menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Filipe Luís admite início ruim do Flamengo contra Corinthians: ‘Superior a nós’

Rubro-Negro sofre, mas busca virada diante do Timão fora de casa

WhatsApp-Image-2024-05-06-at-12.02.08-aspect-ratio-1024-1024
Mauricio Luz
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 28/09/2025
23:42
Filipe Luís Corinthians x Flamengo
imagem cameraFilipe Luís durante Corinthians x Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

  • Matéria
  • Mais Notícias

Técnico do Flamengo, Filipe Luís avaliou a vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians neste domingo (28), na Neo Química Arena, pela 25ª rodada do Brasileirão. Em entrevista coletiva após a partida, o treinador admitiu a superioridade do adversário, sobretudo no primeiro tempo.

continua após a publicidade

➡️ Luiz Araújo revela ‘segredo’ do Flamengo no Brasileirão

— Começo do jogo foi difícil para a gente. Subimos nossa pressão na marcação, mas eles acabaram saindo, às vezes por tabela, por vantagem qualitativa, por drible, e isso fez com que nosso time tivesse que correr para trás. Não controlamos bem a profundidade. Hoje fomos muito mal nesses primeiros 30 minutos nesse aspecto, e era exatamente o que eles estavam explorando: a bola nas costas da nossa linha defensiva. Acabaram machucando bastante a nossa defesa — analisou Filipe, que seguiu:

— A partir do pênalti, com 11 minutos, praticamente já começamos a ajustar, mas foi um processo de formação para todo mundo. Até acertar, foram praticamente 30 minutos. E aí, realmente, vocês sabem tão bem quanto eu: o Corinthians é muito superior a nós em todas as fases do jogo. Essa frustração de não poder recuperar a bola se transmitia também para a nossa posse, que era ruim, com erros técnicos, erros individuais, fruto do desgaste, da perna pesada e da necessidade de correr para trás — completou.

continua após a publicidade

Filipe Luís continuou, elogiando a recuperação do Flamengo e o volume a partir do segundo tempo.

— A partir do momento que corrigimos, os jogadores começaram a controlar melhor o jogo. Passamos a ter mais posse e mais controle. Nos últimos 10, 15 minutos do primeiro tempo já estávamos muito melhores do que no início — disse.

— No começo do segundo tempo tomamos um gol, mesmo após o ajuste, mas já se via outro tipo de competitividade e postura dos jogadores. Sabíamos que teríamos nossas chances. Também tivemos nos últimos 10 minutos do primeiro tempo, e no segundo criamos bastante, com volume, com muita gente chegando. Criamos as chances para poder vencer um jogo muito difícil, depois de uma carga mental grande na Libertadores, pênaltis, dois dias de viagem, conseguimos uma vitória fantástica — concluiu.

continua após a publicidade

➡️ Tudo sobre o Mengão agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Flamengo

Filipe Luís Corinthians x Flamengo
Filipe Luís durante Corinthians x Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Outras respostas de Filipe Luís após Corinthians x flamengo

Arrascaeta e Carrascal juntos

— Eu vejo essas conexões, como eles se procuram durante os treinos da semana. Eu vinha treinando o Carrascal durante a última semana e meia ou duas semanas nessa posição. Ele entendeu bem. Que jogador. Impressionante o jogo que ele fez. Dá uma soltura para a equipe, limpa as jogadas, tem uma visão de jogo, se conecta com os companheiros. Hoje ainda deu duas assistências. Jogador determinante. Estou muito feliz pela atuação dele e a entrega, porque nessa função ele teve de correr mais do que está acostumado e ele fez. Agora é uma questão de adaptação. Nos últimos cinco ou 10 minutos teve câimbra, mas acredito que com sequencia ele vai aguentar bem essa posição. Estou muito feliz pelo rendimento dos dois.

Um ano como técnico do Flamengo

— Está sendo muito intenso. Falei para os jogadores, depois do jogo da Libertadores, que quando cheguei no quarto depois dessa carga mental de pênaltis, tensão absurda que temos como treinador, disputar competições no clube de maior pressão do país… Cheguei no quarto e agradeci, mas não pela vitória. Agradeci pelo privilégio de poder viver todos esses momentos únicos aqui no Flamengo, já como jogador e agora como treinador. Cada segundo para mim é um presente. Tô aproveitando ao máximo, desfruto até quando não é tão bom. Estou no lugar onde quero estar.

Falta consistência nos dois tempos?

— Cada jogo é diferente. Já tivemos muitos jogos onde fizemos dois tempos bons. Se pegar vários resultados onde fizemos os dois tempos bons, dominamos e até goleamos. E tem outros que jogamos pior que os adversários, que nos colocam em situações. O adversário também tem qualidade e suas armas. Jogar na Arena não é fácil. Depois dessa viagem e desse jogo muito intenso que tivemos contra o Estudiantes, vir jogar aqui depois de dois dias e praticamente sem descanso não é fácil. Mesmo assim, o time sofreu no começo, mas depois conseguiu competir e vê que sobrou fisicamente até o final. Muitas vezes quando o time cai todo mundo fala da parte física, mas muitas vezes não. O adversário joga, te coloca situações, muda sistema. O treinador age, como hoje agimos. O futebol é um organismo vivo.

