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Empresa inicia instalação de gramado sintético no CT do Santos e faz convite a Neymar

Obras no campo 1 do Centro de Treinamentos do Peixe já foram iniciadas e têm previsão de entrega entre 45 e 60 dias

Neymar, do Santos, durante aquecimento antes da partida contra o Cruzeiro no Mineirão
imagem cameraNeymar, atacante do Santos (Foto: Gilson Lobo/AGIF
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Vitor Coelho Palhares
São Paulo (SP)
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Juliana Yamaoka
São Paulo (SP)
Dia 04/09/2025
17:55
Atualizado há 0 minutos

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Um dos campos do CT Rei Pelé, casa do Santos, passa por reformas para receber gramado sintético. A informação foi revelada por Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, empresa responsável pela obra, em entrevista ao Lance!. Na ocasião, o executivo fez uma proposta a Neymar, um dos principais críticos do uso do material no futebol brasileiro.

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Segundo apuração da reportagem, a reforma acontece no campo 1, utilizado pelas categorias de base e pela equipe feminina. A previsão é de que as obras durem entre 45 e 60 dias, com conclusão estimada antes do fim da atual temporada.

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- Hoje vai ser o primeiro (campo), será o único a princípio. Um campo que vai durar dez anos fácil, sem o custo de manutenção da grama natural, apesar de ter um custo de manutenção, mas inferior. Tem a vantagem de se estiver chovendo ou molhado, para não estragar a grama natural, pode utilizar o sintético. A gente espera ver o Neymar treinando lá, está muito próximo do que temos nos estádios - afirmou Alessandro Oliveira ao Lance!.

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- Estamos com um projeto dentro do CT (Rei Pelé), entramos em obras, a grama já chegou, agora estamos finalizando a parte de base, entre 45 e 60 dias o Santos vai ter um campo de grama sintética com o mesmo padrão dos estádios (em que a empresa atua) para treinar - completou.

A padronização do gramado sintético em relação aos campos naturais, especialmente nas categorias de base, onde há menor investimento, será um diferencial na formação de atletas, que também continuarão tendo a possibilidade de treinar na grama natural.

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- Isso impacta diretamente no desenvolvimento do jogador, inclusive nas categorias de base. Se os gramados dos estádios (brasileiros) já são ruins, imagina os da base. Como você quer performar com um garato da base sem oferecer condições, o piso certo - completou.

Neymar trabalho no gramado do CT Rei Pelé (Foto: Raul Baretta/ Santos FC)
Neymar, um dos principais críticos do gramado sintético no Brasil, durante treinamento do Santos no CT Rei Pelé (Foto: Raul Baretta/ Santos FC)

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Neymar endossa campanha contra o gramado sintético

Desde que retornou ao Brasil, Neymar é um dos líderes do movimento contra os gramados sintéticos no país. Além do camisa 10 do Santos, nomes como Gerson, Gabigol, Dudu, Philippe Coutinho, Lucas Moura, Thiago Silva, Pablo Vegetti, Alan Patrick também realizaram reclamações públicas contra o material.

- Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim. Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. Se o Brasil deseja estar definitivamente inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam. Futebol profissional não se joga em gramado sintético! #NãoaoGramadoSintético - publicaram os jogadores nas redes sociais.

Gramado sintético agrava lesões?

A reportagem do Lance! consultou o médico ortopedista Tiago Lazzaretti Fernandes para saber se os gramados sintéticos oferecem maior risco de lesões aos atletas. Segundo o especialista, apesar de o material ser mais rígido, não há, até o momento, estudos científicos que comprovem essa relação.

- O entendimento, que é falado, é de ser um piso mais duro (sintético), escorrega menos, onde a chuteira pode cravar no chão e proporcionar lesões. Mas tudo isso tem a ver com a ambientação do atleta com o piso. O atleta ambientado se protege melhor, tem mais noção do corpo no espaço, de equilíbrio, pode haver alguma diferença. Mas não existe um trabalho científico que comprove essa questão - destacou Tiago Lazzaretti Fernandes, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP (Universidade de São Paulo) e ex- médico da Portuguesa entre 2008 e 2009.

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