Mundial de Clubes aumenta tensões entre Fifa e Uefa; entenda
Entidades vivem clima de disputa por conta do calendário de clubes

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O novo formato do Mundial de Clubes, organizado pela Fifa, tem acirrado os ânimos entre a entidade e a Uefa. O presidente da confederação europeia, Aleksander Čeferin, decidiu não comparecer ao torneio nos Estados Unidos, mesmo com participação em massa de clubes do continente, evidenciando o clima de tensão e disputa política entre as duas organizações mais poderosas do futebol mundial.
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Enquanto representantes das demais confederações estiveram presentes em diferentes momentos do Mundial de Clubes, Aleksander Čeferin se manteve afastado da competição — embora seja também vice-presidente da Fifa em razão de seu cargo na Uefa.
Uefa com "pé atrás" com avanço da Fifa
Segundo fontes ouvidas pelo "The Athletic", dirigentes da Uefa estão preocupados com o avanço da Fifa sobre o futebol de clubes, o crescimento do Mundial e a possibilidade de que ele se torne um concorrente direto da Champions League.
Durante uma coletiva em Nova York, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, evitou descartar a ampliação do torneio para incluir mais clubes europeus no futuro, nem respondeu diretamente se deseja que a competição passe a ser disputada a cada dois anos. Ele citou nomes como Manchester United, Arsenal, Liverpool, Tottenham, Barcelona, Milan e Napoli como clubes que gostaria de ver no torneio.
Infantino exaltou os números financeiros da competição: foram gerados 2,1 bilhões de dólares (cerca de R$11,7 bilhões) em receitas entre direitos de transmissão, patrocínio, bilheteria e outros. Para ele, o valor médio de 33 milhões de dólares (aproximadamente R$183 milhões) por partida faz do Mundial o torneio de clubes mais bem-sucedido em diversas métricas.
Apesar da justificativa oficial da Uefa de que Čeferin estaria focado na Euro Feminina, que começou em julho na Suíça, o "The Athletic" apurou que ele compareceu a apenas uma das primeiras 22 partidas da competição continental. Além disso, a Uefa tem ignorado publicamente o Mundial de Clubes em suas redes sociais, em contraste com a Conmebol, que tem feito publicações regulares sobre seus representantes na competição.
O atrito ganhou contornos ainda mais dramáticos em maio, durante o congresso da Fifa no Paraguai, quando os membros europeus do Conselho da entidade abandonaram a sessão após o atraso de Infantino, que havia priorizado reuniões com Donald Trump no Catar. A Uefa classificou a mudança de agenda como "profundamente lamentável" e "motivada por interesses políticos privados".

Infantino chegou a pedir desculpas pelo atraso, alegando problemas com o voo, mas reafirmou que precisava estar no Oriente Médio por conta de discussões importantes sobre as Copas de 2026 e 2034.
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