Por onde anda André, ex-goleiro de Internacional e Cruzeiro?
André Döring superou lesões e hoje atua como auxiliar técnico no Colorado.

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Nascido em 25 de junho de 1972, em Venâncio Aires (RS), André Döring começou cedo no futebol. Revelado pelo Internacional, o jovem goleiro se destacou nas categorias de base coloradas entre 1989 e 1991, sendo apontado como sucessor natural de Cláudio Taffarel, ídolo máximo do clube e referência para toda uma geração de arqueiros brasileiros. O Lance! conta por onde anda André.
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Com apenas 20 anos, André foi promovido ao time profissional em 1992, como reserva de Gato Fernández. Mesmo sem ser titular, já participou da campanha vitoriosa da Copa do Brasil de 1992, o primeiro título nacional da história do Inter. Sua postura séria e segurança debaixo das traves chamaram atenção, e aos poucos ele se firmou como uma das promessas da posição no país.
Nos anos seguintes, André assumiu a titularidade no Beira-Rio, vivendo momentos de grande destaque entre 1996 e 1999. Foi peça importante nas conquistas do Campeonato Gaúcho de 1994 e 1997, e se notabilizou pelas defesas em cobranças de pênalti e reflexos rápidos. No auge da carreira, chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira, atuando em um amistoso contra a Iugoslávia em 1998, que terminou empatado em 1 a 1.
Os anos de Cruzeiro e a luta contra as lesões
Em 1999, André foi contratado pelo Cruzeiro, um dos clubes mais fortes do país no período. Chegou com status de titular e rapidamente conquistou o carinho da torcida celeste. No entanto, sua trajetória em Belo Horizonte foi marcada por momentos de brilho e dor.
Logo no início da passagem, André sofreu uma grave lesão no joelho direito, rompendo o ligamento cruzado durante um jogo contra o São Paulo pela Copa João Havelange de 2000. Após sete meses de recuperação, voltou a atuar em grande forma e participou da campanha vitoriosa da Copa do Brasil de 2000, defendendo pênaltis decisivos e sendo elogiado pela imprensa mineira.
Mas o destino lhe reservaria novo golpe: em 2001, contra o Santos, lesionou o joelho esquerdo, ficando mais nove meses afastado. No total, foram 16 meses fora dos gramados durante seus quatro anos na Raposa. Mesmo assim, André foi parte importante do elenco campeão de uma série de títulos, incluindo dois Campeonatos Mineiros, a Copa Sul-Minas de 2001 e a lendária Tríplice Coroa de 2003 — quando o Cruzeiro conquistou o Estadual, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
O retorno ao Inter e o fim da carreira
Em 2003, André voltou ao Internacional, o clube que o formou. Experiente e respeitado, alternou períodos de titularidade com atuações de apoio, sendo importante na estrutura do elenco colorado. Foi campeão gaúcho novamente em 2004 e 2005, consolidando-se como um dos goleiros mais regulares de sua geração.
Mas o azar com lesões voltou a atormentá-lo: na final do Campeonato Gaúcho de 2005, em uma dividida com o atacante Jacques, do 15 de Novembro, André fraturou o antebraço esquerdo em dois lugares e precisou de cirurgia. O acidente acelerou o fim de sua carreira como jogador. Ainda tentou uma última passagem pelo Juventude, em 2007, mas as dores e limitações físicas o levaram à aposentadoria definitiva no ano seguinte.
Por onde anda André Döring
Após pendurar as luvas, André Döring (@a.doring) não deixou o futebol. Com sua formação sólida e perfil de liderança, foi convidado a integrar a comissão técnica do Internacional, inicialmente como auxiliar técnico do time B. O conhecimento tático e a experiência com jovens goleiros fizeram dele uma figura importante na estrutura do clube.
Em 2011, assumiu como técnico interino do time principal após a demissão de Celso Roth, comandando a equipe antes da chegada de Falcão. O desempenho sólido o manteve na função de auxiliar, cargo que ocupa há mais de uma década. André também trabalhou em categorias de base e projetos de desenvolvimento técnico, tendo sido campeão brasileiro Sub-23 em 2017.
Respeitado internamente, é visto como uma figura leal, discreta e comprometida com a história colorada. Sua ligação com o Inter é profunda — como atleta, auxiliar e mentor de novos talentos. Ainda hoje, participa de eventos do clube, entrevistas e homenagens, sempre com humildade e o mesmo amor pelo futebol que o fez chegar longe.
Fora dos gramados, André leva uma vida reservada em Porto Alegre, ao lado da família. Nas redes sociais, costuma compartilhar bastidores dos treinos, lembranças de carreira e mensagens de fé. Aos 53 anos, segue sendo exemplo de superação e profissionalismo, um ex-goleiro que encontrou no trabalho técnico a forma perfeita de continuar vivendo o futebol intensamente.
Clubes em que André jogou
- Internacional (1992–1999, 2003–2005)
- Cruzeiro (1999–2003)
- Juventude (2006–2008)
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