Comissão avalia ‘decepção ou sucesso’ do Brasil na VNL: ‘Não define nada’
Ao lado de Bernardinho, Rubinho e Marcelo Fronckowiak compõem a comissão

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Além de um elenco talentoso, a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei conta com uma eficiente e experiente comissão técnica. Ao lado de Bernardinho, Rubinho e Marcelo Fronckowiak preparam a jovem equipe para as competições da temporada de 2025, como a Liga das Nações e o Mundial. O Brasil, então, venceu as expectativas para a VNL e garantiu o bronze, o que foi analisado pelos auxiliares em conversa exclusiva ao Lance!.
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— Acho que mostra que a gente está no caminho certo. Não define nada para frente, define que a gente tem que continuar trabalhando para, primeiro, poder estar ali novamente, e também para subir. A gente tem que ter bastante esse equilíbrio. A gente sabe que a VNL, principalmente a do primeiro ano do ciclo, de todo ciclo olímpico, tem mais experiências, tem jogadores novos — afirmou Rubinho.
O auxiliar é parceiro de anos de Bernardinho e esteve presente na conquista histórica do ouro olímpico no Rio 2016. Com grande experiência na Seleção, Rubinho não deixou de analisar a sólida campanha durante toda a Liga das Nações, desde a fase classificatória e a final.
— Mas assim, acho que o fato de chegar como a gente chegou, não é só chegar ao terceiro lugar, mas é chegar com resultados importantes, com 11 vitórias em 12 jogos. Mostrar a resiliência, como no jogo contra Ucrânia. Isso mostra fortaleza, isso mostra capacidade de se reconstruir dentro da partida, a partir de trocas, a partir de trocas de opções estratégicas e também de peças. Isso é muito importante — destacou.
O aumento na dificuldade entre a VNL e o Mundial de Vôlei foi também "confirmado" por Rubinho, sem negar a excelência brasileira na Liga. Em busca do título, a Seleção precisará repetir as atuações decisivas contra as "novas" equipes, que estarão ainda mais completas.
— A gente pegou alguns times completos, alguns nem tanto. Alguns não estarão exatamente como a gente imaginava que estariam para o campeonato mundial, mas mais fortes do que na VNL, com mais jogadores — completou o auxiliar.
Privilégio para os europeus no Mundial de vôlei?
Ainda em conversa com o Lance!, Marcelo aproveitou para afirmar a boa fase da Seleção masculina de vôlei, que enfrenta uma fase de renovação. O auxiliar técnico voltou a comissão para o novo projeto neste ciclo olímpico para Los Angeles 2028. Além de exaltar o bronze brasileiro, ele apresentou um problema nessas competições internacionais: o fuso horário e a distância para o Brasil.
— Eu acho que foi superpositivo, sinceramente. A gente pode imaginar que o ciclo foi muito delicado para nós. Eu acho que vocês têm que ter essa clareza de que para o Brasil fica mais delicada essa situação da viagem, da acumulação de viagens, de tempo fora de casa, etc. Nós vamos agora mais uma vez ficar 30 dias fora, enquanto os europeus vão ficar 15 ou 20 dias no máximo — comentou Fronckowiak.
A questão apresentada afeta diretamente na produção de atletas em todos os esportes. Apesar da "saudade de casa" não ser um problema físico, mesmo que esteja ligado ao emocional do profissional, a grande diferença de fuso horário pode interferir no desempenho físico dos jogadores, por exemplo. Com o Mundial de Vôlei nas Filipinas, a Seleção terá 11 horas de diferença em relação ao horário de Brasília, enquanto os países da Europa sofrerão com "apenas" metade.
Compromissos da Seleção Brasileira de Vôlei masculino
O roteiro da Seleção Brasileira está seguindo uma intensa rotina de treinos e jogos desde o início de junho, quando iniciou a Liga das Nações de Vôlei (VNL). Os jogos do torneio internacional foram marcados por uma grande atuação da equipe masculina, que "sofria" com decisivas renovações no elenco. A saída da dupla entre Bruninho e Lucão é um exemplo dessas mudanças.
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Com a conquista do bronze, no dia 3 de agosto, os jogadores e comissão técnica tiveram breves férias até segunda-feira passada (11), quando se reapresentaram à Seleção. Os treinos, então, voltaram com um novo objetivo em mente: o Mundial. Ainda com esse pensamento, o Brasil parte para Cracóvia, na Polônia, visando à disputa do torneio amistoso.
Em relação à programação geral, a equipe se mantém no Rio de Janeiro até terça-feira que vem, no dia 26 de agosto, quando enfim viaja para sua primeira parada na Europa. Apesar isso, o fim de semana será de folga para a delegação brasileira.

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