Copa do Mundo de 1990; Brasil perde para a Argentina de Maradona e Caniggia
Hoje faz 35 anos desde o confronto das oitavas de final da Copa de 1990.

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No dia 24 de junho de 1990, em Turim, Argentina e Brasil se enfrentaram pelas oitavas de final da Copa do Mundo na Itália. Era um duelo sul-americano cercado de expectativa, com o Brasil invicto e a Argentina pressionada. Mas o que parecia vantagem brasileira se transformou em frustração: com um passe genial de Maradona e um gol de Caniggia, os argentinos venceram por 1 a 0 e avançaram às quartas de final. O Lance! relembra a dura derrota do Brasil para a Argentina na Copa de 1990.
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Brasil pragmático cai cedo na Copa do Mundo de 1990
A seleção brasileira, treinada por Sebastião Lazaroni, apresentou um futebol pragmático e com dificuldades de criação. Para piorar, o episódio da “água batizada” ganhou os holofotes: o lateral Branco alegou ter sido dopado com um calmante após beber de uma garrafa entregue por um membro da delegação argentina. O caso foi confirmado por Maradona em um livro de 2018, mas antes disso já tinha ficado marcado como uma das maiores polêmicas da história das Copas.
O jogo simbolizou não apenas a eliminação de uma seleção favorita, mas também o encerramento de um ciclo para o Brasil, que deixava o torneio sem brilho. O jogo das oitavas de final, no entanto, foi o momento de melhor futebol brasileiro naquela Copa. A Argentina, por sua vez, seguiu até a final, liderada por um Maradona ainda genial mesmo abaixo das condições físicas ideais.
Trinta e cinco anos depois, esse confronto segue vivo na memória coletiva de torcedores dos dois países. Um jogo que juntou talento, rivalidade, drama e controvérsia — tudo o que transforma partidas em capítulos históricos do futebol mundial.
O gol decisivo na Copa de 1990: Maradona e Caniggia em sintonia
Aos 36 minutos do segundo tempo, Maradona arrancou do meio-campo, driblou três marcadores e encontrou um passe preciso entre os zagueiros brasileiros. Caniggia dominou, driblou o goleiro Taffarel e finalizou para o fundo da rede. Um lance de pura inteligência e sangue-frio.
A jogada entrou para os grandes momentos da história das Copas, não apenas pela beleza técnica, mas pela importância simbólica — um golpe fatal no momento em que o Brasil parecia mais próximo do gol.
A polêmica da “água batizada”
Durante o segundo tempo, o lateral Branco, um dos principais nomes do time brasileiro, afirmou ter bebido água oferecida pela comissão técnica da Argentina. Logo após, passou a sentir tontura e perda de reflexos. Anos depois, em entrevistas, Maradona chegou a falar que a garrafa continha algum tipo de sedativo.
O episódio nunca teve confirmação oficial pela Fifa ou por exames médicos, mas ficou conhecido como “o escândalo da água batizada”. Ele alimentou por décadas a rivalidade entre Brasil e Argentina fora das quatro linhas.
O contexto do Brasil na Copa de 1990
A seleção brasileira havia vencido seus três jogos na fase de grupos, contra Suécia, Costa Rica e Escócia, mas sem empolgar. O time era marcado por um esquema rígido, com três zagueiros e pouca criatividade. Careca era o destaque ofensivo, e nomes como Alemão, Dunga, Branco e Taffarel compunham a espinha dorsal.
A derrota para a Argentina provocou uma onda de críticas. Lazaroni não resistiu à pressão e foi substituído. A CBF iniciou, então, uma reformulação que culminaria na retomada ofensiva nos anos seguintes — até o título de 1994.
O impacto do jogo e o legado da derrota
- A Argentina seguiu até a final, sendo vice-campeã ao perder para a Alemanha por 1 a 0.
- O Brasil foi eliminado nas oitavas pela primeira vez desde 1974.
- A jogada entre Maradona e Caniggia se tornou símbolo da genialidade argentina.
- A “água batizada” entrou para o folclore das Copas como um episódio controverso e jamais esclarecido.
Para os brasileiros, aquele foi um dia de decepção. Para os argentinos, um triunfo épico.
Maradona e Caniggia: ídolos confirmados
Maradona já era campeão mundial, ídolo máximo do futebol argentino e reconhecido como um dos maiores da história. Em 1990, mesmo com dores físicas, continuava decisivo. Sua assistência para Caniggia é frequentemente citada como uma das mais emblemáticas de sua carreira.
Caniggia, por sua vez, consolidou seu status de ídolo nacional com o gol contra o Brasil. Não foi ali que ele se revelou, mas foi o momento que eternizou seu nome no imaginário popular argentino. Ao lado de Maradona, formou uma das duplas mais carismáticas do futebol da época.
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