Provocação fora, clima quente dentro: Fla-Flu marca polêmicas em 2019

Fora de campo, briga por ingressos, provocações e ironias com time reserva marcaram o clássico. Dentro de campo, Renê criticou Fernando Diniz e cartões foram vistos no clássico

Fluminense x Flamengo
Jogos entre Flamengo e Fluminense são marcados por faltas e cartões (Foto: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC)

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Flamengo e Fluminense protagonizaram episódios polêmicos nos clássicos da atual temporada. Em 2019, os dois rivais foram marcados por, além dos jogos decididos no detalhe, brigas, discussões e expulsões dentro das quatro linhas. Agora, ambos vão escrever mais um capítulo neste sábado, pela semifinal do Campeonato Carioca, no Maracanã, às 19h.

A equipe comandada por Fernando Diniz não é muito de fazer faltas, mas esse aspecto soma quando o assunto é partidas contra o Flamengo. Em três jogos disputados contra o Rubro-Negro até aqui, o Tricolor levou 19 cartões, sendo 17 amarelos e dois vermelhos. Os ânimos aflorados se traduzem pela média de 6,3 cartões recebidos por jogo.

Pelo lado do Flamengo, a medida é a mesma. Nas partidas disputadas contra o Fluminense, o Rubro-Negro levou 17 cartões, 16 amarelos e um vermelho. Esses números, por sua vez, representam que a equipe comandada por Abel Braga possui a média de levar 5,6 cartões por duelo e que os jogos entre as duas equipes é marcada por 11,9 cartões ao todo. 

Dessas três expulsões, duas foram para o Tricolor e uma ao Flamengo. Pelo lado do clube das Laranjeiras, Pablo Dyego e Paulo Henrique Ganso, em uma ocasião que gerou certo descontentamento dos jogadores dentro de campo, foram ao chuveiro mais cedo. No mesmo jogo, a semifinal da Taça Rio, Bruno Henrique não mediu a força da maneira correta e, após uma entrada em Gilberto, recebeu o cartão vermelho.

Das três partidas disputadas entre as equipes até aqui, duas foram decididas com gols já nos acréscimos do segundo tempo - semifinal da Taça Guanabara, com um gol de Luciano, e semi da Taça Rio, com Éverton Ribeiro balançando as redes. No calor do momento, esses eventos resultaram em mais bate-boca e confusão entre os jogadores, que, dessa vez, também expressavam descontentamento com a arbitragem.

Declarações fortes
O nível quente e de estresse também se colocou à tona fora das quatro linhas. Após a vitória do Flamengo sobre o Fluminense na semifinal da Taça Rio, Renê afirmou, após a partida, que os jogadores do Tricolor buscam esse tipo de jogo violento desde o apito inicial.

- A gente percebe. Vou falar a verdade, sou até curioso para ouvir o que. Não sei se o treinador (Fernando Diniz) pede. Não é possível. Com um minuto de jogo eles já estão arrumando confusão - afirmou.

Fernando Diniz, por sua vez, não mediu palavras para responder o lateral-esquerdo. Em entrevista coletiva realizada dias depois a partida do Maracanã, o treinador afirmou que Renê não o conhece e não gosta daquilo apresentado nas partidas entre as duas equipes.

- Acho estranha. Ele nunca viu uma preleção minha, mas é só perguntar para alguém. Sou um cara que, da maneira que boto a equipe para jogar, não gosto minimamente de violência. Nada. O que eu prezo, que estimulo, é um jogo bem jogado. Não gosto de violência nem em treino - respondeu.

Fora de campo
No fundo, todos esses fatores vistos dentro de campo podem ser um reflexo daquilo que as respectivas diretorias fazem fora dele. Até aqui, os clubes que eram mandantes e, por consequência, decidiam a operação da partida, não ofereciam o mesmo suporte de compra de ingressos aos torcedores rivais. Em tempos de globalização, a venda online de bilhetes é um dos meios acessíveis de garantir a presença no estádio, mas isso foi bloqueado tanto pelo Flamengo quanto pelo Fluminense, que buscaram, provavelmente, que os fãs adversários encontrassem dificuldades para irem às partidas.

Apesar desses aspectos negativos, os torcedores ainda conseguem dar brilho ao espetáculo. Yony Gonzalez e Arrascaeta foram, respectivamente, grandes contratações de Flu e Fla. A torcida do Tricolor, aproveitando isso, criou uma música para exaltar o colombiano e, ao mesmo tempo, provocar o uruguaio. "Boi, boi, boi, boi da cara preta, o Yony Gonzalez é melhor que o Arrascaeta".

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