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Análise – Ancelotti tem certezas na zaga e muitas dúvidas nas laterais

Treinador vai analisar opções para eventuais lesões ou queda de rendimento

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Márcio Iannacca
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 14/10/2025
16:09
Gabriel Magalhães e Marquinhos são nomes certos na Copa de 2026 (Foto: Mauro Pimentel / AFP)
imagem cameraGabriel Magalhães e Marquinhos são nomes certos na Copa de 2026 (Foto: Mauro Pimentel / AFP)

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A Seleção Brasileira parecia ter encontrado um ponto de estabilidade defensiva sob o comando de Carlo Ancelotti. Até o amistoso contra o Japão, o time havia sofrido apenas um gol em toda a era do treinador italiano, mostrando segurança e entrosamento entre os zagueiros. No entanto, a derrota por 3 a 2 em Tóquio serviu como alerta: a estrutura até então sólida apresentou falhas incomuns, principalmente nas coberturas e nas jogadas rápidas criadas pelos japoneses, lembrando que a consistência ainda precisa ser lapidada antes da Copa do Mundo de 2026.

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Mesmo com o tropeço, é inegável que há quatro nomes consolidados para o Mundial. Marquinhos (Paris Saint-Germain), Eder Militão (Real Madrid), Gabriel Magalhães (Arsenal) e Alexsandro (Lille) formam o núcleo da defesa e são considerados os homens de confiança de Ancelotti. Cada um respondeu bem às oportunidades e demonstrou características complementares: liderança, força física, saída de bola e leitura tática.

Nos primeiros compromissos do treinador — empate sem gols com o Equador e vitória magra sobre o Paraguai (1 a 0) —, Marquinhos e Alexsandro formaram uma dupla segura. Na Data Fifa seguinte, vieram novas combinações, com Gabriel Magalhães e Fabrício Bruno, este último ganhando moral como uma espécie de quinto elemento - nome que poderia ser chamado para a Copa caso um dos quatro escolhidos tenha algum tipo de problema físico ou queda de rendimento na segunda metade da temporada europeia.

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A confirmação da hierarquia veio na goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, quando Militão, recuperado de lesão, voltou com força e mostrou estar pronto para reassumir protagonismo. Dando força aos quatro principais nomes para o setor defensivo no torneio de 2026.

O revés diante do Japão, no entanto, expôs que a estabilidade ainda é relativa. A equipe sofreu três gols em erros de posicionamento e transição, o que acendeu um sinal de alerta para os próximos amistosos. Fabrício Bruno cometeu falhas e foi criticado por imprensa e torcedores. O que pode comprometer uma convocação futura.

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Ancelotti, que costuma valorizar sistemas defensivos compactos, deve aproveitar os duelos de novembro — contra Senegal e Tunísia, na Europa — para testar ajustes e confirmar alternativas.

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Brasil x Gana - Éder Militão
Com Eder Militão, Ancelotti tem certezas na zaga da Seleção Brasileira (Foto: LOU BENOIST / AFP)

Poucas certezas nas laterais

Se o eixo central parece encaminhado, o mesmo não se pode dizer das laterais. O setor segue aberto e indefinido, com nove nomes ainda no radar do treinador. Na direita, Danilo (Flamengo), Vanderson (Monaco), Wesley (Roma), Vitinho (Botafogo) e Paulo Henrique (Vasco) foram observados, mas nenhum conseguiu se firmar. O equilíbrio entre força defensiva e presença ofensiva continua sendo o grande desafio.

Na esquerda, Alex Sandro (Flamengo), Douglas Santos (Zenit), Caio Henrique (Monaco) e Carlos Augusto (Inter de Milão) disputam espaço em condições parecidas. O treinador ainda não demonstrou preferência clara, e os próximos jogos devem ter peso decisivo para definir quem carimba o passaporte rumo ao Mundial.

Nos últimos jogos antes do Japão, Ancelotti fixou o lateral-esquerdo Douglas Santos como uma espécie de terceiro zagueiro. O jogador ficava mais preso à marcação, enquanto o homem da lateral-direito tinha liberdade de apoio. Nos jogos diante de Chile e Coreia do Sul, a tática funcionou bem: goleadas por 3 a 0 e 5 a 0, respectivamente.

Com o miolo de zaga praticamente definido, Ancelotti volta suas atenções para as beiradas do campo. A defesa, que vinha sendo o ponto forte da Seleção, mostrou vulnerabilidades no Japão, mas os quatro nomes centrais seguem estáveis no projeto do treinador. O desafio, agora, é garantir que a solidez que parecia consolidada volte a ser uma certeza — e não apenas uma fase.

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