Presidente da CBF, Samir Xaud, é alvo de busca e apreensão em operação da Polícia Federal
Investigação apura a suposta compra de votos na eleição de 2024, em Roraima

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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira (30) em uma operação da Polícia Federal que investiga suposta compra de votos nas eleições municipais de 2024, em Roraima. A ação, batizada de Operação Caixa Preta, é conduzida pela Justiça Eleitoral do estado e cumpriu dez mandados no âmbito da apuração.
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Agentes da Polícia Federal estiveram na residência de Xaud e também na sede da CBF, no Rio de Janeiro, onde cumpriram a ordem judicial entre 6h24 e 6h52 da manhã. A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 10 milhões nas contas dos envolvidos na investigação.
A operação tem como base um episódio ocorrido durante o período eleitoral do ano passado, quando o empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB), foi preso com R$ 500 mil em espécie — parte do montante escondido na cueca. Ambos também foram alvos da operação desta quarta.
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Samir Xaud é filiado ao MDB, o mesmo partido de Helena, e integra o mesmo grupo político em Roraima. Em 2022, chegou a se candidatar a deputado federal, mas não foi eleito. Nascido em Boa Vista, médico de formação, Samir assumiu a presidência da CBF em maio de 2025, tornando-se o mais jovem a ocupar o cargo. Ele é filho de Zeca Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol desde 1975.
Em nota oficial, a CBF afirmou que a operação não tem relação com o futebol e que o presidente da entidade não é o foco principal da investigação. A entidade também declarou que nenhum material foi apreendido em sua sede e que Samir Xaud está à disposição das autoridades para esclarecimentos.
Confira a íntegra da nota da CBF:
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.
É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações.
A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

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