Moyá: ‘Nadal pode vencer 24, 25 Grand Slams’
Treinador revela momento em que pupilo falou sobre a ideia de se aposentar em dezembro de 2021
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O ex-número 1 e treinador do espanhol Rafael Nadal, Carlos Moyá, concedeu uma entrevista ao blog espanhol Punto de Break e falou sobre a conquista história de Rafa no Australian Open e destacou que Rafa cogitou mesmo a aposentadoria.
Moyá falou da revelação feita pelo pupilo após a vitória no Australian Open, de que havia pensado em se aposentar e chegou inclusive a comunicar sua equipe de treinadores: "Ele se sentou conosco da equipe para analisar e disse: 'Isso que estamos fazendo, estamos fazendo bem. Mas temos uma competição em duas semanas (Abu Dhabi) e em um mês Austrália (Australian Open). Assim, como estamos agora, será difícil chegar em condições. Daremos tudo nos treinamentos, mas forçar e se eu romper, rompi'", revelou Moyá dizendo que naquele momento, Rafa "Não se sentia muito um jogador, estava há quatro, cinco meses sem jogar, passou por uma intervenção (cirúrgica) no pé" e que nessas condições sempre "surgem dúvidas, ainda mais ele que já não tem 20 anos, que você pensa que pode superar as coisas, mas aos 35 as dúvidas são muito maiores".
Ainda de acordo com o treinador, se Rafa não tivesse conseguido competir na Austrália, ele próprio não saberia dizer o que teria acontecido.
O ex-número 1 do mundo ainda ressaltou que apesar das perdas físicas sofridas pelo pupilo em razão da idade, Rafa segue como "um dos jogadores mais inteligentes em quadra. Ele sabe encontrar aquele fio de falha do adversário e é por isso que segue lutando contra os melhores do mundo".
Moyá ainda contou que para além da motivação de Rafa, há situações como opiniões de especialistas e as declarações recentes do alemão Alexander Zverev, que o provocam: "Quando tem mais jovens, gente que diz o que Zverev disse, praticamente descartando Rafa e Roger [Federer] da briga por coisas grandes, isso o provoca e o motiva".
Carlos Moyá foi questionado se conhece algum outro atleta que consegue sair da profunda dificuldade como Nadal e disse: Se conta nos dedos das mãos: Michael Jordan, Tiger Woods nos seus melhores momentos e Djokovic, porque ele tbm sai de momentos assim".
O treinador também falou da conquista do 21º título do Grand Slam por parte de seu pupilo.
“Se você pensar sobre isso friamente, é impressionante. O que posso garantir é que na Austrália nunca falamos sobre o 21º, embora estivesse no horizonte, você sabe que pode acontecer. Falar sobre isso significaria mais pressão do que ele já tinha. Não alimentamos esse debate, deixamos para a imprensa e para o torcedor. Rafa está feliz com o que tem, ficará igualmente feliz se terminar com 21 e Djokovic com 25. Não é bom ficar obcecado, sim, se motivar Obviamente, ele não vai abrir mão dos 22, se surgir a oportunidade ele vai lutar por ele, mas é um debate que, com todos eles ainda ativos, não faz muito sentido.
Entre motivação e vontade, o treinador vê o pupilo com muita vontade de permanecer competindo, mesmo prestes a completar 36 anos. "Ele pode chegar a 24, 25 Grand Slams, mas há as lesões que precisam ser respeitadas".
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