Poder de reação do Flamengo

— Eu não diria que foi o primeiro tempo todo (abaixo), foram 32, 35 minutos muito ruins. Mas o final do primeiro tempo foi muito bom, e isso já deu pistas do que tínhamos que atacar, o que corrigir no intervalo. Muitas vezes, esses ajustes que fazemos são para dar soluções aos jogadores se sentirem melhor dentro de campo, e nosso time têm muita qualidade, e na questão de que se encontrem confortáveis com as situações que estão vivendo. Claro que, por exemplo, o fato de termos controlado muito mal a profundidade pelo excesso de jogos que temos, e não termos tempo para treinar, esses comportamentos se perdem. Sempre que temos tempo, temos que voltar a treinar esses comportamentos, que é algo que a gente vem perdendo tanto no ataque como na defesa. No fim das contas, todo mundo fala da força mental dos times na Libertadores, mas os que mais têm (títulos) no Brasil são São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Santos e Grêmio.

— Não tem ninguém com dez, ninguém tem força mental para ganhar dez Libertadores. Estamos todos na mesma. São anos diferentes, sorteios que dependem. De repente, você pega uma equipe como pegamos na fase de grupos, que é o Central Cordóba, que sempre que formos jogar dez vezes, vamos sofrer nove. Pelo estilo que eles têm de jogar, é um time que faz o Flamengo sofrer. Depende do sorteio, do momento dos jogadores, das lesões, das viagens, de onde vão ser os jogos. Tudo influencia na Libertadores. Quem acha que ir à Argentina jogar quartas de final na casa do Estudiantes é fácil está muito enganado. Temos que nos acostumar com essa dificuldade hoje e sempre, por isso diminuir as expectativas é sempre importante.

➡️ Flamengo informa problemas físicos de Léo Pereira, Viña e Jorginho diante do Corinthians

Resultados da rodada são bons para o Flamengo

— Cada rodada implica sua importância. Tivemos essa sequência de viagens também contra o Inter, por Libertadores e Brasileirão, em que houve um desgaste grande e acabamos vencendo. Agora teremos um rival direto no próximo jogo, o Cruzeiro, são três pontos importantíssimos, como foi hoje. Costumo falar que esse é campeonato é muito complicado. Empatamos com o Vasco na semana passada e nossos rivais pelo título ganharam. Todo mundo falou que o Flamengo era horrível por empatar com o Vasco, e ontem o Vasco do Cruzeiro, o Vasco tem um grande treinador. Temos que ter estabilidade, não achar que somos os melhores porque vencemos o Corinthians fora de casa. Temos um longo percurso. É preparar com humildade para pegar o Cruzeiro, que vem mordido pelo título.

Duelo com Cruzeiro e liderança com jogo a menos

— Não muda absolutamente nada. Temos que somar o máximo de pontos possíveis daqui até o final. O campeonato é difícil para todos. Hoje o Palmeiras teve que viajar, nós também, depois temos uma sequência em casa, mas tem a Data Fifa. Tem várias coisas que acontecem nesse percurso que são desafios. Você tem que estar o mais equilibrado possível porque são jogos muito difíceis. Mesmo se jogar com um time da parte de baixo, são jogos complicados, sempre foram e sempre vão ser. É ter tranquilidade contra o Cruzeiro. Perdemos, não tem nada de revanchismo. Queremos vencer porque queremos subir na tabela e nos distanciar deles. O Cruzeiro é um candidato ao título, estamos vendo o trabalho espetacular que o treinador está fazendo. Temos que aprender todos com o que ele vem fazendo. Será um jogo muito bonito.

Mês de outubro decisivo e Data Fifa

— Maio, junho, julho foram cruciais. Se não ganhássemos do Táchira estaríamos fora da Libertadores. No Flamengo todos os meses são cruciais, todos os jogos são importantes. Temos que enfrentar o calendário da melhor maneira, sabendo da qualidade e da força que temos. O único caminho é trabalho e sacrifício.

Reencontro com Dorival Junior

— Falei com ele antes do jogo. Fui no vestiário dar um abraço nele. Como treinador, a dor e a solidão da derrota são muito fortes. Eu não sabia que era tão grande. Hoje saímos com a vitória, estou feliz. Ele vai passar uma noite difícil porque todos nós passamos. Hoje entendo e já pedi desculpas para outros treinadores que tive porque hoje entendo o que passam. É um trabalho muito sacrificado, que dá muitas alegrias, mas também é um sacrifício grande. Passei lá e dei um abraço, tenho muito amor e carinho por ele e tudo que fez por mim. Desejo sempre o melhor para a vida dele.

Para acompanhar as notícias do Flamengo, acompanhe o Lance! Todas as informações e acontecimentos atualizados em tempo real

  • Matéria
  • Mais Notícias