Advogado explica por que aceitou defender Augusto Melo em processo de impeachment no Corinthians
José Eduardo Cardozo se diz confortável com a defesa do mandatário afastado

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Responsável pela defesa de Dilma Rousseff durante o processo de impeachment que a retirou da presidência da República, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo voltou a assumir um papel central em uma disputa política — desta vez, no mundo do futebol envolvendo o Corinthians.
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Ele integra agora a equipe jurídica que defende Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, do processo de impeachment que tirou o mandatário do cargo. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, Cardozo explicou por que decidiu aceitar o caso.
“Você sabe que, quando a gente chega a uma certa fase da vida profissional, a gente não pega todas as causas que aparecem. Você tem alguns aspectos que precisa levar em conta, aquilo com que você se sente confortável ou desconfortável", disse Cardozo, ao justificar sua decisão.
O advogado afirmou que não conhecia o caso até ser procurado diretamente por Augusto Melo. Após analisar o inquérito e o processo de impeachment conduzido no clube, ele concluiu que havia fundamentos jurídicos suficientes para aceitar a missão.
“Independentemente de ele ser um bom presidente ou mau presidente, isso não é o que está em pauta. Mas houve uma grave lesão aos direitos dele nesse processo de afastamento. Ah, isso houve”, declarou.
Cardozo aponta que o estatuto do Corinthians foi desrespeitado e que não houve a devida garantia ao direito de defesa do dirigente, afastado oficialmente em votação realizada no Conselho Deliberativo no dia 26 de junho. Na ocasião, 176 conselheiros votaram pelo impeachment de Augusto Melo, enquanto 57 foram contrários e um se absteve.
“Ou seja, uma série de situações que eu considero arbitrárias. E algo que me deixa muito confortável na minha vida de advogado é lutar contra arbitrariedades, ocorram elas onde ocorrerem. Portanto, fiquei e fico muito confortável na defesa do presidente Augusto”, completou.

Veja abaixo a fala completa de José Cardozo:
Você sabe que, quando a gente chega a uma certa fase da vida profissional, a gente não pega todas as causas que aparecem. Você tem alguns aspectos que precisa levar em conta, aquilo com que você se sente confortável ou desconfortável. No caso do Corinthians, eu não conhecia o caso, até que o presidente Augusto veio me trazer.
Eu analisei, vi o inquérito e posso dizer a vocês, com absoluta segurança: eu me senti muito confortável em fazer essa defesa dele. E por quê? Eu acho que, realmente, independentemente de ele ser um bom presidente ou mau presidente, isso não é o que está em pauta, mas que realmente houve uma grave lesão aos direitos dele nesse processo de afastamento. Ah, isso houve.
O estatuto foi desrespeitado, foi atropelado, não foi garantido o direito de defesa a ele. Ou seja, uma série de situações que eu considero arbitrárias. E algo que me deixa muito confortável na minha vida de advogado é lutar contra arbitrariedades, ocorram elas onde ocorrerem. Portanto, fiquei e fico muito confortável na defesa do presidente Augusto.
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