Conheça Marco Vanzini, empresário de grandes jogadores do futebol brasileiro
Representante trabalha em empresa renomada que conta os astros mundiais
Ex-jogador e, hoje, empresário pela CAA Stellar, o uruguaio Marco Vanzini representa diversos atletas sul-americanos, que estão em grandes clubes brasileiros. São os casos de Fausto Vera (Atlético-MG), Jean David (Vasco) e Jorge Mora (Flamengo). Além destes jogadores, o agente também intermediou as chegadas de Loco Abreu (Botafogo), Alan Franco (São Paulo), Valentim Ádamo (Botafogo) e Piquerez (Palmeiras).
CONFIRA A ENTREVISTA EXCLUSIVA DE MARCO VANZINI AO LANCE! NO PLAYER ACIMA.
Em entrevista exclusiva ao Lance!, Marco Vanzini abriu o jogo sobre como foi feita a transição de carreira de jogadores para empresário. Além disso, também comentou como é complexo o trabalho de captar e agenciar atletas.
Marco Vanzini é o representante da CAA Stellar na América do Sul. O empresário também está residindo no Rio de Janeiro, fator que facilita o trato no dia a dia com os clubes.
Eu sou um empresário que trabalha para a CAA Stellar, uma agência inglesa com sede em Londres. Eu sou um diretor aqui na América do Sul, com sede no Uruguai, Paraguai e, agora, no Brasil. Ajudo os clubes tentando introduzir jogadores sul-americanos. Trabalho na Stellar faz quatro anos. No Brasil faz cinco meses
🎙️ TODAS AS RESPOSTAS DE MARCO VANZINI:
CARREIRA COMO JOGADOR
- Joguei no Juventude. Faz um tempo, mas quando morei no Brasil, conheci muito o futebol brasileiro Joguei contra os times do Campeonato Brasileiro e começou a minha história com o Brasil. A partir desse momento, o meu foco como representante foi o Brasil. Aprender sobre o mercado, os clubes, as necessidades, saber qual o jogador ideal para o mercado brasileiro. Não é qualquer jogador que pode jogar no Brasil. Essa experiência de ter sido jogador do Juventude, me ajuda muito hoje em dia para recomendar e indicar os jogadores para os clubes.
TRANSIÇÃO DA CARREIRA DE JOGADOR PARA EMPRESÁRIO
- Na minha situação, pessoalmente, foi natural. Aposentei no Juventude e fiquei morando em Porto Alegre. Meu relacionamento com o Juventude era muito bom e falaram: "Você foi jogador nosso, indica um jogador bom para nós". Indiquei e contrataram. Assim comecei a entender que posso fazer outra coisa diferente sem ser jogador e comecei a minha carreira como empresário de jogadores.
- Coloquei o Loco Abreu no Botafogo. E foi para frente.
CAPTAÇÃO DE JOGADORES
- A gente (CAA Stellar) tem um departamento de scout e análise de jogadores. Isso facilita a encontrar jogadores. Com o conhecimento que tenho sobre o mercado brasileiro, porque joguei aqui, eu sei o perfil de jogador e característica que tem para jogar no Brasil.
VALENTÍN ADAMO E FAUSTO VERA
- Aconteceu do mesmo jeito que aconteceu com Piquerez no Palmeiras. Primeiro foi o contato com o clube, sabendo qual é a necessidade e em qual posição e a característica do jogador para esta posição. A partir disso, a gente indicou os jogadores, entendendo o que foi melhor para o clube. O segundo passo, a negociação.
ABEL FERREIRA E ARTUR JORGE
- O Abel jogou no meu time. No Sporting Braga, em Portugal. Ele estava chegando e eu estava saindo. Joguei com o Artur Jorge, do Botafogo. O Sporting Braga está trazendo muitos ex-jogadores para o futebol brasileiro (risos).
DIFERENÇA DE ABEL E ARTUR JORGE EM RELAÇÃO A JOGADOR E TREINADOR
- Eu convivi muito com o Artur Jorge. Com Abel um pouco menos. Da mesma forma que eles eram no vestiário, jogadores pensantes, muito inteligentes, são a mesma coisa como treinadores.
JORGE MORA
- Eu também trabalho muito com o mercado paraguaio. Conheço muito dos jogadores paraguaios. O Flamengo faz esse tipo de investimento: jogadores jovens que são de seleção. Mora é o craque da seleção sub-17 do Paraguai. O Flamengo estava monitorando e começou a negociação. Eu achava que era um nome que podia encaixar na base do Flamengo. A gente fez uma boa negociação.
MOVIMENTO DOS JOGADORES SUL-AMERICANOS PARA O BRASIL
- O que acontece? O mercado brasileiro está crescendo muito. Elevou o nível de jogo e dos jogadores. O poder econômico é muito grande. Os clubes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, acham que o mercado brasileiro é ótimo para vender seus jogadores, porque é um campeonato que tem muita agressividade e um nível muito bom. Depois aqui no Brasil o jogador vai ter uma cotação muito mais alta para uma transferência posterior para a Europa. Para o jogador sul-americano, jogar no Brasil é importante ter uma passagem pelo Campeonato Brasileiro.
JEAN DAVID NO VASCO
- A gente viu que o Vasco estava precisando de um jogador para esta posição. O clube entendia que precisava de um jogador para esta posição. Apresentei o Meneses (Jean David) ao clube. Fizeram uma análise do jogador e entenderam que era um perfil que poderia encaixar nas necessidades. A partir deste momento, eu fiz uma negociação com o clube do México para tentar a liberação. Foi uma negociação complicada porque ele era um jogador importante no Toluca. Acho que o Vasco ficou feliz com a negociação, porque tem um jogador de alto nível numa posição que é difícil de conseguir jogadores: as pontas esquerda e direita. Por sorte, conseguimos ajudar o Vasco.
JEAN DAVID NA SELEÇÃO CHILENA
- Jogadores que jogam em alto nível são de seleção. Ele (Jean David) já jogou na seleção chilena e, agora, no Vasco, aumenta a visibilidade para jogar na seleção.
BALANÇO DA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS
- O balanço que eu faço é muito positivo. Tentamos colaborar com os clubes. Muitas vezes conseguimos fechar os jogadores. A relação com os clubes é importante. Pude colaborar e ajudar. Troquei informações reais para os clubes. A parte mais importante é que eu moro no Brasil. O relacionamento e a confiança com os clubes e diretores são boas. O cara a cara ajuda muito. Os clubes sabem que eu estou aqui e isso facilita para dar certo. Além das negociações que conseguimos fazer, essa parte (morar no Brasil) é muito positiva para mim.