Brasil x Holanda na Copa de 2010: Brasil de Dunga chega bem, mas é surpreendido
Seleção falhou contra a Holanda há 15 anos, no dia 2 de julho de 2010

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A Copa do Mundo de 2010 marcou o retorno do Brasil a uma filosofia de jogo mais pragmática. Sob o comando de Dunga, a seleção brasileira havia conquistado bons resultados nos anos anteriores, como os títulos da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009. Essa trajetória deu ao time a credencial de favorito para o Mundial da África do Sul, apesar das críticas ao estilo pouco ofensivo adotado pelo treinador. O Lance! relembra a competição daquele ano e o fatídico Brasil x Holanda na Copa de 2010.
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Comandado por uma base sólida, formada por jogadores como Lúcio, Juan, Maicon, Gilberto Silva e Felipe Melo, o Brasil apostava em uma defesa consistente e em contra-ataques letais com Kaká, Robinho e Luís Fabiano. A ausência de nomes mais técnicos, como Ronaldinho Gaúcho e Ganso, causou controvérsia antes da Copa, mas Dunga mantinha sua filosofia de valorização da disciplina e do coletivo.
Campanha segura do Brasil na primeira fase e nas oitavas
Na fase de grupos, o Brasil venceu a Coreia do Norte por 2 a 1, bateu a Costa do Marfim por 3 a 1 e empatou com Portugal em 0 a 0. Nas oitavas de final, enfrentou o Chile e venceu com tranquilidade por 3 a 0, com boa atuação do setor ofensivo e domínio total da partida. A equipe chegava embalada para o confronto das quartas de final, diante da forte seleção da Holanda.
Brasil x Holanda na Copa de 2010
Primeiro tempo promissor, segundo tempo trágico
O duelo contra os holandeses aconteceu no dia 2 de julho de 2010, no estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. O Brasil começou melhor e logo aos 10 minutos abriu o placar com Robinho, aproveitando passe de Felipe Melo após erro da defesa adversária. Durante todo o primeiro tempo, a equipe brasileira controlou o jogo, manteve a posse de bola e não permitiu que a Holanda ameaçasse com perigo.
No entanto, o cenário mudou radicalmente no segundo tempo. Aos 8 minutos da etapa final, Sneijder cruzou da intermediária, a bola passou por todos, incluindo o goleiro Júlio César, e foi desviada por Felipe Melo, entrando no gol. O lance foi inicialmente considerado gol contra, mas depois atribuído a Sneijder. O empate desestabilizou emocionalmente a seleção brasileira, que perdeu a organização tática e o controle psicológico.
A virada veio aos 23 minutos, após cobrança de escanteio de Robben e cabeçada certeira de Sneijder, livre na pequena área. O descontrole ficou evidente pouco depois, quando Felipe Melo, em um lance ríspido com Robben, pisou no adversário e foi expulso com cartão vermelho direto. Com um a menos e atrás no placar, o Brasil já não conseguia mais reagir. A Holanda administrou o resultado até o apito final.
Fim de um ciclo e críticas à postura da equipe
A eliminação representou um fim amargo para o ciclo de Dunga. Apesar da boa campanha nas Eliminatórias e dos títulos anteriores, a derrota expôs limitações no modelo de jogo adotado. Jogadores como Kaká e Robinho, que tiveram bons momentos na competição, não conseguiram manter o desempenho na hora decisiva. Já o técnico Dunga foi criticado por não ter alternativas táticas e por fechar o grupo a jogadores mais criativos.
O confronto ficou marcado não apenas pela virada holandesa, mas também pelo colapso emocional da equipe brasileira. O descontrole de Felipe Melo, os erros defensivos e a queda de rendimento coletivo foram determinantes para o resultado final. A Holanda, por sua vez, avançaria até a final, onde perderia para a Espanha na prorrogação.
Ficha técnica: Brasil x Holanda
Holanda 2 x 1 Brasil
Data: 2 de julho de 2010
Local: Nelson Mandela Bay Stadium, Port Elizabeth (África do Sul)
Público: 40.186
Árbitro: Yuichi Nishimura (Japão)
Cartões amarelos: Van Persie, De Jong, Van Bronckhorst, Robben (HOL); Juan, Michel Bastos (BRA)
Cartão vermelho: Felipe Melo (BRA), aos 28 do 2º tempo
Gols:
Brasil: Robinho, aos 10 do 1º tempo
Holanda: Sneijder, aos 8 e aos 23 do 2º tempo
Holanda: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; De Jong, Van Bommel, Kuyt, Sneijder e Robben; Van Persie. Técnico: Bert van Marwijk
Brasil: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Felipe Melo, Gilberto Silva, Dani Alves (Ramires) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano (Nilmar). Técnico: Dunga
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