Internacional: das melhores a pior defesa do Brasil
Em menos de um mês, o time de Roger Machado tomou 17 gols em oito partidas

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De um dos pontos altos do time a motivo de dores de cabeça para o técnico Roger Machado. Da presença entre a quatro melhores a pior defesa do Brasil. Essa é a zaga do Internacional, que em sete jogos tomou 16 gols, ou 2,3 gols. Nas 18 partidas anteriores, o Colorado havia tomado apenas nove gols, uma média de 0,5 por confronto. Ou seja, em 25 enfrentamentos oficiais, o Alvirrubro buscou a bola 27 vezes no fundo das redes, ou 1,1 vez a cada 90 minutos.
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Há menos de um mês, às vésperas do Gre-Nal 447, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, o Lance! trazia um levantamento no qual a equipe de Roger Machado figurava entre as quatro melhores defesas. Os dados incluíam os estaduais, o Brasileirão, a Libertadores e a Copa do Brasil para os que já haviam iniciado a disputa. Os números eram esses:
- Atlético-MG – 0,5 (9 gols em 18 partidas)
- Flamengo – 0,5 (14/21)
- Fluminense – 0,5 (14/21)
- Internacional – 0,5 (9/18)
- Bahia – 0,6 (11/18)
- Palmeiras – 0,6 (14/22)
- Vitória – 0,8 (15/19)
- Botafogo – 0,9 (16/17)
- Fortaleza – 0,9 (11/12)
- Grêmio – 1 (19/18)
- São Paulo – 1 (19/20)
- Corinthians – 1,1 (28/26)
- Cruzeiro – 1,3 (19/15)
- Vasco – 1,3 (22/17)

Passadas sete rodadas, os dados mudaram bastante, e para pior, para os lados do Beira-Rio. Nesse recorte, o Internacional tem a defesa mais vazada:
- Flamengo – 0,4 (3 gols em 7 partidas)
- Bahia – 0,6 (4/7)
- Botafogo – 0,6 (4/7)
- Palmeiras – 0,6 (4/7)
- Fortaleza – 0,6 (4/7)
- Cruzeiro – 0,7 (5/7)
- São Paulo – 0,9 (6/7)
- Vitória – 1 (6/6)
- Fluminense – 1,1 (8/7)
- Grêmio – 1,1 (8/7)
- Vasco – 1,3 (9/7)
- Atlético-MG – 1,4 (10/7)
- Corinthians – 1,4 (10/7)
- Internacional – 2,3 (16/7)

Somando todas as partidas, o quadro fica assim:
- Bahia – 0,6 (15 gols em 25 partidas)
- Flamengo – 0,6 (17/28)
- Palmeiras – 0,6 (18/29)
- Atlético-MG – 0,8 (19/25)
- Botafogo – 0,8 (20/24)
- Fluminense – 0,8 (22/28)
- Vitória – 0,8 (21/25)
- Fortaleza – 0,8 (15/19)
- São Paulo – 0,9 (25/27)
- Internacional – 1 (25/25)
- Grêmio – 1,1 (27/25)
- Cruzeiro – 1,1 (24/22)
- Corinthians – 1,2 (38/33)
- Vasco – 1,3 (31/24)
O que aconteceu?
Das análises desses números é possível chegar à conclusão de que o jornalista Wianey Carlet, falecido em 2017, estava certo. Disse ele que o Gauchão era “engana bobo”. Para o cronista, vencer o Estadual mascarava erros e exaltava qualidades que não eram tudo isso. Ou seja, nem tanto à terra nem tanto ao céu.
É preciso levar em conta que, durante o Estadual, o Internacional enfrentou apenas duas equipes de Séria A – Grêmio e Juventude. Em 12 jogos, foram seis gols contra. Nas seis partidas seguintes, pegou seis times de Primeira Divisão – Flamengo, Bahia, Cruzeiro, Atlético Nacional-COL, Fortaleza e Palmeiras – tomando apenas três. Com a média sendo mantida.
Só que nesse período, a produção do time como um todo caiu. A parte ofensiva, importante na questão tática ao manter a bola no campo do adversário, também apresentou problemas. A marcação sobre pressão, uma das armas no Gaúcho, perdeu força; a posse de bola passou para o adversário; e a segurança do setor defensivo começou a ruir.
Ficou claro que Aguirre e Bernabei têm deficiências na atuação defensiva. Isso sobrecarregou Vitão e Victor Gabriel (que não voltou ao seu nível após retornar de lesão). O mesmo aconteceu com Fernando, dividido entre proteger a área e abastecer o meio-campo. Somando-se a tudo isso a inexperiência de Anthoni, está feito o cenário propício para a situação.

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