Patrick Mahomes quase se tornou jogador de beisebol antes de ser a estrela da NFL
Filho de ex-MLB, Patrick Mahomes tem impacto gigante na NFL ano após ano

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Antes de ser MVP. Antes de lançar passes impossíveis com o corpo desequilibrado e o olhar fixo no além. Antes de dominar o Super Bowl com a calma de um veterano e o brilho de uma estrela em ascensão. Patrick Mahomes era só um garoto do Texas, crescendo entre tacos de beisebol e tardes no campo com o pai.
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Nascido em 17 de setembro de 1995, em Tyler, Texas, Mahomes cresceu em uma família esportiva. O pai, Pat Mahomes, foi arremessador na Major League Baseball por mais de uma década. A convivência com atletas profissionais desde cedo moldou sua mentalidade como a de competidor nato.
Na Whitehouse High School, Patrick Mahomes se dividia entre o beisebol e o futebol americano. Era bom nos dois. Ótimo, na verdade. Em seu último ano, lançou para mais de 4.600 jardas e 50 touchdowns no futebol americano, enquanto ainda arremessava no beisebol com velocidade de profissional da MLB. Os olheiros viam um futuro promissor no beisebol, e o Detroit Tigers chegou a selecioná-lo no Draft de 2014. Mas Mahomes decidiu seguir outro caminho.
Patrick Mahomes chegou a Texas Tech como uma promessa que dividia tempo com o também Quarterback Davis Webb. Mas logo seu talento se impôs. Com um braço que desafiava coordenadores defensivos e uma ousadia que flertava com a imprudência, ele se destacou mesmo jogando em uma equipe com poucos talentos.
Em seu último ano universitário, liderou o país com 5.052 jardas passadas e 53 touchdowns. Mas havia dúvidas. Seu estilo fora do padrão assustava os olheiros da liga profissional. Era um Quarterback muitas vezes taxado como inadaptável à NFL. Andy Reid, técnico do Kansas City Chiefs, foi a exceção.
Kansas City, 2017: o início de uma nova era para Patrick Mahomes e a NFL
Em 2017, os Chiefs subiram no Draft para selecionar Patrick Mahomes na 10ª escolha geral. Era um movimento ousado. O time já tinha Alex Smith como titular, um Quarterback sólido. Mas Reid enxergava algo a mais. Passou um ano moldando o reserva nos bastidores. Observando. Ajudando a polir o diamante bruto.
Quando 2018 chegou, o mundo viu o resultado: Patrick Mahomes explodiu com 50 touchdowns e mais de 5 mil jardas, sendo eleito MVP logo na sua primeira temporada como titular na NFL. O que se seguiu foi uma redefinição do que se espera de um Quarterback da era moderna. Passes de lado, lançamentos sem olhar, improvisações de tirar o fôlego - ele virou um espetáculo semanal.
Em 2019, liderou os Chiefs ao título do Super Bowl LIV, encerrando um jejum de 50 anos da franquia. Voltaria à decisão em 2020, mas perderia para os Buccaneers de Tom Brady. Em 2022, mais um MVP. Em 2023, o segundo anel de Super Bowl. A consistência em um esporte tão volátil impressiona a todos e em cada temporada completa como titular, Patrick Mahomes chegou ao menos à final de conferência.
Os números são de outro planeta. O impacto cultural, também. Ele não é apenas o Quarterback dos Chiefs. É o rosto da NFL moderna: jovem, carismático, com contratos multimilionários com marcas como Adidas, State Farm e até uma participação societária no Kansas City Royals, da MLB.
O que mais impressiona em Mahomes talvez não seja seu braço, embora isso por si só já valha o ingresso do torcedor, mas sua mente. A capacidade de leitura, calma sob pressão, postura de líder. Não há entrevistas com companheiros em que seu nome não venha carregado de respeito.
Sua parceria com o técnico Andy Reid tornou-se uma das mais frutíferas da história recente. A simbiose entre a criatividade do treinador e o improviso controlado de Mahomes lembra uma criação de música entre rappers dentro de um estúdio, conectados.
Ainda jovem, Patrick Mahomes já é parte da conversa sobre os maiores Quarterbacks de todos os tempos. Mas ele nunca pareceu obcecado com isso. Seu foco está sempre no agora e em construir dinastias. Em continuar inovando. Em desafiar o convencional.
Para o torcedor do Kansas City Chiefs, ele é mais que um Quarterback perfeito para a franquia. É esperança. Para os adversários, um problema insolúvel. Para a NFL, um presente raro: um talento geracional com apelo de superstar.
Se o jogo mudou na última década, grande parte disso passa por Patrick Mahomes. E ao que tudo indica, ele está apenas começando.
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