Maior goleada da história do São Paulo
O São Paulo goleou Sírio e Jabaquara por 12 a 1, em 1933 e 1945.

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O São Paulo Futebol Clube nasceu com vocação para grandeza. Desde sua fundação em 1930 — e reorganização definitiva em 1935 —, o Tricolor do Morumbi construiu uma trajetória marcada por hegemonias, esquadrões memoráveis e atuações dominantes. Mas muito antes de erguer títulos nacionais e continentais, o clube já dava demonstrações de sua força ofensiva no futebol nacional. O Lance! relembra a maior goleada da história do São Paulo.
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Maior goleada da história do São Paulo
As duas maiores goleadas oficiais da história são-paulina ocorreram em contextos distintos, mas igualmente simbólicos: o 12 a 1 sobre o Sírio, em 27 de agosto de 1933, e o 12 a 1 sobre o Jabaquara, em 8 de julho de 1945, ambos pelo Campeonato Paulista. Em comum, os dois resultados refletem a essência de um São Paulo arrojado, técnico e letal — características que o acompanhariam em todas as eras.
No início dos anos 1930, o São Paulo ainda era um clube jovem, mas já mostrava uma estrutura sólida e um futebol de alto nível. A goleada sobre o Sírio, em 1933, aconteceu na Chácara da Floresta, antigo estádio tricolor, e marcou a estreia do clube no futebol profissional paulista. Doze anos depois, o massacre contra o Jabaquara, no Pacaembu, reafirmaria o poderio ofensivo de uma geração que dominaria o Estado sob o comando de astros como Leônidas da Silva, Sastre e Remo.
Esses dois resultados não são apenas estatísticas. Eles simbolizam momentos de virada na história são-paulina — o nascimento de um clube que aprenderia a ser campeão, a se reinventar e a desafiar a lógica do futebol brasileiro.
1933: o São Paulo inicia sua trajetória goleando o Sírio
O ano de 1933 é um marco na história do futebol paulista. Foi o início da era profissional, com os clubes deixando o amadorismo para abraçar uma nova forma de gestão e competição. O São Paulo, recém-formado a partir da fusão de ex-jogadores do Paulistano e da Associação Atlética das Palmeiras, estreava oficialmente em torneios de primeira linha.
Naquele 27 de agosto de 1933, o Tricolor enfrentou o Sírio, uma equipe tradicional dos torneios amadores, mas que não resistiu ao ímpeto do novo gigante. O São Paulo venceu por 12 a 1, em um espetáculo ofensivo que surpreendeu até os jornais da época. Os artilheiros Armandinho e Fried brilharam, enquanto o goleiro adversário não teve descanso.
A goleada teve significado muito além do placar. Representou o surgimento de um clube que, em sua primeira década de vida, já mostrava uma estrutura administrativa moderna, visão esportiva e ambição desmedida. O São Paulo estreava goleando e anunciava que não seria apenas mais um clube na capital paulista — estava destinado a se tornar um dos maiores do país.
1945: o massacre sobre o Jabaquara e o auge do primeiro esquadrão tricolor
Doze anos depois, o São Paulo voltava a protagonizar outra goleada histórica. Em 8 de julho de 1945, no Estádio do Pacaembu, o Tricolor venceu o Jabaquara por 12 a 1 em partida válida pelo Campeonato Paulista. Era o auge da geração conhecida como "O Rolo Compressor", que dominou o futebol paulista nos anos 1940.
A equipe contava com craques do calibre de Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", e José Carlos Bauer, além de estrangeiros como Sastre, que trouxe ao time um toque refinado de experiência internacional. O técnico Vicente Feola organizava a equipe com perfeição: defesa sólida, meio-campo articulado e ataque avassalador.
Contra o Jabaquara, o São Paulo mostrou um futebol moderno e técnico, com movimentações rápidas e finalizações precisas. Foram 12 gols marcados e apenas um sofrido — um domínio absoluto. A imprensa descreveu o jogo como "uma exibição de gala de um time imbatível", e a vitória consolidou o Tricolor como o principal clube paulista da década.
Os heróis das goleadas e o nascimento da identidade do São Paulo
As duas maiores vitórias do São Paulo estão separadas por doze anos, mas unidas por uma mesma essência: o futebol ofensivo, coletivo e disciplinado. Em 1933, a equipe ainda buscava reconhecimento; em 1945, já havia se tornado referência.
Os nomes mudaram, mas o espírito permaneceu o mesmo. Se Armandinho e Fried abriram caminho no início, Leônidas e Sastre deram continuidade ao legado. Cada geração acrescentou sua própria assinatura, e a cultura vencedora do clube foi se consolidando. O São Paulo aprendeu, desde cedo, que seu caminho seria o da ousadia — e que a vitória, quando alcançada, deveria ser construída com arte.
A consolidação da grandeza e o simbolismo dos 12 a 1
O São Paulo se orgulha de ter nascido grande. Em pouco tempo, tornou-se multicampeão paulista, conquistou títulos nacionais e internacionais e se transformou em um dos clubes mais respeitados do planeta. As goleadas de 12 a 1 representam a semente desse sucesso. Elas mostram que, desde os primeiros anos, o Tricolor apostava em um futebol ofensivo e vistoso, priorizando o espetáculo sem abrir mão da eficiência.
Mais do que recordes, esses resultados são símbolos de identidade. O São Paulo de 1933 e o de 1945 não são apenas equipes distintas — são capítulos de uma mesma narrativa: a de um clube que nasceu para ser protagonista, dentro e fora de campo.
O legado eterno das maiores goleadas tricolores
As duas maiores goleadas da história tricolor não se apagaram com o tempo. Elas permanecem vivas como referências de excelência e como lembretes do espírito competitivo que caracteriza o São Paulo. Cada gol marcado naquele 12 a 1 — seja contra o Sírio, seja contra o Jabaquara — é parte da construção de uma identidade que atravessou gerações.
Desde os tempos da Chácara da Floresta até as noites de glória no Morumbi e no Japão, o São Paulo sempre foi um clube moldado pela grandeza. E essas vitórias avassaladoras são as primeiras provas escritas dessa vocação. O 12 a 1 não é apenas um número no almanaque: é o símbolo do nascimento do Tricolor vencedor, elegante e implacável.
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