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Pitaco do Guffo: A arbitragem no futebol está em extinção?

Inteligência artificial e machine learning já substituem árbitros em outros esportes

imagem cameraAtletas discutem com arbitragem: isso pode acabar um dia
Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 31/07/2025
20:45
Atualizado há 14 horas

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Ver Resumo da matéria por IA
Debates sobre a qualidade da arbitragem no Brasileirão são frequentes.
Gol anulado do Palmeiras gerou discussões.
Tecnologia e inteligência artificial estão avançando na arbitragem.
X-Games usam a arbitragem 100% digital com alta precisão.
FIFA é favorável ao erro humano no futebol.
Resumo supervisionado pelo jornalista!


Toda rodada do Brasileirão se debate a qualidade da nossa arbitragem a partir de algum lance polêmico. Dessa vez, foi o gol anulado do Palmeiras no derby contra o Corinthians pela Copa do Brasil. Não gosto de debater a arbitragem pois acho injusto com quem tem que tirar do próprio bolso gastos de preparação física, médica e outros insumos da profissão (sem falar das profissões paralelas), comparando com atletas que tem tudo do bom e do melhor pagos pelos clubes. Mas, a arbitragem no futebol está em extinção?

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Faço essa pergunta a partir da velocidade que a tecnologia e recursos de inteligência artificial e machine learning estão tomando conta em vários esportes. Na busca do erro zero, os X-Games, em sua edição de inverno, adotaram a arbitragem 100% digital: a The Owl AI, tecnologia desenvolvida em parceria com o Google Cloud.

As máquinas não erram?

Esse novo sistema dos X-Games cria um modelo 3D da performance dos atletas e avalia a partir dos parâmetros montados de técnica, amplitude, criatividade e dificuldade. Com uma taxa de assertividade que beira os 100%, o modelo tende a melhorar rapidamente através da IA generativa e do machine learning. E funciona assim: o The Owl dá uma nota para a execução, e a decisão final ainda fica com árbitros humanos. Mas, é questão de tempo para que isso mude.

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Tecnologia The Owl AI trabalhando para julgar atleta. Fonte: X Games

O tradicional torneio de tênis de Wimbledon aposentou este ano os famosos “árbitros de linha”, e os substituiu pela tecnologia ELC (Electronic Line Calling), já usada em outros torneios. Os 300 árbitros foram substituídos por 18 câmeras de alta precisão, que não erram em seus diagnósticos. Mas a decisão final ainda fica com o árbitro principal, um humano. Até quando?

O futebol gosta do erro

A FIFA e a IFAB (International Football Association Board) sempre foram muito favoráveis ao erro humano. As duas instituições defendem que esses erros dão ao futebol o sabor do inesperado e uma garantia de entretenimento. Afinal, o que seria da resenha do futebol sem os erros de arbitragem? Todo debate em torno de automação e tecnologia é sempre muito difícil, e os avanços neste assunto são em passo de formiguinha com quem manda no futebol mundial.

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Até porque levar uma tecnologia de ponta a todos os lugares e estádios onde se pratica o esporte mais democrático do mundo, hoje por hoje, é impossível. Em torneios onde as coisas são mais controláveis, como o Mundial de Clubes, se consegue testar novas tecnologias. Mas pensar em algo como o The Owl AI dos X-Games para o futebol, onde a tecnologia analisaria e tomaria todas as decisões de arbitragem, é uma realidade distante ainda. Essa distância talvez seja a resposta à pergunta “a arbitragem no futebol está em extinção?”

Pitaco do Guffo; leia mais colunas

Gustavo Fogaça escreve sua coluna no Lance! nas noites de segunda e quinta-feira. Leia outras publicações do colunista nos links abaixo:

➡️Análise tática de Samuel Lino no Flamengo
➡️Os números preocupantes do Grêmio
➡️O jogador que decidiu o Fla-Flu

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