Red Bull demite Horner e encerra parceria de mais de 20 anos na Fórmula 1
Britânico está no projeto da equipe na Fórmula 1 desde 2005

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A Red Bull soltou uma bomba na manhã desta quarta-feira (9) e confirmou que Christian Horner não está mais no cargo de chefe. Após os inúmeros conflitos internos e a queda de desempenho nos últimos anos, os taurinos demitiram o britânico, que liderou a equipe desde a estreia na Fórmula 1 em 2005. Laurent Mekies, que estava na Racing Bulls, será o novo dirigente do time austríaco.
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Apesar da temporada praticamente perfeita em 2023, em que venceu 21 das 22 corridas, a Red Bull enfrentou uma série de problemas em 2024. Embora tenha começado a campanha com resultados positivos, a estrutura do time ficou abalada depois de uma funcionária acusar Horner de "comportamento inapropriado".
A equipe realizou uma investigação interna e entendeu que Christian era inocente. O caso, no entanto, deixou sequelas e foi o começo do fim da liderança do britânico.
Após o escândalo, a Red Bull ficou divida, com Max Verstappen e Helmut Marko se colocando contra Horner. Em meio à guerra interna, o lendário projetista Adrian Newey deixou a equipe para se juntar a Aston Martin. Posteriormente, o diretor-esportivo Jonathan Wheatley fez o mesmo e se tornou chefe da Sauber. Desde então, o desempenho da equipe caiu e o Mundial de Construtores foi perdido em 2024.
A Red Bull começou 2025 com inúmeros problemas e, ainda que Verstappen tenha vencido duas corridas, não tem um equipamento bom o suficiente para brigar pelo título. Além disso, após demitir Sergio Pérez, a equipe contratou Liam Lawson, mas descartou o neozelandês após duas corridas para dar a chance a Yuki Tsunoda - que também não está entregando resultados satisfatórios.
Assim, Horner, que era muito apoiado pela parte tailandesa da Red Bull, perdeu força internamente devido à falta de desempenho. A relação do dirigente com a "estrela do time" Verstappen também não estava das melhores. Um claro defensor de Helmut Marko, o tetracampeão trabalhava nos bastidores por uma reestruturação profunda, que estaria ligada diretamente à sua continuidade em Milton Keynes.
O ponto central do plano era remover Christian da chefia ou, no mínimo, limitar significativamente sua influência. Para piorar, Horner e Jos Verstappen, pai de Max, foram vistos discutindo após o GP da Inglaterra. Após o desempenho abaixo do esperado em Silverstone, a demissão foi inevitável.
— Nós gostaríamos de agradecer Christian Horner pelo excepcional trabalho ao longo dos últimos 20 anos. Com comprometimento incansável, perícia e pensamento inovador, ele foi fundamental para estabelecer a Red Bull Racing como uma das mais bem sucedidas e atrativas equipes da Fórmula 1. Obrigado por tudo, Christian. Você sempre será uma parte importante da história da nossa equipe —disse Oliver Mintzlaff, diretor-executivo da Red Bull para Projetos Corporativos e Investimentos.
Com a demissão de Horner, a Red Bull já escolheu um novo nome para o cargo de chefe. Laurent Mekies, que trabalhou com a Ferrari e foi contratado para liderar a Racing Bulls, assume o lugar deixado pelo britânico. Assim, Alan Pemane se torna o dirigente do time de Faenza.
— Foi um privilégio liderar a equipe com Peter (Bayer, diretor-executivo da Racing Bulls) no último ano e meio. Foi uma aventura incrível contribuir com o nascimento da Racing Bulls com ele e com todas as nossas talentosas pessoas — afirmou o novo chefe da Red Bull, que completou:
— O espírito da equipe é incrível e acredito fortemente que este é apenas o início. Alan é o homem perfeito para assumir e continuar o nosso caminho. Ele conhece a equipe e sempre foi um pilar importante do nosso sucesso.
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A Fórmula 1 volta de 25 a 27 de julho, em Spa-Francorchamps, que recebe o GP da Bélgica.

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