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Contagem regressiva para a Copa do Mundo relembra os desfalques do Brasil

Pelé,

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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 02/12/2025
21:13
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imagem cameraPelé quase ficou de fora da Copa de 1958 (Divulgação/ Santos)

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A Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá, será a maior da história. E para lembrar o que aconteceu em edições passadas, o Lance! traz diariamente histórias e curiosidades que ajudam a reconstruir a trajetória do Mundial.

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E a história da seleção brasileira em Copas do Mundo é marcada por títulos, craques e também por ausências que poderiam ter mudado o destino de alguns Mundiais. Em diferentes gerações, o Brasil precisou se adaptar a lesões de jogadores fundamentais e encontrou soluções dentro do próprio elenco para seguir competitivo e, em muitos casos, campeão. De Pelé a Ricardo Rocha, de Gérson a Clodoaldo, episódios de contusão ajudam a contar como o Brasil aprendeu a lidar com imprevistos no maior palco do futebol.

Já em 1958, na Suécia, Pelé começou o Mundial como desfalque. Machucado em amistoso contra o Corinthians, o jovem atacante de 17 anos ficou fora das duas primeiras partidas da campanha, entrando no time apenas na reta final da fase de grupos. A partir daí, virou protagonista da conquista, mas sua ausência inicial mostrou que, mesmo com um talento fora de série à disposição, a Seleção precisava ter repertório para sobreviver a problemas físicos de seus principais nomes.

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Quatro anos depois, no Chile, veio um dos desfalques mais emblemáticos. Na segunda rodada da Copa de 1962, no empate em 0 a 0 com a Tchecoslováquia, Pelé sofreu lesão no adutor da coxa esquerda e não voltou a atuar no torneio. Sem o Rei, o técnico Aymoré Moreira recorreu a Amarildo, o "Possesso", que marcou três gols no Mundial e, ao lado de Garrincha, ajudou a minimizar a falta do camisa 10 em campo. Mesmo sem seu maior astro, o Brasil encontrou novas lideranças técnicas e chegou ao bicampeonato.

Em 1970, no México, a Seleção que muitos consideram a melhor de todos os tempos também precisou conviver com baixas importantes ao longo da campanha. Gérson ficou fora dos dois últimos jogos da fase de grupos, nas vitórias sobre Inglaterra e Romênia, por problemas físicos. Rivellino também não atuou contra os romenos, retornando na fase mata-mata. Ambos voltaram na hora certa: o Canhotinha de Ouro reassumiu o protagonismo no meio-campo, marcou um dos gols na vitória por 4 a 1 sobre a Itália na final, e Rivellino retomou o papel decisivo na criação, consolidando o tricampeonato.

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Alguns cortes, porém, aconteceram antes mesmo de a bola rolar. O ponta-direita Rogério Hetmanek, do Botafogo, foi cortado da Copa de 1970 por contusão às vésperas do Mundial e, mesmo sem entrar em campo, ficou conhecido como o 23º jogador daquela campanha ao seguir com a delegação. Para o lugar do atacante, Zagallo convocou o goleiro Emerson Leão, reforçando o setor defensivo em vez de substituir a peça por outro jogador de frente. Anos depois, em 1974, o volante Clodoaldo viajou à Alemanha ainda machucado e não conseguiu se recuperar a tempo. Campeão em 1970, ele acabou substituído pelo lateral-direito Nelinho, mais um exemplo de como lesões abriram espaço para mudanças táticas e novas oportunidades dentro do grupo.

No tetracampeonato de 1994, nos Estados Unidos, os imprevistos físicos voltaram a interferir diretamente na escalação. O zagueiro Ricardo Rocha começou a Copa como titular, mas sofreu lesão muscular logo na estreia, vitória por 2 a 0 sobre a Rússia, e não pôde seguir no time. Aldair assumiu a vaga e se tornou um dos pilares da defesa campeã. Na final contra a Itália, outro golpe: Jorginho se machucou ainda no primeiro tempo e deu lugar a Cafu, que correspondeu à altura e começaria ali a construir sua trajetória como dono da lateral direita em Mundiais seguintes.

Na Copa seguinte, novo trauma. Já na preparação para o Mundial, na França, Romário foi cortado e deu lugar ao volante Emerson.

De Pelé fora em 1962 à troca forçada de Ricardo Rocha por Aldair em 1994, passando pelas ausências de Gérson, Rivellino, Rogério e Clodoaldo, a Seleção mostrou que grandes campanhas também se sustentam em capacidade de reação. Entre desfalques e reinvenções, o Brasil aprendeu que não existe título sem elenco forte, alternativas táticas e jogadores prontos para assumir o protagonismo quando o imponderável entra em campo.

Pelé fez seu primeiro jogo pelo Santos no dia 7 de setembro (Foto: Reprodução)
Pelé fez seu primeiro jogo pelo Santos no dia 7 de setembro (Foto: Reprodução)
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