Sem Arias, quem deve assumir o protagonismo no ataque do Fluminense?
Destaque do Fluminense no Mundial e na temporada, jogador foi vendido ao Wolverhampton

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A saída de Jhon Arias para o Wolverhampton, da Inglaterra, representa não apenas a perda do maior destaque do elenco tricolor, mas também um desafio imediato para o técnico Renato Gaúcho: quem será o novo protagonista ofensivo do Fluminense?
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Em 2025, os números deixam claro o impacto da presença do colombiano no time. Com Arias em campo, o Tricolor Carioca se tornou uma equipe mais produtiva, criativa e perigosa no ataque. Por outro lado, a ausência do camisa 21 provoca uma queda expressiva de rendimento no setor.
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O Fluminense com e sem Jhon Arias em 2025 (via Sofascore)
- Jogos: 35 x 9
- Gols marcados: 57 x 10
- Média de gols por partida: 1,62 x 1,11
- Minutos para marcar um gol: 55 x 81
- Finalizações por jogo: 14,6 x 11,8
- Finalizações no gol por jogo: 4,7 x 4,2
- Grandes chances criadas por jogo: 1,8 x 0,8
A diferença nos números é gritante: sem Arias, o time finaliza menos, cria em menor quantidade e demora muito mais para balançar as redes. Substituí-lo, portanto, não será apenas sobre encaixar um novo jogador, mas sim reinventar a forma como o Fluminense ataca.
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Quem pode herdar esse protagonismo?
Ganso
A opção mais natural do ponto de vista criativo. Apesar de não ter o mesmo dinamismo, Ganso tem a qualidade técnica para ditar o ritmo do time e distribuir o jogo com inteligência. No entanto, está fora por lesão desde antes do jogo contra o Cruzeiro e ainda não tem previsão de retorno. Sua condição física torna improvável uma solução de curto prazo.

Lima
Versátil e participativo, Lima não tem a mesma capacidade criativa de Ganso ou Arias, mas pode ser útil como um meia de ligação, ajudando tanto na marcação quanto na transição ofensiva. Vem sendo utilizado com frequência e pode ganhar ainda mais espaço neste novo contexto.
Martinelli e Hércules
Apesar de volantes de origem, ambos têm mostrado vocação ofensiva. Hércules marcou três gols na temporada — dois deles no Mundial de Clubes — e tem se destacado pela chegada na área. Já Martinelli soma três gols e duas assistências, e demonstra boa leitura de jogo no terço final do campo. Podem ser utilizados em posições mais avançadas para suprir a ausência criativa no setor.

John Kennedy
Recém-reintegrado após empréstimo ao Pachuca, do México, o atacante é uma das grandes esperanças da torcida. Já reestreou na derrota contra o Flamengo e pode ser usado como segundo atacante, atuando atrás do centroavante e explorando sua capacidade de finalização e movimentação entre as linhas. É, sem dúvidas, um dos nomes mais promissores para assumir papel de destaque.
Isaque e Riquelme
Os dois jovens se destacaram na conquista do Torneio OPG Sub-20, diante do Botafogo. Isaque pode atuar como terceiro homem de meio de campo, com chegada ofensiva, enquanto Riquelme pode atuar pela ponta direita - assim como Jhon Arias. São apostas interessantes, mas ainda no processo de transição para o profissional.
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Lezcano e Lavega
Apesar da expectativa em torno dos dois estrangeiros, o técnico Renato Gaúcho foi claro ao dizer que ambos ainda não estão prontos. Segundo ele, os jovens precisam de mais tempo de adaptação ao futebol brasileiro, à dinâmica do elenco e ao estilo da comissão técnica.
— Eles precisam se adaptar melhor porque, no momento que colocar eles em campo, eles serão cobrados e não estão prontos para darem a resposta. Então, aos pouquinhos, eles vão recebendo oportunidades — afirmou o treinador.
Reestruturação ofensiva
Com a saída de Arias, o Fluminense perde sua principal válvula de escape ofensiva — um jogador que unia intensidade, técnica, visão de jogo e regularidade. Substituí-lo será um processo coletivo, e não individual. Será preciso ajustar o meio-campo, encontrar novas rotas de criação e identificar quem está pronto para carregar o protagonismo.
O desafio está posto para Renato e para o elenco: reconstruir o Fluminense sem Arias — e manter o sonho vivo em 2025.
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