Javier Tebas cita outras ligas europeias em conversas sobre La Liga
Presidente também falou sobre pirataria e "falta de interesse" de jovens

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O presidente de La Liga, Javier Tebas, participou do Olé Sports Summit e detalhou uma visão ampla sobre o momento do Campeonato Espanhol, suas estratégias de crescimento e os principais desafios que afetam o ecossistema do futebol. A apresentação transitou entre sustentabilidade financeira, inovação nas transmissões, combate à pirataria, entre outros assuntos.
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Antes de entrar em temas estruturais, Tebas ressaltou que o "sentido de pertencimento" segue sendo o verdadeiro motor do futebol mundial. Segundo ele, a ausência de ídolos como Messi e Cristiano Ronaldo não diminuiu o valor competitivo e comercial da La Liga, sustentada por produção audiovisual, narração e um pacote esportivo que mantém a liga entre as maiores audiências internacionais.
O dirigente também destacou que a competição espanhola tem reduzido a distância para a Premier League em métricas digitais, enquanto supera outras ligas europeias consolidadas em alcance global. Para Tebas, o consumo contemporâneo – especialmente entre jovens que assistem multitela e interagem por redes sociais – exige uma reformulação contínua do produto televisivo, tanto em ângulos de câmeras quanto em ferramentas de interação.
– O importante são os clubes: que cresçam, que sejam economicamente sustentáveis e que a competição seja competitiva. É melhor ter os grandes jogadores, claro, mas se você não os tem, sua competição não desmorona. Estamos crescendo a cada ano de forma muito importante, abrindo distância de outras competições – como Serie A, Bundesliga e Ligue 1 – e reduzindo a distância para a Premier no número de seguidores, redes sociais e engajamento – analisou o presidente.

– Não é verdade que os jovens abandonaram o futebol. Os dados não mostram isso. Eles veem o jogo em tela dupla, conversam com amigos, comentam nas redes. São outras formas de consumo, e é preciso adaptar-se a esse público e a essa faixa etária – disse Javier Tebas.
Javier Tebas fala sobre pirataria e investimento em La Liga
Dentro desse cenário, ele abordou desafios que impactam diretamente a sustentabilidade dos clubes. O presidente voltou a defender o modelo de controle financeiro, elogiou a entrada do fundo CVC e reforçou que a gestão, e não a nacionalidade do investidor, é o que garante solidez econômica. Em paralelo, apontou a pirataria como uma ameaça central ao sistema, argumentando que o combate a ela é condição indispensável para que os preços oficiais possam cair no futuro.
– Tenho certeza absoluta de que, se a pirataria — do tipo Magis, Flujo Televisión, Pelota Libre — desaparecesse, o acesso para assistir ao futebol seria muito mais barato. Dizem que, se fosse mais barato, haveria menos pirataria. Eu digo o contrário. Por quê? Porque você não pode colocar em risco o sistema econômico do futebol com uma queda radical de preços para tentar provar que as pessoas deixarão de roubar. Caso contrário, todo o ecossistema do futebol — inclusive o argentino, muito pirateado nessas plataformas — entra em risco. Se queremos uma indústria forte, é possível arrecadar o mesmo ou mais com um preço menor, mas o caminho é o inverso: primeiro é preciso acabar com a pirataria – afirmou Tebas.
– Nos últimos cinco anos ocorreu um fenômeno importante: a entrada do fundo de investimento CVC — o quarto maior do mundo — na La Liga. Construímos um futebol com um fair play financeiro que faz parte do nosso DNA, e acredito sinceramente que isso é um sucesso. Os clubes não quebram, não devem dinheiro aos jogadores, não devem ao fisco. O sistema é sólido – completou o executivo.
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