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Crônica do Mundial: qual o time da primeira rodada? O Auckland City

Equipe amadora, com atletas que têm outras profissões, é a alma do futebol

Auckland City no Mundial de Clubes
imagem cameraVocê está olhando para o destaque da primeira rodada, o Auckland City (Foto: Divulgação/ACFC)
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Roberto Jardim
Porto Alegre (RS)
Dia 19/06/2025
09:00
Atualizado há 0 minutos

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Terminada a primeira rodada da Copa do Mundo de Clubes começam a pipocar os primeiros balanços. E um dos itens analisados certamente é qual O time até aqui. E opções não faltam. Foi o PSG com seus 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid? Ou Bayern Munique e seus 10 a 0 sobre o Auckland City? Sem medo de correr riscos, é possível responder que não foi nenhum desses, apesar de estar citado nas linhas acima. O inusitado melhor da rodada inicial, porém, levou uma dezena de gols. É! O leitor deve achar que é loucura escolher o Auckland City, da Nova Zelândia. Calma, lá! Vamos à explicação.

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O City, como é chamado carinhosamente por seus torcedores, é um time amador, é claro. Só que ele representa, talvez, a alma do futebol. Arrisco a dizer que representa aquilo que sempre sonhamos (ou pelo menos alguns) que é o amor pela camisa. O amor pelo jogo.

É uma equipe que entra em campo não se importando se vai ganhar ou perder. Ou, mais ainda, apesar de saber que vai perder. Antes do enfrentamento com a equipe alemã, jogadores do Auckland tinham meta de tomar no máximo cinco. Se fosse apenas 2 a 0, disseram que fariam festa. Esse é o espírito, afinal.

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Um time de amadores

A equipe neozelandesa é formada por atletas que não são profissionais da bola. Todos têm outras profissões. O goleiro Conor Tracey, por exemplo, é estoquista. O lateral Jordan Vale, professor do ensino fundamental. Alguns até trabalham com futebol, mas ensinando crianças em trabalhos comunitários. A comissão técnica é toda voluntária.

Aqui vale um parêntese: não queremos que todos os atletas tenham outras profissões. Nem que sejam amadores e não recebam dignamente para jogar. Não é isso. Vai muito além. Sigamos.

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13 participações em mundiais

Tem sido assim ao longo da curta história do clube de apenas 21 anos e com tantas conquistas, sempre com times sem profissionais. O City tem 12 Neozelandão e 13 Ligas da Oceania. E, com isso, tem 13 participações em Mundiais – com um honroso terceiro lugar em 2014, quando empatou em 1 a 1 com o Cruz Azul na decisão de terceiro e venceu nos pênaltis por 4 a 2.

Dessa forma, os jogadores e comissão técnica, muito mais do que o clube, nos dão uma aula de como é amar o jogo de bola. E quem ama o futebol é capaz de entender. Quem realmente ama esse esporte entende que não se trata de vencer, vencer, vencer. Nem de conquistar taça em cima de taça. Muito menos de cifras e contratos bilionários.

Ganhar ou perder é do jogo

O futebol é entrar em campo e suar correndo atrás da bola. Fazer isso mais por prazer do que por obrigação de um contrato e uma bolada de euros ou dólares por mês. Futebol sempre é, como diz aquela máxima, muito mais do que futebol. Ganhar ou perder é do jogo.

E o Auckland City mostra isso todo dia. Em toda competição que disputa. Ainda mais quando participa de um torneio com gigantes do jogo. E começa tomando 10 a 0.

Mayer Bevan, Auckland City
Myer Bevans é estudante de educação física e personal trainer (Foto: Divulgação/ACFC)

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