Ex-Cruzeiro e Santos, João Bravim vê Hugo Souza como exemplo de superação
Goleiro brasileiro do Alverca concedeu entrevista exclusiva ao Lance!
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Formado nas categorias de base do Cruzeiro e do Santos, o goleiro João Bravim foi um dos principais destaques do acesso do Alverca, clube de empresários brasileiros ligados a Vini Jr, à primeira divisão do Campeonato Português de 2025/26. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o brasileiro de 27 anos falou sobre o início da carreira, transição do Brasil a Portugal, e como enxerga jogadores da posição que usaram a Primeira Liga como trampolim para dar grandes saltos - como fez Hugo Souza, atualmente no Corinthians.
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Nascido em Venda Nova do Imigrante, município do Espírito Santos, João se mudou para Belo Horizonte para dar seus primeiros passos como jogador de futebol. Com passagem pelo América Mineiro, o goleiro chegou ao Cruzeiro e desfrutou da experiência de atuar com grandes craques. Ainda na base, ele foi até o litoral paulista para defender as cores do Santos, para só depois ingressar a Portugal estrear profissionalmente no Velho Continente.
— Eu costumo dizer que ter feito a formação que eu fiz no Brasil me ajudou muito depois que virei profissional. Porque, todo mundo sabe, o Cruzeiro e Santos são exponenciais formadores de atletas. O Santos principalmente, a gente nem precisa citar os jogadores que o Santos formou, né? Neymar, Rodrygo… Então, fico muito feliz de ter feito a formação nesses clubes e são coisas que me ajudam, porque tive a oportunidade de estar com grandes jogadores. No Cruzeiro, eu lembro que quando era do Sub-17 e ia treinar com o time profissional, eu tive a oportunidade de treinar com o Fábio, que hoje é, para mim, mesmo com 44 anos, um dos melhores goleiros em atividade no Brasil. No Santos também quando fui treinar com o profissional, tinha lá jogadores como o Elano, Gabigol, o próprio Rodrygo tava no Santos, mas acho que ainda no Sub-17. São clubes que dispensa comentários — disse João Bravim, em entrevista exclusiva ao Lance!.
— Logo quando cheguei em Portugal, fui dar uma entrevista e citei que muitas vezes a gente acha que, pelo clube não estar na elite, o futebol estaria um pouco abaixo. Mas isso me surpreendeu positivamente. Porque eu encontrei em Portugal uma forma totalmente diferente de jogar futebol do que era acostumado no Brasil. É um futebol mais "jogado", mais tático. Então, a minha maior dificuldade foi de entender o modelo de jogo que tem em Portugal. Não foi nem a questão de ser um clube "menor" ou esse tipo de coisa, e sim o futebol praticado em si. O início da minha adaptação foi mais difícil por isso — seguiu o goleiro do Alverca.

Futebol português como porta de entrada para atletas brasileiros
Questionado sobre as diferenças do futebol brasileiro com o português, João deu exemplos de jogadores como Ederson, do Manchester City, e Hugo Souza, do Corinthians, que foram ao país lusitano como uma espécie de "trampolim" para alcançar ligas e clubes ainda maiores no futuro.
— Claro, a gente sempre almeja o melhor. Eu sempre uso como exemplo jogadores como Ederson, Hugo Souza… falo muito dele porque ele estava aqui (em Portugal) na temporada passada. O time que ele estava (GD Chaves) até desceu de divisão, mas mesmo com tudo isso ele conseguiu dar a volta por cima, foi pro Corinthians, fez/está fazendo uma temporada incrível e agora mais do que merecido teve a convocação para a Seleção Brasileira. Então, assim, eu tento pegar esses exemplos de colegas de profissão e posição para tentar me espelhar. E com certeza eu vejo Portugal como um espelho para dar saltos maiores, mesmo aqui sendo uma elite do futebol muito grande — analisou.
Tendo início na terceira divisão portuguesa, o goleiro chegou no país para defender o Alverca, passou pelo Casa Pia e Santa Clara para depois retornar ao clube da região do Ribatejo. Agora, depois de 21 anos, a equipe subiu para o primeiro escalação do futebol nacional com elenco estrelado por brasileiros. Ao Lance!, João Bravim fez um balanço sobre o momento da carreira e como enxerga o futuro.
— Com certeza. Eu acho que não é onde eu quero estar, quero chegar muito mais alto, mas sim (é o melhor momento da carreira). Na temporada retrasada e passada fui muito feliz em Alverca. Eu voltei para cá e ainda estava na Liga 3, fomos campeões e conseguimos subir para Liga 2. Já em um ano conseguimos o acesso para o maior escalão do futebol português. Vejo como o melhor momento da carreira, mas ainda almejo muito mais.
— Eu falava que meu primeiro objetivo era voltar à Primeira Liga e, graças a Deus, a gente conseguiu o acesso com o Alverca. Mas, lógico, como qualquer jogador de futebol eu sonho em estar nos maiores clubes do mundo e estar jogando nos maiores palcos do futebol, seja brasileiro ou europeu. Com certeza, se Deus quiser e eu trabalhar muito, chegar à Seleção Brasileira. Sonho bastante com isso.
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