Do fim da fila a herói improvável: Allan vive noite mágica e crava nome na história do Palmeiras
Último dos nomes entre os promovidos, meia se destaca no Paulista, ganha projeção no Mundial e assume papel de protagonista em virada improvável na Libertadores

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O Palmeiras está acostumado a ver suas Crias da Academia decidirem confrontos importantes nos últimos anos, e dessa vez viu Allan ser o herói improvável de uma das maiores vitórias da história do clube.
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Um dos cinco nomes promovidos por Abel Ferreira ao profissional no iníco do ano, Allan aparecia no fim da fila que tinha os atacantes Luighi e Thalys, o meia Figueiredo e o zagueiro Benedetti. Aos poucos, o camisa 40 passou a receber oportunidades e viu na rotação do grupo no paulista uma brecha para se fixar no elenco.
Ainda no torneio estadual, Allan decidiu nos acréscimos a vitória sobre o Mirassol por 3 a 2, que levou o Palmeiras ao mata-mata e reforçou seu nome entre as novas armas de Abel Ferreira para 2025. De último da fila, ele iniciou o caminho para se transformar no mais decisivo das crias nessa temporada.
Reflexo de sua evolução, Allan integrou a lista de 29 jogadores do Palmeiras no primeiro Mundial de Clubes da Fifa. Em quatro partidas, duas como titular, teve o privilégio de enfrentar Messi e ainda serviu Paulinho na jogada que iniciou a reação contra o Inter Miami, salvando o time de uma eliminação precoce.

De volta ao Brasil, se transformou em coringa nas mãos da comissão técnica. Ao longo do segundo semestre, cumpriu diferente missões, adaptando-se a cada necessidade do time. Foi segundo volante, meio-campista e até ponta, funções que abraçou com maturidade incomum para quem ainda inicia a trajetória no profissional. À medida que o calendário apertava, se tornava cada vez mais indispensável.
O ápice da ascensão de Allan foi visto na última noite, em uma virada épica no Allianz. Improvisado como ala pela direita, o jovem não sentiu o peso da decisão e foi o responsável por iniciar a jogada do primeiro gol, que pavimentou a reação alviverde diante dos cerca de 40 mil torcedores.
Com a desvantagem zerada, reassumiu o protagonismo em meio a velhos conhecidos da Era Abel, como Veiga e Gómez, e protagonizou uma das ações mais marcantes da semifinal. Mesmo encurralado, superou rivais em sequência, invadiu a área e só foi contido com falta, que resultou no segundo gol de Veiga e na passagem para Lima, palco da decisão da Libertadores.
– Fico feliz porque Allan praticamente não jogava no sub-20. E eu falei pro Barros: "ele não pode sair do Palmeiras" – afirmou um contente Abel Ferreira, emocionado com a classificação à final da Libertadores, em entrevista coletiva.
A ascensão de Allan é resultado direto da integração entre os departamentos de formação e profissional, além do trabalho exemplar do diretor da base, João Paulo Sampaio.
Entre conquistas e vendas, o clube soma dez títulos sob o comando de Abel Ferreira, ao mesmo tempo que ultrapassa a marca de um bilhão de reais em negociações de atletas formados em casa.
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Formação, chegada ao Palmeiras e chance no profissional
Natural de Florianópolis, Allan iniciou sua trajetória no futebol ainda aos sete anos. Após enfrentar dificuldades familiares e pessoais, o jovem recebeu um convite do Figueirense para iniciar sua formação nos gramados.
Em pouco tempo, chamou atenção pelo talento e conquistou sua primeira convocação para a Seleção Brasileira sub-15. O destaque despertou o interesse do núcleo de scout do Palmeiras, que levou o jogador para a Academia de Futebol em 2019.
Entre o processo de formação, transição e afirmação no profissional, foram cinco anos. Agora consolidado, Allan teve o contrato renovado até 2029, com valorização salarial. Dentro de campo, segue contribuindo para a fase mais vitoriosa da história do clube. Fora dele, desponta como possível nova venda milionária, já que clubes europeus monitoram sua evolução, seja para a próxima janela ou para o meio do ano, quando se encerra a temporada no continente.
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