Irã boicota sorteio da Copa do Mundo após falta de vistos dos Estados Unidos
Decisão foi comunicada pela federação iraniana, meses depois da seleção garantir vaga no Mundial

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O Irã anunciou nesta sexta-feira (28) que não participará do sorteio da Copa do Mundo de 2026, marcado para 5 de dezembro, em Washington, após os Estados Unidos negarem vistos a integrantes de sua delegação. A decisão foi comunicada pela federação iraniana e ocorre meses depois de a seleção garantir vaga no Mundial e ser incluída no pote 2 definido pela Fifa.
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O site esportivo iraniano Varzesh 3 informou na terça que alguns membros da delegação não receberam autorização para entrar no país, entre eles o presidente da federação, Mehdi Taj. A entidade afirmou ter comunicado à Fifa que a medida não tem relação com o futebol e que, por esse motivo, os representantes iranianos não comparecerão ao sorteio.
— Informamos à Fifa que as decisões tomadas não têm relação com o esporte e que os membros da delegação iraniana não participarão no sorteio da Copa do Mundo — anunciou o porta-voz da federação de futebol do país na televisão estatal.
Os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas com o Irã há mais de quatro décadas, serão um dos anfitriões da competição, ao lado de Canadá e México. A maioria das partidas, incluindo a final, está prevista para ocorrer em território norte-americano.

Estados Unidos x Irã
Os dois países retomaram em abril negociações mediadas pelo sultanato de Omã sobre o programa nuclear iraniano. As conversas, porém, estão paralisadas desde o ataque surpresa de Israel contra o Irã no dia 13 de junho, que desencadeou um conflito de 12 dias e resultou em investidas americanas contra três instalações nucleares iranianas.
Ainda segundo o Varzesh 3, quatro integrantes, incluindo o treinador da seleção, Amir Ghalenoei, tiveram o visto aprovado para a viagem. Na quinta-feira, a agência Mehr relatou que o presidente da federação classificou a postura dos Estados Unidos como uma decisão de natureza política.
— Declarámos ao presidente da Fifa, o Sr. (Gianni) Infantino, que se trata de uma posição puramente política e pedimos que ponha fim a este comportamento — afirmou.
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