Treinador demitido pelo Chelsea tinha apelidos entre os jogadores e era vigiado pelo dono do clube

Blues agora negociam com Julian Nagelsmann e Luis Enrique para assumir cargo

Graham Potter
Graham Potter não deu certo no comando do Chelsea (JUSTIN TALLIS / AFP)

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A demissão de Graham Potter, no último domingo, confirmou o mau momento do Chelsea que vinha se arrastando nos últimos meses. Em 11º na Premier League, o clube não via mais a possibilidade de sustentar o treinador no cargo. Segundo o jornal britânico "The Athletic", Potter já não tinha mais o apoio da diretoria e nem dos jogadores, construindo uma relação insustentável nos bastidores londrinos.

De acordo com as informações, o técnico não era impopular entre os jogadores em sua chegada, mas a relação começou a se deteriorar. Apelidos foram criados internamente no elenco, se referindo ao treinador como "Harry" ou "Hogwarts" entre si, fazendo alusão a Harry Potter, personagem de filmes e livros de ficção. Uma fonte sugeriu ao diário que Potter perguntou a um membro do elenco o que os jogadores pensavam dele, minando ainda mais seu status entre os astros dos Blues.

Além da relação ruim com os atletas, a diretoria também não tinha confiança total no comandante. Todd Boehly e Behdad Eghbali, dois dos proprietários do clube, eram figuras constantes em treinamentos realizados no Cobham Training Centre, CT do Chelsea. Potter nunca teve problemas ou incômodos com a presença dos mandatários, mas era vigiado de perto a cada passo.

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Os jogadores enxergavam o técnico como uma figura distante a eles, e eram muito céticos quanto à decisão do treinador. O elenco inchado desagradava em algumas situações, como pouco espaço para trocas de roupa, fazendo com que alguns se deslocassem aos corredores para se arrumarem para os treinos. Algumas sessões também envolviam atividades de 11 contra 11, pouco habituais em treinamentos, principalmente na Europa. A diretoria optou pelo desligamento de Potter quando determinou que a equipe não apresentava nenhum progresso.

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Vale lembrar que mais de 600 milhões de euros - o equivalente a cerca de R$ 3,3 bilhões - foram gastos pelos novos donos em reforços, somando as duas janelas de 2022-23. Na busca por fechar com um novo treinador, as negociações com o alemão Julian Nagelsmann e o espanhol Luis Enrique já iniciaram e podem ter um desfecho nos próximos dias.

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