Análise: Santos bate faturamento médio do Palmeiras no Allianz pelo Brasileirão
Alviverde vive cenário de pouca adesão do seu público em casa e com ingressos mais caros

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O Santos empatou por 0 a 0 com o Ceará na noite de segunda-feira (12) em um duelo que marcou a estreia do Peixe como mandante no Allianz Parque, estádio do seu rival, Palmeiras. E a primeira partida do alvinegro estabeleceu um novo recorde de púbico em jogos do Brasileirão, com 35.240 pagantes. Entretanto, essa não foi a única marca superada pelo clube diante do Alviverde. O faturamento no duelo contra o Vovô foi maior do que a arrecadação média da arena no Campeonato Brasileiro de 2025.
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O público no estádio gerou R$ 2.806.052,90 de renda, valor maior que os outras duas partidas jogadas pelo Palmeiras em sua casa na competição neste ano. Ao tirar a média de faturamento dos duelos contra o Botafogo, pela 1ª rodada, e diante do Bahia, na 6ª rodada, o Santos arrecadou quase 4% a mais que o rival em seus compromissos como mandante.
O número em si não é alto, mas é importante ressaltar que o Palmeiras tem um ticket médio 16% mais caro que o Santos e leva um público 15% menor para o seu estádio em comparação com o Peixe. Ou seja, o Alviverde vive um cenário de pouca adesão do seu público em casa e com ingressos mais caros.
Outro levantamento feito pelo Lance! Biz mostrou que nas cinco primeiras rodadas do Brasileirão, o clube presidido por Leila Pereira tinha o segundo ticket médio mais caro do país, perdendo apenas para o Vasco. Vale adicionar que, nesse contexto, o Alviverde mandou um jogo na Arena Barueri, fora de seu estádio habitual, enquanto o Cruz-Maltino teve um clássico contra o Flamengo no Maracanã como mandante, o que inflou sua arrecadação e valores cobrados.

Análise dos números de Palmeiras e Santos no Allianz Parque
Apesar do recorde de público e do maior faturamento, o duelo entre Santos e Ceará foi o que teve o menor ticket médio. O valor foi de R$ 79,56, enquanto Palmeiras teve valor médio de R$ 89,99 contra o Bahia e R4 92,39 na estreia do Brasileirão contra o Botafogo. O outro jogo como mandante foi diante do Corinthians, mas disputado em Barueri.
No duelo, o Santos teve uma presença de 35.240 pagantes, 5.550 a mais que a média de público do Palmeiras no estádio, que gira em torno de 29.690. Mesmo assim, o alviverde manteve o faturamento médio acima dos R$ 2,5 milhões, atingindo R$ 2.707.156,85, que é o valor que quase alcança os R$ 2.806.052,90 do Santos.
Exemplo em Barueri
Por ter um estádio que é constantemente utilizado como palco para shows e festivais, o Palmeiras definiu a Arena Barueri como segunda casa, local que é administrado por uma das empresas da presidente do clube, Leila Pereira, e tem contrato de serviço com a WTorre (a mesma do Allianz).
O duelo contra o São Paulo serviu como um exemplo que evidencia a política palmeirense de cobrar caro pelos seus ingressos. Na Arena Barueri, as entradas foram vendidas a partir de R$ 40 (R$ 20 a meia-entrada). No total, foram 29.709 torcedores e uma renda de R$ 909.708. Ou seja, mesmo com um público que supera a média no Palmeiras no Allianz, o alviverde não chegou a superar nem a marca de R$ 1 milhão em arrecadação.
A presidente Leila Pereira se posiciona firmemente ao dizer que não vê uma prática abusiva nos preços dos ingressos, cita as vantagens do clube de sócios e ressalta que os altos faturamentos impactam nos resultados em campo do clube.
– Eu não acho os valores dos ingressos no Allianz exorbitantes. A grande maioria dos que vem são sócios torcedores. Quem é plano ouro paga R$ 150 por mês. Se jogar quatro vezes aqui, faça a conta. Não é preço popular? Claro que é. Não vamos mudar nossa política de valores [...] Vou agradar todos os torcedores? Não, com relação a valores. Mas vou agradar quando estivermos conquistando títulos e com um time protagonista - destacou a mandatária.
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