Retrospectiva 2025: os treinadores que se destacaram na Europa
Seis treinadores roubaram a cena no futebol internacional durante esse ano

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O fim de ano é um marco importante pro futebol. Enquanto que no Brasil, com a conclusão da temporada, se discutem mudanças mais abruptas, na Europa, pela diferença de calendário, é tempo de buscar a constância e avaliar os rumos. Dessa forma, seis treinadores chamaram a atenção no contexto internacional durante 2025.
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Pep Guardiola
A lista não poderia ser aberta com outro nome. Pep Guardiola sempre é um personagem em destaque, assim como suas equipes. Quando a análise é sobre o trabalho do catalão, não existe meio-termo. Nesse caso, em 2025, Pep e o Manchester City ficaram devendo, tanto em desempenho quanto em títulos.

Guardiola perdeu a coroa consolidada na Inglaterra para o Liverpool de Arne Slot, que conquistou a última Premier League. Na Champions, não houve fôlego para chegar a fases agudas em 2024/25. Dessa forma, o treinador instaurou um processo de renovação no elenco, apostando em contratações de perfil mais jovem, como Rayan Cherki e Reijnders, por exemplo. O efeito é positivo, visto que os Citizens estão firmes na briga pelo título inglês, a dois pontos do líder Arsenal, e se encontram na 4ª posição na fase de liga da Champions League.
Apesar disso, há um temor com relação ao futuro de Guardiola. Mesmo que com contrato até junho de 2027, vários rumores apontam que esta pode ser a última temporada do icônico treinador do City e Pep já deixou claro que quando deixar Manchester fará uma pausa na carreira. Atenção aos próximos capítulos.
Arne Slot
Outro destaque na lista é Arne Slot, que foi do céu ao inferno no Liverpool em 2025. Após uma excelente temporada 2024/25, marcada pelo título da Premier League e a quebra da hegemonia do Manchester City, os Reds vivem os últimos meses do ano em crise.
Ocupando apenas a 5ª posição da Premier League, o atual campeão inglês teve os meses de outubro e novembro com uma grave oscilação, situação que quase custou o cargo de Slot. Além do desempenho e resultados fora de padrão, Arne Slot enfrentou problemas importantes de vestiário com ninguém menos que Mohamed Salah.

Em meio a dificuldade de retornar ao bom funcionamento coletivo da equipe, o treinador holandês escolheu barrar o lendário camisa 11 do Liverpool, que não demorou a tratar sobre a situação publicamente. As fortes aspas do jogador o colocaram em uma rota de saída em Anfield, apesar de ter resolvido de forma emergencial a situação para atuar na vitória contra o Brighton em seu último jogo antes de se juntar a seleção do Egito para a Copa Africana de Nações. O que há de concreto é que Arne Slot está respaldado em Liverpool.
Luis Enrique
Campeão da Champions League com o PSG, Luis Enrique teve um 2025 de sonho para qualquer treinador. Na primeira temporada do Paris sem um astro como Kylian Mbappé, o espanhol conseguiu um encaixe coletivo praticamente perfeito na equipe, com Hakimi, Nuno Mendes, Vitinha e Dembélé como grandes pilares.

Assim, o Paris conquistou a Tríplice Coroa e Luis Enrique voltou a se notabilizar como o treinador que não necessita de uma super estrela na equipe. Além disso, o Paris terminou o grande ano de sua história assegurando o título mundial contra Flamengo, em uma decisão complicada e que só foi decidida na disputa por pênaltis.
Xabi Alonso
Traçando a rota para a Espanha, Xabi Alonso não poderia ficar fora dessa relação. O espanhol já vivia a iminência de deixar seu grande trabalho no Bayer Leverkusen para então comandar um gigante. E assim aconteceu. Em junho, Alonso substituiu Carlo Ancelotti e passou a sentar no banco do Real Madrid.
Apesar da grande expectativa, Xabi Alonso se destaca por ainda não ter conseguido alcançar o nível de jogo que se espera no Real Madrid, tanto pelo seu histórico quanto pelas individualidades que tem a disposição. Inclusive, sob o comando do espanhol, é necessário destacar o quanto Mbappé vem sendo potencializado, destruindo recordes e empilhando gols suficientes para se equiparar aos grandes anos de Cristiano Ronaldo no Santiago Bernabéu.

Na contramão, a relação com Vinicius Júnior é um tema recorrente no noticiário espanhol. Antes protagonista, Vini se tornou um coadjuvante de luxo, mas oscilante, no time de Xabi Alonso e esta posição vem incomodando o brasileiro. Portanto, para além da projeção emergencialmente otimista em relação a conquistas e ao "jogo jogado", o treinador se depara com a necessidade de gerir grandes estrelas.
Hansi Flick
Depois de anos oscilantes vividos pelo Barcelona, Hansi Flick chegou ao clube para retomar a competição acirrada com o Real Madrid. E o treinador alemão atende à expectativa. Em sua primeira temporada pelos Blaugranas, Flick levou o Barça ao título espanhol, com quatro pontos de vantagem para o Real Madrid, ainda de Ancelotti e Kylian Mbappé.

A virada para a temporada atual vem sendo positiva para Hansi Flick e o Barcelona, que atravessa bom momento e ultrapassou recentemente o Real Madrid em La Liga, já impondo uma distância de quatro pontos para os rivais. Para além disso, Flick conseguiu potencializar individualidades além do fenômeno Lamine Yamal. Raphinha e Pedri foram muito bem trabalhados pelo treinador alemão e estiveram no pelotão principal no prêmio da Bola de Ouro, da revista "France Football". Um ano sólido e que reafirmar o Barça no cenário mundial.
Vincent Kompany
Vincent Kompany é uma das grandes histórias de viradas de chave no último ano. Contratado ainda em 2024 pelo Bayern de Munique com o status de solução de curto prazo a espera de um grande treinador, Kompany surpreendeu a todos na Alemanha. O treinador belga cumpriu o objetivo de ser campeão da Bundesliga e chegou até as quartas de final da Champions League 2024/25. Resultados comuns para os Bávaros, mas o desempenho foi o que chamou atenção.

Com um jogo impositivo, efetivo um terço final do campo e com individualidades em ótima fase, Kompany trouxe o equilíbrio necessário ao Bayern e ergueu Harry Kane a lutar por todas as artilharias e se colocar como postulante a melhor jogador do mundo. Este processo só melhorou para a temporada atual. Nos últimos seis meses, os Bávaros foram absolutos no cenário necional, colocando-se nove pontos a frente do vice-líder Borussia Dortmund e ocupando a segunda colocação na fase de liga da Champions. Portanto, o trabalho que era pra ser de apenas um ano se estende com merecimento.
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