Arremessador paralímpico brasileiro revela desafios ao longo do ciclo
O arremessador Thiago Paulino foi medalhista paralímpico em Tóquio e Paris

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A cada quatro anos, os holofotes do mundo esportivo se voltam para os Jogos Paralímpicos, colocando as histórias dos atletas em evidência. O que nem sempre tem destaque é a rotina de trabalho e preparação que acontece ao longo dos quatro anos de ciclo. Neste Dia do Atleta Paralímpico, o arremessador Thiago Paulino revelou os desafios de se manter competitivo durante todo o período.
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Medalhista paralímpico nos Jogos de Tóquio e Paris, o atleta da classe F57 (atletas que competem sentados), Thiago destacou que, em momentos de menor visibilidade midiática, é a disciplina, e não apenas a motivação, que sustenta o desempenho. Segundo o atleta, a queda de visibilidade e, consequentemente, de patrocinadores, é o principal desafio durante o ciclo.
— Atrapalha muito a profissionalização, porque dificulta a criação de um calendário forte de eventos e de
uma cultura de acompanhamento constante. O esporte paralímpico é de altíssimo nível e merece ser valorizado em todas as fases, não apenas quando há medalhas em disputa - declarou.
Convocado para o Mundial de Atletismo Paralímpico, principal evento da modalidade na temporada, Paulino lembra que 2025 é um ano importante para o ciclo até Los Angeles-2028. O foco está na manutenção da consistência técnica e física, além da participação em campeonatos mundiais e torneios internacionais que, apesar de pouco divulgados, são cruciais para ajustar estratégias e manter o nível competitivo.
— O maior equívoco é achar que o atleta paralímpico só aparece a cada quatro anos, como se vivesse uma vida comum no intervalo. A realidade é que vivemos o esporte 365 dias por ano, com treinos duros, dieta, recuperação e foco. A disciplina é tão rígida quanto a de qualquer atleta olímpico ou profissional de alto nível - finalizou.

O Mundial de Atletismo Paralímpico
Com início neste sábado (26), o Mundial de Atletismo Paralímpico acontece em Nova Déli, na Índia, e contará com a participação de 50 atletas e nove atletas-guia brasileiros. Na última edição do evento, em Kobe, no Japão, o Brasil terminou na segunda posição do quadro geral de medalhas, somente atrás da China. Foram 42 pódios no total, sendo 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze.
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