Por onde anda Roger, ex-lateral da Seleção Polonesa?
Roger Guerreiro fez história ao marcar o primeiro gol polonês em uma Eurocopa.

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Roger Guerreiro nasceu em 25 de maio de 1982, em São Paulo (SP), e começou a carreira no São Caetano, clube que vivia um momento histórico no futebol brasileiro. Em meio à ascensão do Azulão, que chegou à final do Brasileirão de 2000, o jovem lateral-esquerdo demonstrava talento e visão de jogo, mas ainda buscava espaço entre os titulares. O Lance! te conta por onde anda Roger.
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Em 2002, foi contratado pelo Corinthians, onde viveu altos e baixos. Sua passagem ficou marcada por um episódio polêmico na Libertadores de 2003, quando foi expulso em partida decisiva contra o River Plate, após uma entrada dura em Andrés D'Alessandro. Apesar da irregularidade, Roger chamou a atenção de Júnior, ídolo do Flamengo que, na época, integrava a comissão técnica alvinegra.
Foi o próprio Júnior quem o indicou ao Flamengo, onde Roger chegou em 2004, aos 21 anos, com a missão de substituir Athirson. No Rubro-Negro, viveu uma de suas melhores fases, sendo campeão carioca e da Taça Guanabara, além de eleito melhor lateral-esquerdo do Campeonato Carioca. Marcou gols importantes e ganhou destaque pela boa técnica, velocidade e cruzamentos precisos — especialmente em clássicos contra o Fluminense.
O sucesso no Flamengo abriu portas para o futebol europeu. Em 2004, Roger foi emprestado ao Celta de Vigo, mas a passagem pela Espanha foi curta e sem brilho. Retornou ao Brasil para jogar no Juventude, antes de embarcar em uma das jornadas mais improváveis da história recente do futebol brasileiro.
Da Polônia para o mundo: o brasileiro que virou ídolo europeu
Em 2006, Roger foi contratado pelo Legia Varsóvia, um dos clubes mais tradicionais da Polônia. Lá, encontrou estabilidade e viveu o auge da carreira. Atuando como meia e lateral, conquistou o Campeonato Polonês, a Copa da Polônia e a Supercopa, tornando-se ídolo da torcida local. Seu desempenho chamou a atenção do técnico Leo Beenhakker, que o convidou a se naturalizar polonês.
No dia 17 de março de 2008, Roger recebeu oficialmente a cidadania polonesa das mãos do então presidente Lech Kaczyński. Poucos meses depois, foi convocado para a Eurocopa 2008, onde fez história ao marcar o primeiro gol da Polônia em uma Euro — no empate por 1 a 1 contra a Áustria, em Viena.
O gol foi um momento marcante não apenas para o futebol polonês, mas também para o jogador. Roger dedicou o tento ao pai, falecido seis meses antes, e até hoje guarda a chuteira e a camisa do jogo como relíquias. "Foi um misto de emoções. Esse gol vai ser lembrado por 100 anos", declarou em entrevista anos depois.
Com a camisa da Seleção Polonesa, disputou 25 jogos e marcou quatro gols entre 2008 e 2011, participando de amistosos e eliminatórias europeias.
Crise na Grécia e o retorno ao futebol brasileiro
Após a passagem consagradora pelo Legia, Roger foi contratado pelo AEK Atenas em 2009, onde permaneceu até 2013. No clube grego, conquistou a Copa da Grécia de 2011, mas também enfrentou um período turbulento. Durante a crise econômica europeia, chegou a ficar um ano sem receber salário, e, em gesto de liderança, pagou prêmios por vitórias do próprio bolso para motivar os colegas.
De volta ao Brasil, Roger defendeu clubes como Guaratinguetá, Comercial de Ribeirão Preto, Rio Branco, Villa Nova-MG e Rio Verde, onde encerrou a carreira em 2017. Ao longo da jornada, somou experiências em oito países e se destacou pela versatilidade: começou como lateral-esquerdo, mas brilhou também como meia-armador e ponta ofensivo.
Por onde anda Roger?
Após pendurar as chuteiras, Roger passou por momentos de incerteza. Em entrevista, revelou ter trabalhado como motorista de aplicativo em São Paulo, experiência que descreveu com naturalidade e dignidade. "Foi um recomeço. Eu precisava seguir em frente e cuidar da minha família", afirmou.
Logo depois, encontrou um novo rumo ao fundar uma academia de futebol, onde passou a treinar jovens atletas e transmitir sua experiência no esporte. O projeto, sediado em São Paulo, ganhou força até 2024, tornando-se uma referência local em formação esportiva e social.
Hoje, Roger (@r.guerreiro10) também participa de jogos de máster e campeonatos de várzea, representando Flamengo e Corinthians — clubes que marcaram sua trajetória. Aos 43 anos, leva uma vida tranquila, mas segue próximo do futebol e dos torcedores que o marcaram, seja no Brasil ou na Polônia.
Clubes em que Roger jogou
- São Caetano (2000–2002)
- Corinthians (2002–2005)
- Flamengo (2004)
- Celta de Vigo (2005)
- Juventude (2005–2006)
- Legia Varsóvia (2006–2009)
- AEK Atenas (2009–2013)
- Guaratinguetá (2013)
- Comercial (2014)
- Rio Branco (2015)
- Aris Limassol (2015)
- Villa Nova-MG (2016)
- Hercílio Luz (2016)
- Rio Verde (2017)
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