‘Muita coisa mudou’: Yago Dora detalha impacto midiático do título da WSL na carreira
Surfista vive momento inédito na carreira após título da WSL e detalha os desafios de ser uma referência na modalidade

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A quase um mês completo da conquista do título da WSL 2025, o brasileiro Yago Dora ainda se acostuma com os efeitos midiáticos e o "boom" comercial em sua carreira após o seu primeiro mundial na liga de suf. O surfista conversou com a imprensa durante sua participação na COB Expo 2025, em São Paulo, evento que se somou a diversos outros compromissos do atleta fora dos treinos na água.
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Dora fez uma comparação ao falar sobre como tem sido o ritmo da vida midiática e o estilo "low profile", como ele mesmo definiu, que vivia antes do título mundial. Entretanto, não negou que há uma empolgação em descobrir os desafios dessa nova fase, aos 29 anos, e com uma trajetória ainda mais promissora na modalidade daqui em diante.
- Muita coisa mudou. Mais compromissos, mais responsabilidades, a visibilidade fica bem maior e isso é bom. Acho que é bom ter esse alcance maior, eu sempre fui uma pessoa mais low profile, mais quieta, mas eu tenho vontade de mostrar esse meu lifestyle, o lifestyle do surf mesmo. Compartilhar talvez um pouco mais que só surf mesmo. É legal esse papel que eu estou tendo agora, de ganhar essa visibilidade e tentar demonstrar um pouco da minha essência, da essência do nosso esporte - disse o atleta.
O surfista brasileiro passa a integrar um hall de campeões do país que carrega um peso importante para a popularização da modalidade no Brasil. Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo são alguns dos nomes de grande impacto do surf atualmente, todos eles com títulos mundiais. Ao olhar para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, Yago Dora acredita que, ao lado desses atletas, tem também a missão de ajudar a aproximar o esporte do público que não está no dia a dia de consumo da WSL e outras categorias.
A "tarefa" de liderança que passou a assumir após o título não é um fardo para ele, principalmente pela característica de ser um exemplo no cotidiano, sem dar discursos sobre como ou quando o público deve consumir o surf. Apesar da lista de compromissos comerciais ter aumentado, Yago Dora afirma que se mantém fiel à sua essência.
- Sei que estou assumindo uma responsabilidade de ser um exemplo, um líder para uma nova geração que vem se baseando na gente. E eu gosto de fazer isso, mesmo antes de conquistar tudo que eu conquistei. Sempre gostei de liderar pelo exemplo, não sou muito de falar, sou um cara mais quieto e não sou de ficar falando "faz isso, faz aquilo, isso funciona, isso não funciona"... eu gosto de liderar pelo exemplo. Estou fazendo isso aqui, se quiser fazer comigo, vamos embora, me acompanha. Estou feliz com essa visibilidade maior, gosto muito de mostrar essa minha essência, essa essência do surf, quanto mais alcance a essência verdadeira do surf tiver, melhor para o nosso esporte - completou.
Atualmente, Dora soma pouco mais de 400 mil seguidores nas redes, quase o triplo do que tinha há um ano, durante a disputa da WSL 2024, quando era o 25º do ranking mundial. Agora, ajusta os compromissos como a COB Expo, entrevistas para a TV, como a que deu para o "Conversa com Bial", da Globo, e outras campanhas publicitárias.
Um dos encontros que mais chamaram a atenção foi com Ronaldo Fenômeno, ídolo de infância de Yago Dora, que inspira o surfista a usar o número nove no uniforme e até inspirou o corte de cabelo no estilo "Cascão" em comemoração ao título da temporada.

Sonho olímpico e retrospecto positivo
Em uma recente entrevista exclusiva ao Lance!, Yago Dora falou sobre a vivência do último ciclo olímpico nos Jogos de Paris, quando não garantiu vaga para competir no Taihiti - na ocasião, o Brasil foi representado por Gabriel Medina, que terminou com a medalha de bronze. O surfista projetou o início de sua caminhada até Los Angeles, inaugurada pelo o título mundial, e como as ondas de Trestles, palco do surfe em 2028, pode ser um trunfo para o atleta, já que foi uma das etapas vencidas pelo brasileiro em 2025.
- Com certeza tá nos meus planos me classificar para as Olimpíadas. Ainda faltam alguns anos, mas acho que a questão do palco ser Trestles me incentiva muito. Eu sabia que no ano passado, sendo no Tahiti também, seria uma onda que seria muito boa para mim, eu bati na trave, mas acho que é isso, as coisas vêm na hora certa e eu tô bem animado pra daqui a uns anos pegar essa vaga - disse ao Lance!.
Para conferir a reportagem completa com Yago Dora no quadro Lance! Olímpico, clique aqui.
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