Derrota para o São Paulo é um bom retrato do primeiro mês de Carille no Vitória
Rubro-Negro ainda precisa aliar desempenho com resultado

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Há exatamente um mês, no dia 9 de julho, Fábio Carille era anunciado oficialmente pelo Vitória. Com ele, chegava a esperança de dias melhores para o clube, que viveu sucessivos fracassos esportivos na temporada. Agora, um mês depois, a derrota para o São Paulo no Morumbis por 2 a 0, pela 19ª rodada do Brasileirão, é um bom retrato de um time que evoluiu, mas precisa aliar desempenho com resultados e corrigir erros para fazer uma campanha de recuperação no segundo turno e fugir do rebaixamento.
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Se na temporada passada o Rubro-Negro fechou a primeira metade do campeonato com 15 pontos e fez campanha de G-8 nas 19 rodadas finais para se manter na elite, Fábio Carille vai precisar de façanha parecida com a de Thiago Carpini, seu antecessor. O Vitória termina a 19ª rodada deste ano com 18 pontos e um risco enorme de entrar na zona rebaixamento, já que seus concorrentes têm jogos a menos.

Vitória se manteve vivo no início
O Vitória chegou ao Morumbis muito desfalcado, mas com a esperança de manter a invencibilidade de cinco jogos sob o comando de Carille. Porém, diante de três empates seguidos, a missão era vencer para ganhar respiro contra a zona de rebaixamento. Só que a postura do time não correspondeu com essa necessidade.
Logo no primeiro lance do jogo, enquanto o zagueiro Edu ainda parecia se acostumar com a nova função na lateral direita, Ferreirinha aproveitou a lacuna no setor e criou a primeira boa chance para o São Paulo aos 20 segundos, mas mandou por cima da meta.
Foi só um susto. O Vitória equilibrou a partida a partir de então e viu o São Paulo oferecer perigo só em chute de fora de Bobadilla. Edu, que começou mais pela lateral, ficou como um terceiro zagueiro pela direita e teve o apoio de Lucas Braga e Ricardo Ryller na cobertura, mas nem isso evitou o gol do Tricolor paulista.
Em jogada construída pelo lado esquerdo da defesa do Vitória, o estreante Ramon pareceu meio perdido na marcação e ficou na "roda" em tringulação do São Paulo que terminou em gol de Bobadilla aos 19 minutos, com muita liberdade na área.
O Vitória de Carille manteve seu DNA organizado e tentou criar jogadas trabalhadas no Morumbis, mas faltou mesmo o poder de decisão. O goleiro Rafael sequer trabalhou no primeiro tempo.

Erros passados
No segundo tempo o Vitória caiu muito de desempenho. Depois de uma tentativa de pressão inicial, a equipe pareceu sentir os nove desfalques e não conseguiu sustentar o jogo sólido que fez no primeiro tempo.
Tanto o estreante Romarinho quanto os jogadores que entraram no decorrer do jogo (Cantalapiedra, Renzo López, Rúben Rodrigues e Fabri) não corresponderam fisicamente e tiveram dificuldades para impor ritmo. Enquanto isso, Rodriguinho, Luciano, Bobadilla e companhia seguiam assustando o gol de Lucas Arcanjo. Até os defensores viram que poderia apertar mais o Vitória para tentar resolver o jogo.
Assim que Ferraresi chegou ao campo de ataque, chutou cruzado e achou Sabino livre para balançar as redes aos 40 minutos. Mais uma vez o Vitória cai de ritmo e sofre um gol no final do jogo, assim como foi contra o Palmeiras, Sport, Internacional... É um erro que vem desde o início do trabalho de Carille e precisa ser ajustado para o segundo turno.

O preocupante é que tudo isso aconteceu sem Rafael fazer uma defesa sequer. Assim, o primeiro "mêsversário" de Carille termina com alerta ligado para a sequência do Brasileirão em busca de permanência.
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