Faixa-preta brasileiro fala da evolução do Jiu-Jitsu nos EUA, elogia estrutura e traça meta: ‘Quero ser campeão mundial’

Passando por temporada nos EUA, faixa-preta brasileiro elogia estrutura oferecida no país, faz comparações com o que é visto no Brasil e revela sonho de ser campeão mundial

(Foto: Divulgação)
Esdras Junior vem passando temporada nos EUA e elogiou a estrutura oferecida no país (Foto: Arquivo Pessoal)

Escrito por

Esdras Junior, 29 anos, tem o sonho de ser campeão mundial na faixa-preta. Para tal, o paraibano decidiu passar uma temporada de treinos nos Estados Unidos sob tutela de Osvaldo Queixinho e Samir Chantre, depois de um convite feito por um amigo próximo.

O atleta, que treina Jiu-Jitsu há 13 anos, já nota evolução no seu jogo com a dupla medalha de ouro conquistada no San José Open, com e sem quimono, um dos últimos torneios da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) antes da pandemia do coronavírus.

- Meu Jiu-Jitsu está em constante evolução, pois os treinos aqui são excelentes, tem uma galera bem forte. Venci bem o San José Open, com e sem quimono, um dos meus primeiros torneios em 2020. A experiência com o professor Queixinho é uma das melhores. Ele é uma pessoa de um coração imenso, muito humilde e família. Ele sempre tem muito a passar, de posições a estratégias de luta. Mas a maior lição de Jiu-Jitsu que aprendi com ele é que você não deve desistir de uma luta até que ela acabe. Um exemplo disso é a luta que ele fez com Marcio André, no Pan-Americano, onde estava perdendo de pontos e virou a luta com um estrangulamento - relembra Esdras.

Desde fevereiro em Phoenix, no Arizona, Estados Unidos, Esdras tem acompanhado de perto a evolução do esporte na terra do Tio Sam. Na sua visão, por exemplo, a principal diferença entre o Brasil e Estados Unidos está na parte da estrutura para os atletas.

- A principal diferença entre o Brasil e os Estados Unidos, para mim, se encontra em alguns pontos como, por exemplo, a estrutura que as equipes têm e o suporte que podem dar aos seus atletas. Sem contar a facilidade de poder estar viajando com mais frequência para lutar, pois as passagens aéreas são bem mais baratas que no nosso país. Mas em termos de nível técnico, sem dúvidas, o Brasil ainda é o grande expoente do Jiu Jitsu. É preciso citar, sem sombra de dúvidas, que outros países estão começando a fazer barulho nas competições e os Estados Unidos está caminhando para o topo do esporte - destaca o atleta Esdras.

Em alta nas recentes competições, Esdras, assim como outros competidores, foi forçado a diminuir a intensidade dos treinos por ter que ficar em casa durante a pandemia do novo coronavírus. Porém, mesmo em casa, ele foi capaz de conseguir treinar. Ás vezes, sozinho. Às vezes, em companhia de amigos, que já convivem diariamente com ele, na mesma casa.

- Realmente, essa pandemia não estava nos planos de nenhum de nós. Isso acabou adiando um pouco os objetivos para 2020, infelizmente. Eu já vinha de um ótimo ritmo de competição desde 2019 e isso se refletiu no início desta temporada, na performance que tive no San Jose Open, na Califórnia, onde conquistei os títulos com e sem quimono no mesmo fim de semana. Aqui, no Arizona, e em outros estados, as academias estavam abertas, mas teve outro decreto que mandou fechar, recentemente. Bom, torço para que as coisas voltem ao normal logo. Tem algumas competições retornando, caso do Fight to Win, que até lutei há algumas semanas. Vou manter a boa alimentação e meus treinos em casa. Vou continuar com meu sonho de ser campeão mundial na faixa-preta e viver do Jiu-Jitsu - encerra Esdras.

Esdras tem quatro anos como faixa-preta, acumula diversas medalhas de ouro no circuito da IBJJF e ainda atua como árbitro internacional.

Veja o estilo de Esdras no Jiu-Jitsu:

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter