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Por onde anda Márcio Santos, zagueiro do tetra em 1994?

Ex-zagueiro da Seleção, Márcio brilhou na Copa de 1994 e depois virou dirigente.

imagem cameraMárcio Santos durante a final da Copa de 1994, nos Estados Unidos. (Foto: CBF)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 10/08/2025
07:07

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Márcio Santos escreveu seu nome na história do futebol brasileiro ao ser um dos pilares defensivos da Seleção na conquista da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Com grande presença física, boa leitura de jogo e eficiência nas jogadas aéreas, o zagueiro se destacou ao lado de Aldair formando uma das melhores defesas do Mundial. Antes de alcançar o topo do mundo, Márcio construiu uma trajetória sólida no futebol brasileiro e europeu. Depois de pendurar as chuteiras, viveu altos e baixos fora dos campos, enfrentou problemas de saúde e também teve passagem por cargos de gestão no futebol. O Lance! te conta por onde anda Márcio Santos.

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Nascido em São Paulo em 1969, Márcio começou sua carreira no interior paulista, no modesto Novorizontino. Foi lá que chamou atenção ao disputar a Série B do Campeonato Brasileiro e chegar ao vice-campeonato paulista em 1990. Com o desempenho crescente, atraiu o interesse do Internacional, onde se firmou de vez entre os principais defensores do país, conquistando o Campeonato Gaúcho e recebendo o prêmio Bola de Prata da revista Placar como melhor zagueiro do Brasileirão de 1991.

A boa fase o levou ao Botafogo por empréstimo em 1992, ano em que foi vice-campeão brasileiro pelo clube carioca. A visibilidade no cenário nacional o projetou para o futebol europeu. O Bordeaux, da França, foi o destino seguinte. Na equipe francesa, Márcio Santos teve ótimo desempenho e dividiu o elenco com promessas como Zidane e Lizarazu. Com consistência defensiva e personalidade, foi considerado um dos melhores zagueiros estrangeiros do país naquele período.

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Seu desempenho no Bordeaux garantiu a convocação para a Copa do Mundo de 1994. Inicialmente reserva de Ricardo Gomes, herdou a titularidade após o corte do zagueiro por lesão. Em campo, mostrou segurança e ainda marcou um gol na fase de grupos contra Camarões. Apesar de ter perdido um pênalti na final contra a Itália, foi eleito um dos melhores zagueiros do torneio e voltou ao futebol europeu ainda mais valorizado.

A Fiorentina, da Itália, foi sua nova casa. Márcio Santos chegou à Série A como um dos principais reforços da equipe, que buscava estabilidade após o acesso. Titular durante toda a temporada, o zagueiro sofreu com a instabilidade defensiva do time, que terminou o campeonato com uma das defesas mais vazadas. Ainda assim, teve boas atuações individuais, mesmo enfrentando críticas pela performance coletiva da equipe.

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Depois da experiência no futebol italiano, Márcio Santos se transferiu para o Ajax, da Holanda. No clube de Amsterdã, teve bom início, mas viu sua trajetória ser comprometida por uma grave lesão sofrida em amistoso da Seleção Brasileira. Além dos problemas físicos, enfrentou desentendimentos com o técnico Louis van Gaal e perdeu espaço no elenco. Sua última partida pelo Ajax foi marcada por uma expulsão relâmpago, com apenas 17 segundos de jogo.

De volta ao Brasil, Márcio Santos passou rapidamente por Atlético-MG e São Paulo. No Tricolor paulista, teve bom desempenho em 1998, sendo inclusive convocado novamente para a Seleção. Contudo, desentendimentos com o técnico Paulo César Carpegiani o afastaram do grupo, e ele deixou o clube em 1999. Em seguida, foi para o Santos, onde conviveu com contusões e um ambiente conturbado, sendo afastado pelo técnico Giba após declarações públicas.

Ainda rodaria por diversos clubes até o fim da carreira: Gama, Shandong Luneng (China), Al-Arabi (Catar), Paulista, Bolívar, Joinville e Portuguesa Santista. Ao todo, acumulou passagens por 15 clubes ao longo da carreira.

Pela Seleção Brasileira, foram 43 partidas e cinco gols entre 1990 e 1997. Participou da Copa América, Eliminatórias, Torneios preparatórios e, claro, da Copa de 1994, quando viveu seu momento mais marcante com a camisa canarinho.

Por onde anda Márcio Santos?

Após se aposentar dos gramados, Márcio Santos (@marciosantostetra) viveu momentos difíceis. Em 2008, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) enquanto estava em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Passou cinco dias internado, mas, felizmente, se recuperou sem sequelas graves. O episódio teve grande repercussão na mídia, reacendendo o carinho do público pelo tetracampeão.

Distante dos holofotes por um período, Márcio Santos voltou a ter ligação com o futebol anos depois. Em outubro de 2020, assumiu o cargo de coordenador de futebol do Santos, clube em que atuou como jogador no início dos anos 2000. A passagem foi breve, com término em janeiro de 2021, mas marcou seu retorno ao ambiente dos clubes brasileiros como dirigente.

Atualmente, Márcio Satos mantém uma vida mais reservada. Já participou de eventos e entrevistas relembrando sua trajetória e o título mundial de 1994. Apesar de não estar mais diretamente ligado a cargos no futebol profissional, segue sendo figura respeitada quando o assunto é a história da Seleção Brasileira. O zagueiro campeão do mundo é frequentemente lembrado por sua solidez defensiva e por ter superado críticas e desafios para se firmar como titular em uma das conquistas mais importantes do futebol nacional.

Clubes que o zagueiro defendeu

  1. Novorizontino
  2. Internacional
  3. Botafogo
  4. Bordeaux (França)
  5. Fiorentina (Itália)
  6. Ajax (Holanda)
  7. Atlético-MG
  8. São Paulo
  9. Santos
  10. Gama
  11. Shandong Luneng (China)
  12. Al-Arabi (Catar)
  13. Paulista
  14. Bolívar (Bolívia)
  15. Joinville
  16. Portuguesa Santista
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