Santos vira ‘inquilino’ de rivais e completa trinca em um ano
Peixe jogou no Morumbis, Neo Química Arena e Allianz Parque

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O Santos entrou em campo nesta segunda-feira (12) para enfrentar o Ceará, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque. Esta foi a terceira vez, em um período de um ano e meio, que o clube alvinegro mandou um jogo em um estádio pertencente a um rival.
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A prática não é inédita na história santista. O clube já utilizou estádios de adversários em momentos marcantes, como na conquista do Campeonato Brasileiro de 2002, no Morumbi, contra o Corinthians, e na final do Campeonato Paulista de 2007, também no estádio Cícero Pompeu de Toledo. Com a construção de novas arenas pelo país, esse tipo de ação perdeu força nos últimos anos, mas voltou a acontecer recentemente.
Santos 2 x 1 São Bernardo – Paulistão 2024
Na 10ª rodada do Campeonato Paulista, o Santos levou o duelo contra o São Bernardo para o Morumbis. A partida teve público de 50.132 torcedores e arrecadação de R$ 2.026.735,00.
A escolha pelo estádio tricolor foi facilitada por um acordo entre os clubes: como o São Paulo havia alugado a Vila Belmiro em 2023 para uma partida do Campeonato Brasileiro, o Santos não precisou pagar aluguel para utilizar o Morumbis naquel ano.

Segundo relato oficial, não foram registradas ocorrências de confusão ou depredação no entorno, ou no interior do estádio. No entanto, em súmula, o árbitro Flavio Rodrigues de Souza informou que, aos 41 minutos do segundo tempo (86 minutos de jogo), dois adolescentes invadiram o gramado após o segundo gol do Santos. Eles correram em direção aos jogadores para comemorar, mas foram rapidamente contidos pelo policiamento. O incidente não interferiu no andamento da partida.
Santos 3 x 1 Red Bull Bragantino - Paulistão 2024
Em partida válida pela semifinal da competição, o Santos alugou a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, que recebeu público de 44.804 pessoas e registrou renda de R$ 3.042.965,00. Pelo uso do estádio, o Timão cobrou R$ 850 mil do clube alvinegro praiano.
Diferentemente do Morumbis, a Neo Química Arena foi alvo de vandalismo por parte de torcedores. O Santos teve de arcar com aproximadamente R$ 110.623,35 em reparos, incluindo assentos quebrados na arquibancada, vidro da arquibancada, porta de vidro de banheiro, acionadores de descarga, espelhos, torneiras, tampas de vasos sanitários, painéis de fachada (techlam), além de pichações nos sanitários.
No entorno do estádio, não houve registros de vandalismo ou depredação. Apesar disso, o Corinthians recusou novas solicitações do Santos para alugar a Neo Química Arena em outras ocasiões.

Santos 0 x 0 Ceará - Brasileirão 2025
Após negociação com o Pacaembu, o Santos conseguiu levar o confronto contra o Palmeiras para o Allianz Parque. Foi a primeira partida do Peixe no estádio do rival desde a reforma do antigo Palestra Itália.
No entorno do estádio, lojas e comércios colocaram placas de metal para evitar depredações. As ruas próximas ao Allianz Parque contaram com grande movimentação policial, desde a estação Palmeiras–Barra Funda — a mais próxima do estádio — até os arredores da arena.
Dentro do Allianz Parque, o árbitro Felipe Fernandes de Lima não registrou invasões ou qualquer tipo de tumulto na súmula.
O Santos quebrou o recorde de público do Allianz Parque no Campeonato Brasileiro nesta temporada. Estiveram presentes 35.240 torcedores, gerando uma renda de R$ 2.806.052,90. Até então, o recorde era do duelo entre Palmeiras e Botafogo, na abertura da competição, com 30.347 torcedores.

Santos pretende continuar em São Paulo?
O objetivo da gestão do presidente Marcelo Teixeira é manter o Santos mandando jogos na capital paulista. Durante o período eleitoral, o dirigente mencionou a possibilidade de o Alvinegro atuar no Pacaembu, no Morumbis e até mesmo fora da capital.
Vale lembrar que o Santos foi campeão brasileiro em 2004 jogando, inclusive, no Estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto. A torcida do Peixe apelidou o local de "Peixeirão".
Após a partida contra o Ceará, nesta segunda-feira (12), o presidente Marcelo Teixeira agradeceu à presidente Leila Pereira, do Palmeiras, e sinalizou a abertura para novas parcerias no futuro.
- Queríamos jogar primeiro no Pacaembu, não foi possível pelas razões que vocês já sabem e conseguimos. E eu faço um agradecimento publicamente à presidente Leila, ao Palmeiras por ter feito essa cessão do estádio ao Santos. E com isso também nós agradecemos à torcida do Santos que mais uma vez correspondeu: 35.000 pagantes numa segunda-feira à noite, uma noite também fria, em São Paulo. E essa é a resposta. Vimos aqui uma festa, uma grande festa desde o início ao fim da partida, todos incentivando, apoiando e, óbvio, no fim do jogo, as manifestações que são justas, corretas, pacíficas, de reivindicação, de cobrança, devem existir mesmo. Ninguém está satisfeito. Eles não estão, nós também não estamos. Não queremos esse tipo de sequência de resultados e vamos reverter - afirmou o presidente Marcelo Teixeira.
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