Ex-Grêmio e Vasco, Guilherme Biteco pausa a carreira aos 31 anos
Jogador não anuncia aposentadoria e faz estágio no Tricolor

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O meia Guilherme Biteco, ex-Grêmio, Paraná Clube e Vasco, decidiu parar de atuar profissionalmente aos 31 anos. O atleta pretende seguir no futebol e já trabalha como estagiário no Tricolor gaúcho, embora não tenha anunciado a aposentadoria.
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Biteco atuou no futebol de Hong Kong nas últimas três temporadas e entrou em campo pela última vez em 31 de maio deste ano. No 'ano de despedida', foram 19 jogos, com 856 minutos em campo, e um gol marcado.
- Eu resolvi parar, porque tenho seis procedimentos cirúrgicos (quatro cirurgias no joelho e duas no tendão de Aquiles). Então, já não estava sendo prazeroso para mim, minha saúde e meu mental. Conversei com algumas pessoas, amigos, olhei algumas entrevistas de ex-jogadores e sentei com a minha esposa, minha filha e minha família e resolvi parar - explicou, ao ge.
Criado e revelado pelo Grêmio, Biteco estreou em 2012 e somou 25 partidas, com um gol marcado. Na base, ele acumulou convocações para as categorias de formação da Seleção.
Em 2013, com 19 anos, o jovem atleta teve 70% dos direitos econômicos vendidos ao Hoffenheim, da Alemanha, por 3 milhões de euros (R$ 7,9 milhões, na cotação da época). O meio-campista, contudo, nunca entrou em campo pelo time alemão e defendeu Vasco, Santa Cruz, Náutico e Ceará, sem passar de 10 jogos em cada um.
No Paraná, em 2017, ele virou xodó da torcida, pouco tempo depois de perder o irmão Matheus Biteco, uma das vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, no fim de 2016. Biteco se destacou na campanha paranista do acesso à Série A, além das oitavas da Copa do Brasil e semifinal da Primeira Liga, com três gols em 22 partidas.
As contusões, contudo, insistiram em atrapalhar a carreira. Com problemas clínicos seguidos e suspensão de um ano por doping, o meia jogou pouco em São Caetano, Oeste, novamente Paraná, FC Cascavel, Rio Branco-PR, São José-RS e Barra-SC. Em Hong Kong, entre 2023 e 2025, atuou por Tai Po e Biu Chun Rangers, com um título nacional.
- Eu não tive uma carreira brilhante, mas realizei meus sonhos. Eu joguei no Grêmio, joguei no Vasco, fui pras seleções de base. O que infelizmente me marcou foram as lesões. A gente fica rotulado por se lesionar e, às vezes, não tem culpa - avaliou.
Biteco faz estágio no Grêmio

Após o fim da temporada na Ásia, Biteco retornou ao Brasil e passou a cursar Educação Física. Desde outubro, ele estagia das categorias de base do clube gaúcho, no Centro de Formação e Treinamento (CFT) Hélio Dourado, em Eldorado do Sul (RS).
Com rotina de segunda-feira à sábado, o ex-meia se tornou avaliador técnico do sub-15, sob supervisão de Anderson Nunes e do técnico Kauê Belmonte. Se não tem avaliação, Biteco acompanha os treinos das outras categorias.
- Antes eu estava ali, sonhando, hoje eu trabalho com o sonho deles. É legal, mas é meio difícil, porque muitos deles acabam não passando na avaliação e é difícil dizer um não para um guri que está sonhando. E ainda estou me conhecendo, o Biteco fora de campo. Estou aberto a conhecer de tudo. Não tenho nada na minha cabeça que possa me parar - declarou.
Aos 31 anos, ele não descarta voltar aos gramados em 2027 ou 2028. Até lá, pretende seguir trabalhando fora de campo para definir em qual área do futebol vai atuar, seja na captação de atletas ou como treinador.
- Eu pretendo seguir no futebol, mas não sei o que quero ainda. Estou aqui para conhecer de tudo um pouco, e aqui o Grêmio dá essa liberdade. A captação, principalmente. Fui feliz enquanto durou. Daqui a pouco, se eu melhorar as dores que tenho no joelho, em dois, três anos, eu queira voltar. Também não fecho essa porta, mas, por enquanto, estou em busca de conhecimento - finalizou.
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