Destaque das Yaras revela ‘momento mágico’ no rugby feminino
Brasil disputou a Copa do Mundo da modalidade pela primeira vez

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As Yaras, apelido da seleção feminina de rugby, disputaram a Copa do Mundo da modalidade pela primeira vez em setembro deste ano. De volta ao Brasil, a jogadora Raquel Kochhann falou, em conversa exclusiva com o Lance! durante a COB Expo, sobre a fase da modalidade e um momento marcante vivenciado na temporada.
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A Copa do Mundo é disputada na modalidade rugby XV, ou seja, com 15 atletas em cada equipe, diferentemente dos Jogos Olímpicos, em que se pratica o rugby sevens, com sete atletas por equipe. Segundo Raquel, a participação inédita do Brasil em um evento como a Copa do Mundo é resultado de uma luta de gerações.
— É uma grande alegria ver o crescimento que o rugby feminino vem tendo no nosso país e mundialmente também, esse último evento foi o maior da história da Copa do Mundo, batendo muitos recordes, e a gente tá muito feliz de poder fazer parte disso, é uma luta que muitas meninas tiveram aqui dentro do nosso país pra gente ter a seleção de XV, depois disputar uma vaga na Copa do Mundo - declarou.
Momento mágico e futuro promissor
Mesmo concentradas na Inglaterra para a Copa do Mundo, as atletas da seleção feminina adulta estavam de olho no hemisfério sul, onde as Yarinhas, apelido da seleção de base, disputavam os Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção. A medalha de ouro conquistada pela seleção brasileira, após vitória sobre os Estados Unidos na final, uma das mais emblemáticas do evento, repercutiu também em terras europeias.
— O resultado foi mágico, a gente tava lá na Inglaterra, já na Copa do Mundo, se preparando e assistindo o jogo delas. Foi muito emocionante, parecia que a gente tava no estádio, gritando, a gente tava pulando como se estivesse lá ao vivo. Foi algo muito inédito, é um feito muito grande, não foi uma conquista só delas, foi do rugby brasileiro. A gente tá muito orgulhosa delas - contou Raquel, sem conter o sorriso no rosto.

Raquel, que já foi capitã da seleção brasileira e porta-bandeira do Time Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, vê com bons olhos a mudança de cenário para o rugby feminino brasileiro, especialmente em relação ao trabalho de base.
— A gente tá começando a colher frutos de um trabalho a longo prazo, focado em disseminar o esporte, trazer mais praticantes e realmente não focar no alto rendimento, mas no desenvolvimento. É muito legal ver as meninas jovens, digo pra elas que queria muito ter conhecido o rugby nessa idade, para que aproveitem esse momento e não levem como uma pressão de competição, mas para vivenciar cada oportunidade dentro de campo - finalizou.
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