João Fonseca destaca mentalidade em vitória em Roland Garros
Brasileiro se mostra feliz com a maneira como derrotou o francês Pierre-Hugues Herbert

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Apesar de ter vencido mais um jogo por 3 sets a 0, João Fonseca teve que sair das cordas algumas vezes nesta quinta, na segunda rodada de Roland Garros. Após o triunfo sobre o anfitrião Pierre-Hugues Herbert (147º), o carioca, de 18 anos, com uma maturidade impressionante para a idade, destacou a mentalidade. Sábado, em duelo que vale vaga às oitavas de final, o número 1 do Brasil vai reencontrar seu algoz da segunda rodada do Masters 1000 de Indian Wells, o britânico Jack Draper, que vem de triunfo sobre o francês Gael Monfils.
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No primeiro set desta quinta, o pupilo do técnico Guilherme Teixeira, da Yes Tennis, no Itanhangá, chegou a estar perdendo por 4 a 2. E, no tiebreak da segunda parcial, o anfitrião abriu 3/0.
- Eu precisava ser mais corajoso, fazer alguma coisa diferente e ser mais agressivo nos ralis, comandar mais nas entradas dos pontos. Então foi isso que eu fiz. No segundo set eu tive que me manter positivo porque ele fazia saques que eu não conseguia devolver - disse o número 65 do mundo, que já garantiu o melhor ranking da carreira: 54º, por conta das duas vitórias até aqui. Caso vença mais jogos, a subida será ainda maior, obviamente.
- Foi o diferencial da partida: a mentalidade. De querer mais, de ter a coragem, de ter a iniciativa de comandar o ponto - continuou o carioca.
Até hoje, João Fonseca só jogou uma partida de cinco sets em torneios de ATP, na segunda rodada do Aberto da Austrália, na derrota para o italiano Lorenzo Sonego, em janeiro. Ainda assim, o jovem brasileiro parecia um veterano em mais uma convincente atuação:
- Um jogo, ainda mais de cinco sets, pode reverter muito rápido. O tênis é 60% mental, 30% físico e 10% técnico.
Nesta quinta, mesmo empurrado por centenas de torcedores, o campeão do ATP de Buenos Aires, em fevereiro, preciso lidar com a pressão da torcida rival:
- Em jogos difíceis, se um game foi ruim, o outro pode ser bom. É difícil, é preciso se concentrar nos ganhos de saque na entrada dos pontos. O jogo muda rápido, cansa a mente, mas ganhar uma partida como essa, com tanta pressão e expectativa, a forma como eu consegui levar tudo isso me deixa feliz.
Na estreia, na terça-feira, a vítima de Fonseca foi o polonês Hubert Hurkacz, 28º do mundo e ex-top 6, de 28 anos.
O brasileiro é o mais jovem desde 2005 a alcançar a terceira rodada de Roland Garros sem perder sets. O último foi ninguém menos do que o recordista de títulos (14), o espanhol Rafael Nadal.
Ainda na quadra, após a vitória sobre o francês, o número 1 do Brasil não segurou as lágrimas, ao falar da mãe, Roberta, e da avó, que acompanharam de perto mais uma façanha:
- Hoje foi aniversário da minha mãe. Minha avó também está aqui. Fiquei mais emocionado quando ela entrou na quadra pra agradecer e vi ela chorando. Só tenho que agradecer a quem me apoiou, a quem acreditou. Nos últimos jogos, muita pressão veio pro meu lado. Só tenho que agradecer minha equipe. Emocionante mesmo, porque é um esporte muito difícil. Estou construindo cada momento - disse o brasileiro.


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