Guardiola na Seleção Brasileira? Veja o cenário, os prós, os contras e as chances de um acerto

Treinador espanhol é o nome de desejo da CBF para substituir Tite, que tem contrato somente até o fim da Copa do Mundo. Chegada do catalão, entretanto, é difícil

Guardiola - Manchester City
Guardiola é técnico do Manchester City, mas tem apenas mais um ano de contrato (Foto: TIM KEETON / POOL / AFP)

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A notícia de que a CBF tem a intenção de contratar o técnico Pep Guardiola para o lugar de Tite, que deixará o comando da Seleção Brasileira, caiu como uma bomba. Mas até que ponto seria viável trazer o catalão do Manchester City para o país pentacampeão mundial?


Embora já tenha admitido que deseja treinar uma seleção no futuro, Guardiola não parece tão disposto a assumir tal desafio neste momento da carreira. Por isso, o LANCE! traz a seguir os motivos que fariam - ou não - o ex-técnico de Barcelona e Bayern de Munique a optar pela mudança, além de analisar os cenários.

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CONTRATO VIGENTE
O primeiro desafio da CBF seria fazer com que Guardiola aceitasse deixar o Manchester City em um momento importante. O treinador de 51 anos tem contrato com o clube inglês até junho de 2023, o que é um complicador. Como Tite tem vínculo com a Seleção até o fim deste ano, Pep precisaria pedir demissão dos Citizens em meio à temporada 2022/23, algo incomum.

ALTO SALÁRIO
De acordo com o jornal "Marca", que noticiou o interesse do Brasil no treinador, o salário oferecido a Guardiola foi de 12 milhões de euros (R$ 62 mi) por ano. No entanto, o valor está aquém do que o catalão recebe atualmente na equipe inglesa. Segundo o próprio periódico espanhol, Pep ganha 20 milhões de euros (R$ 103 mi) por temporada, enquanto a imprensa britânica vai além: 19 milhões de libras - ou 22,7 milhões de euros -, o que corresponde a R$ 117 mi anuais.

PERMANÊNCIA NA INGLATERRA

​Guardiola renovou seu contrato com o Manchester City até o fim da próxima temporada em novembro de 2020. E apesar de ter apenas pouco mais de um ano de vínculo com os atuais campeões da Premier League, o treinador pensa numa nova renovação. Questionado sobre o tema recentemente, ele disse que sua permanência depende dos "resultados positivos". Atualmente, o City lidera o Campeonato Inglês e está perto das semifinais da Champions League.

GRIFE
​Quem não gostaria de ter Guardiola no seu time? Considerado como um dos maiores treinadores da história, o catalão traria muito mais do que apenas para a Seleção Brasileira. Com um estilo ofensivo, que sempre busca o gol, o técnico também poderia ser importante para o futebol brasileiro no geral, com ideias novas e uma filosofia diferente.

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PRESSÃO E ESTILO
Se ter Guardiola em terras brasileiras seria uma experiência única, por outro lado a pressão seria enorme. Não só pela qualidade e história do treinador, mas também por conta de seu estilo. Apesar da ofensividade relatada acima, o catalão tem o costume de não adotar um time titular, rodando a equipe dependendo do adversário. Tal prática não é bem aceita ainda no Brasil, o que poderia fazer com que o processo de "fritura" começasse cedo.

NOVA REALIDADE
Caso o treinador optasse pela mudança, não só a Seleção teria um choque de realidade, como também o próprio Guardiola. Acostumado a lidar com trabalhos diários em clubes, com muita conversa com jogadores e também muito estudo, o catalão teria de se adaptar a um novo estilo, com contatos reduzidos e limitadíssimos com jogadores, além do pouco tempo para treinos.

* Estagiário, sob a supervisão de Cayo Pereira.

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