25 anos do pênalti de Marcelinho: a vitória do Palmeiras na Libertadores-2000
Palmeiras eliminou o Corinthians e foi para a final da Libertadores de 2000.

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O confronto entre Palmeiras e Corinthians pela semifinal da Libertadores de 2000 é, até hoje, lembrado como um dos maiores capítulos da história do futebol brasileiro. O clima era de tensão máxima, a rivalidade entre os clubes vivia seu auge, e a oportunidade de disputar uma final continental fez com que os nervos ficassem ainda mais à flor da pele. O que estava em jogo transcendia o esporte: era uma batalha por honra, por hegemonia e por um lugar eterno na memória dos torcedores. O Lance! relembra os 25 anos do pênalti de Marcelinho contra o Palmeiras.
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25 anos do pênalti de Marcelinho
Aquela noite de 6 de junho no Estádio do Morumbi foi o cenário perfeito para uma das maiores partidas já disputadas em território nacional. Com mais de 45 mil torcedores nas arquibancadas e milhões acompanhando pela televisão, o dérbi paulista ganhou status de decisão de Copa do Mundo. De um lado, o Palmeiras de Felipão, atual campeão da América. Do outro, o Corinthians de Oswaldo de Oliveira, campeão mundial pela FIFA meses antes.
Além de toda a mística do confronto, o que se viu em campo foi um espetáculo de emoções: gols, viradas, nervosismo, pancadaria e uma disputa de pênaltis que entrou para a eternidade. E no centro da história, dois nomes que marcaram época: Marcelinho Carioca e Marcos. Um errou. O outro virou santo. O desfecho foi inesquecível.
O maior Dérbi da história: rivalidade elevada ao extremo entre Corinthians x Palmeiras
Nunca Corinthians e Palmeiras se enfrentaram em clima tão quente e decisivo como naquela noite de 6 de junho de 2000. A semifinal da Libertadores colocava frente a frente os dois maiores clubes de São Paulo em uma disputa pela glória continental, com ambos vivendo grande fase e ostentando elencos estelares. O Corinthians, recém-campeão do Mundial de Clubes da FIFA, queria o título inédito da América. O Palmeiras, atual campeão da Libertadores, sonhava com o bicampeonato.
O clima em São Paulo era de guerra. Filas intermináveis nas bilheterias, tensão na imprensa, provocações entre torcedores e uma rivalidade que beirava o insano. No jogo de ida, o Corinthians venceu por 4 a 3, em duelo eletrizante. Mas nada se compararia ao segundo capítulo dessa saga.
Primeiro tempo: emoção, equilíbrio e viradas
Logo de início, o Palmeiras mostrou que não deixaria o rival se acomodar. Aos 34 minutos, Júnior fez excelente jogada pela esquerda e cruzou para Euller abrir o placar. Cinco minutos depois, Luizão empatou para o Corinthians após escanteio de Marcelinho Carioca. A partida era intensa, com chances para os dois lados e clima tenso em campo, típico de um clássico que valia muito mais que uma vaga na final.
Segundo tempo: mais gols e mais drama
O Corinthians virou logo aos 7 minutos com outro gol de Luizão, artilheiro da competição. Mas o Palmeiras não se entregou. Com Alex comandando o meio-campo e Júnior voando pela esquerda, o time alviverde conseguiu a virada: Alex marcou aos 14, e Galeano, aos 26, fez o 3 a 2. No placar agregado, 6 a 6. Era a senha para mais uma decisão por pênaltis entre os rivais.
A decisão por pênaltis: o milagre de Marcos para o Palmeiras
Com Dida e Marcos nos gols, a disputa por pênaltis prometia ser épica. E foi. Cada jogador que se dirigia à marca da cal balançava as redes, até que Júnior fez o quinto gol palmeirense. Restava a Marcelinho Carioca, o grande símbolo do Corinthians, manter o time vivo. Ele correu, bateu forte no canto… e Marcos defendeu! A cena se eternizou: Marcos ajoelhado, braços erguidos, comemorando a classificação. Era o “São Marcos”, herói palmeirense mais uma vez.
O que veio depois: consequências da batalha
O Palmeiras avançou à final, mas perdeu para o Boca Juniors nos pênaltis. Aquele foi o último grande ato da geração comandada por Felipão, que logo se desfez. Já o Corinthians mergulhou em crise, fracassou na Copa João Havelange e demoraria 12 anos para, enfim, conquistar a tão sonhada Libertadores, em 2012, contra o mesmo Boca Juniors.
Um clássico para a eternidade entre Palmeiras x Corinthians
A vitória do Palmeiras sobre o Corinthians na Libertadores de 2000 é considerada por muitos como o maior Dérbi da história. Não apenas pelos ingredientes técnicos, mas pelo enredo, pela dramaticidade, pela rivalidade e pelo momento. Foi um jogo que virou lenda. E o pênalti perdido por Marcelinho, defendido por Marcos, tornou-se símbolo eterno desse capítulo inesquecível do futebol brasileiro.
Ficha técnica
- Competição: Copa Libertadores da América 2000 – Semifinal (jogo de volta)
- Data: 6 de junho de 2000
- Local: Estádio do Morumbi, São Paulo (SP), Brasil
- Árbitro: Edílson Pereira de Carvalho (BRA)
- Público estimado: 45.950 torcedores
Palmeiras: Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago), Galeano e Alex; Pena (Luiz Cláudio), Marcelo Ramos e Euller (Asprilla). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Corinthians: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber; Vampeta, Edu, Marcelinho Carioca e Ricardinho; Edílson e Luizão (Dinei). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Gols:
- Euller (Palmeiras), aos 34’ do 1º tempo
- Luizão (Corinthians), aos 39’ do 1º tempo
- Luizão (Corinthians), aos 7’ do 2º tempo
- Alex (Palmeiras), aos 14’ do 2º tempo
- Galeano (Palmeiras), aos 26’ do 2º tempo
Pênaltis: Palmeiras 5x4 Corinthians
Convertidos – Palmeiras: Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior.
Convertidos – Corinthians: Ricardinho, Fábio Luciano, Edu e Índio.
Desperdiçado – Corinthians: Marcelinho Carioca (defendido por Marcos).
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