Bets: governo pode restringir pessoas públicas em propagandas
Secretário do Ministério da Fazenda explicou após apresentação de relatório

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Após a divulgação do relatório sobre o quadro do mercado de bets no Brasil, o secretário do Ministério da Fazenda para Prêmios e Apostas, Regis Dudena, se manifestou. Ele entende que é necessário o governo regulamentar para maior restrição das propagandas bets, com atletas por exemplo.
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- (A exposição de atletas) Se for algo que a gente reconheça como não desejável, eventualmente vamos restringir. Se a atuação de pessoas públicas tenha que ser restringida, eventualmente vai se restringir. O que a gente não pode é querer fazer tudo de uma vez ao mesmo tempo - analisou, Regis, em entrevista à Folha de São Paulo.
Ele acrescentou sobre a batalha para bloquear as casas de apostas ilegais. Entre outubro e junho foram retiradas do ar 15.463 páginas irregulares.
- Como é que, normalmente, uma pessoa chega numa casa ilegal? Ela está navegando por perfis de redes sociais ou por sites de busca e se depara com um link, seja divulgado por um influenciador, seja dentro de alguma campanha fingindo não ser uma campanha. Ela clica nesse lugar, é direcionada para uma casa de aposta, e, então, se engaja nessa atividade de aposta do ilegal - explicou, antes de completar:
- Se a gente conseguir cortar o fluxo financeiro e de acesso das casas de apostas ilegais via redes sociais, a gente mata esses ilegais - analisou.
A receita bruta das empresas autorizadas foi de R$ 17,4 bilhões, valor representa o total de apostas menos os prêmios pagos. Ou seja, pode ser indicado como o gasto efetivo dos apostadores no período. E a média de gasto por apostador ativo foi de cerca de R$ 983 por semestre ou R$ 164 por mês. A arrecadação das empresas de apostas no mercado brasileiro foi de aproximadamente R$ 3,8 bilhões no primeiro semestre de 2025. Esse dado se refere aos valores arrecadados pela Receita. E o mercado regulado de apostas de quota fixa no Brasil tem 78 empresas autorizadas e monitoradas.
Perfil dos apostadores
Os dados divulgados informam também que, dos 17,7 milhões de brasileiros que realizaram apostas no primeiro semestre, 71% são homens. O Sistema Geral de Gestão de Apostas (Sigap) do Ministério da Fazenda recebe, diariamente, informações de todas as apostas realizadas pelas 76 empresas autorizadas a explorar apostas de quota fixa no país. Em relação às faixas etárias, a com mais apostadores é a de 31 a 40 anos: 27,8%. Os que têm de 18 a 25 anos são 22,4% e 22,2% têm de 25 a 30 anos.

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