedeu entrevista coletiva no Catar nesta terça-feira (9), véspera do "Clássico das Américas" na Copa Intercontinental. O comandante rubro-negro rasgou elogios à equipe do Cruz Azul, que enfrentará às 14h (de Brasília) desta quarta, e negou favoritismo. Também comparou as características dos mexicanos com duas equipes recentes do futebol brasileiro.

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— O Cruz Azul é um time com ideias claras: pressiona muito, com muita força física, duelos e perseguições individuais, protagonista dos jogos com a bola, difícil de tirar a bola deles. Costuma dominar os adversários quase sempre. É similar à forma de defender do Bragantino do (Vagner) Mancini e do Atlético Mineiro do Cuca. E, para jogar, lembra várias equipes, mas a individualidade torna a equipe única. São meio-campistas de muita qualidade, que se oferecem para jogar — analisou.

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Logo mais, os jogadores farão mais um treino para a partida contra o Cruz Azul. O Flamengo se prepara para o duelo desde que chegou ao Catar, no domingo (10), poucos dias depois de confirmar o título brasileiro. Filipe Luís tem estudado exaustivamente o primeiro adversário, do qual se tornou admirador.

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— É um time muito competitivo, muito bem treinado. A liga mexicana é muito competitiva, disputada, com poder financeiro grande. A equipe tem ótimos jogadores, especialmente fortes fisicamente. Defendem de maneira agressiva, com pressão, tentando ser protagonista, atacando o máximo possível, com jogadores com qualidade também no banco. A gente pensa futebol de forma parecida: pressionando e tentando controlar o jogo. Vai ser um jogo muito disputado! — elogiou.

Nicolás Larcamón, técnico do Cruz Azul que teve passagem pelo Cruzeiro (Foto: Carl de Souza / AFP)
Nicolás Larcamón, técnico do Cruz Azul que teve passagem pelo Cruzeiro (Foto: Carl de Souza / AFP)

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Por isso, o técnico não vê favoritismo no duelo entre campeões da Libertadores e Concacaf.

— Estar nessa cadeira aqui é um cargo de muita exigência e cobrança, motivo de muito orgulho. Trabalhei muito para isso. Liderei esses jogadores no Mundial de Clubes, passamos excelente imagem, e esperamos fazer isso amanhã em jogo que não tem favorito. Os dois melhores das Américas — afirmou.

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Outras respostas de Filipe Luís, técnico do Flamengo

Diferencial do Cruz Azul

— De concreto, olho a parte individual, mas tento olhar mais para o coletivo. Para mim, o diferencial é o meio-campo, eles têm muita qualidade, mobilidade, se oferecem para o jogo.

Planejamento do Flamengo

— A logística foi muito preparada, tivemos oportunidade de viajar um dia antes do planejado pelo título antecipado do Brasileiro. Conseguimos nos adaptar, treinar e descansar, ajustados ao fuso horário diferente. O time chega em perfeitas condições físicas, não demonstra cansaço e, da parte mental, está mais leve do que nunca depois de ganhar os dois títulos mais importantes.

Foco dos jogadores

— O ser humano pode relaxar depois de alcançar um objetivo. Mas é um grupo de multicampeões e sinto que eles querem mais. Vejo muita ambição, fome e seriedade nos treinos. Espero que seja assim no Mundial e no ano que vem. Multicampeões continuam conquistando, porque não perdem a fome de títulos. Eles não param, não se acomodam.

Nicolás Larcamón, técnico do Cruz Azul

— Primeiro, quando vejo o Cruz Azul jogando, a ideia do treinador é muito clara, uma equipe com identidade, fase de transição defensiva e ofensiva, que pressiona. Os jogadores compraram a ideia de pressionar, de oferecer mobilidade no meio-campo. Isso mostra o que pensa o treinador. Ele passou pelo Cruzeiro, temos amigos em comum que falaram muito bem. É um treinador importante na Liga Mexicana, não é a primeira equipe que treina por lá. É um time muito sólido.

Atlético de Madri

— O DNA do Atlético de Madri é algo que a gente traz, pelo tempo que ficamos lá, especialmente o Saúl. Eu falo muito sobre o que (Diego) Simeone conseguiu conquistar. Se estou aqui, foi porque ele me inspirou. Mas o Flamengo é um time diferente, vê o futebol de forma diferente. Estamos muito orgulhosos com as nossas conquistas.

Virada de chave para o Intercontinental

— A virada de chave para o Intercontinental foi rápida, a partir do momento que você começa a estudar o adversário. A gente sabe a cobrança externa e interna, é uma competição muito importante para o futebol sul-americano e queremos chegar o mais longe possível. Nos dá muita confiança ter conseguido os melhores números do campeonato mais difícil do mundo, o Brasileiro. Meus jogadores fizeram um campeonato extraordinário, que me deixa muito orgulhoso. Sobre a renovação, a prioridade é o jogo que vem pela frente, é o Flamengo e o que estamos disputando. O pessoal é secundário.

Recepção no Catar e comparação com Botafogo x Pachuca

— A nossa recepção no Catar foi muito boa, sempre é nos países árabes, sempre fui muito bem recebido. Nossa equipe foi bem recebida, as instalações e campo são maravilhosos, o hotel também. Quem jogou ano passado contra o Pachuca foi o Botafogo, em circunstâncias diferentes, momentos diferentes, equipes diferentes. O Cruz Azul é diferente, tenta dominar muito mais o jogo. Vai ser uma disputa interessante de dois times de muita qualidade. Nós chegamos em excelente forma física e mental. Vamos desfrutar o máximo possível desse torneio que é um sonho conquistar.

Chance de Pedro jogar

— Tem (chance), por isso que ele está aqui. Acreditamos que vai conseguir se recuperar. É o nosso atacante, espero que a gente possa conseguir ter ele no campo novamente.

Campanha do Flamengo no ano

— Aliás, os dois times que passamos na Libertadores são os finalistas do Campeonato Argentino. Não esqueçam disso: foi muito difícil! Dentro do Brasileiro, também foram vários mata-matas, precisando ganhar. Nosso time está acostumado a jogos decisivos, desde o Campeonato Carioca, com oito clássicos. Você perde um, a cobrança triplica. Estamos acostumados com a pressão.

Gramados e críticas ao futebol brasileiro

— Primeiro que fomos os primeiros em tudo: números, melhor ataque, melhor defesa, posse... Então, taticamente, obviamente que funcionou. Tenho muito orgulho dos meus jogadores, que são os melhores, e não digo da boca para fora. Pela ambição, seriedade nos treinos. Não à toa são multicampeões. Mas dá para evoluir: a cada jogo, se comete erros e vamos corrigindo, vão assimilando. Sobre os gramados, obviamente, temos que começar pelo básico. Por que ninguém respeita e canta o hino nacional antes dos jogos? Por que ninguém respeita um minuto de silêncio? Que campeonato da Europa tem seis clubes que vão jogar no sintético? Isso desvaloriza nosso produto, faz que menos pessoas queiram assistir.

Mais sobre gramados

— Não entrei no estádio ainda (Ahmad bin Ali), mas tenho certeza que é lindo e estará em perfeitas condições, é um estádio de Copa do Mundo. Na final da Libertadores, no Peru, em Lima, talvez tenha sido o melhor gramado que jogamos no ano. Se é possível lá e no Catar, também é no Brasil. Precisamos de investimento, padronização e cobrança para, a longo prazo, conseguir esse nível de gramado e estádios.

Cansaço do Flamengo

— Foi um ano longo, difícil para todos. O Flamengo teve 75 jogos porque chegou nas finais, isso é um privilégio e orgulho. Jogamos o Mundial. Mas o futebol é feito de momentos: às vezes você começa o ano cansado e termina bem, a parte mental também influencia, a pressão e exigência. E o momento é muito bom: a maioria dos jogadores descansou uma semana. Eles querem conquistar. Conseguimos revezar o elenco para ter todos disponíveis. Chegamos no nosso melhor momento. Dentro do campo, a gente vai poder comparar. Sinto que é um momento excelente.

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