Renato admite queda de rendimento do Fluminense contra o Once Caldas: ‘Não pode acontecer’
Técnico do Tricolor enxerga time abaixo do esperado na segunda etapa

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Técnico do Fluminense, Renato Gaúcho cobrou a postura da equipe no segundo tempo da vitória por 2 a 0 sobre o Once Caldas nesta quinta-feira (29), no Maracanã. O resultado garantiu o Tricolor nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O treinador admitiu a queda de rendimento e comparou a atuação à partida contra o Vasco, que considera ideal.
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— O problema é que a gente estava dando muitos espaços ao nosso adversário. A gente estava construindo e não estava conseguindo fazer o terceiro gol. O adversário estava jogando tudo ou nada, para ele não ia fazer diferença nenhuma. Ele estava tentando achar o primeiro gol para entrar em definitivo no jogo. Recuamos um pouco, justamente para a gente não dar esses espaços. Mas o meu time estava muito abaixo no segundo tempo. Não pode acontecer isso — declarou Renato.
— O que teria que acontecer foi o que aconteceu no jogo de domingo contra o Vasco: a tensão e entrega durante os 90 minutos. O jogo de futebol não se transforma em 45 minutos. Se tomássemos o gol, nós iríamos sofrer e muito. Os jogadores que entraram não deram o espaço que eu queria também, não todos, mas alguns. Então a gente põe na conta. A gente pega o segundo tempo como exemplo, que não pode mais acontecer o que aconteceu. E eu pego o exemplo do primeiro tempo do jogo contra o Vasco, é essa entrega tem que ser. Muitas vezes se perde uma classificação, mesmo em casa, porque dá aquela relaxada, acha que o jogo já acabou. Enquanto o juiz não apitar, tudo pode acontecer — completou o técnico do Fluminense.
Apesar da cobrança, Renato Gaúcho valorizou a classificação às oitavas de final da Sul-Americana. Caso não vencesse o Once Caldas, o Tricolor teria que disputar os playoffs da competição, com jogos de ida e volta.
— Eu acho que o mais importante de tudo foi a nossa classificação. Esse era o nosso objetivo, passarmos para a próxima fase em primeiro lugar. Senão nós fizéssemos mais dois jogos e o desastre já é grande. Começamos bem, tivemos um primeiro tempo muito bom. Dominamos praticamente o nosso adversário, conseguimos fazer os dois gols. E sofremos um pouquinho no segundo, porque tiramos o pé do acelerador. Coisa que eu não gostei. Falei com os jogadores no vestiário, porque isso não pode acontecer. Porque um jogo desse é muito perigoso. Se a gente tomasse um gol, ia tomar um sufoco e tudo poderia acontecer — disse o treinador.
— Então nós tivemos a oportunidade de ampliarmos o placar, não fizemos isso. O adversário começou a gostar do jogo, começou a nos dominar. Ainda bem que não sofremos o gol, porque senão a coisa ia ficar feia para a gente. Então, gostei do primeiro tempo, não gostei do segundo tempo, já conversei com eles, e agora é pensar no futuro, colocamos hoje mais uma vez a força máxima, até porque a gente precisava do resultado, e domingo nós já temos mais uma decisão mesmo, temos o Campeonato Brasileiro, nosso adversário jogou ontem, jogamos hoje, um dia menos para nos recuperar, mas essas partes do calendário do futebol brasileiro, eu acho que como falei, o mais importante de tudo hoje foi a nossa classificação em primeiro lugar — completou.
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Outras respostas de Renato após Fluminense x Once Caldas
Críticas a Everaldo
— Quanto ao Everaldo, nós temos dois atacantes de área, que é o Cano, que está machucado. A gente tem o jogador como o Everaldo, ele muitas vezes não aparece para a torcida, mas aparece para o time. Ele tem feito, taticamente, boas partidas. E é muito difícil um jogador entrar em campo sendo cobrado sempre primeiro pela torcida. No momento em que ele acerta, jogar é uma coisa normal. No momento em que ele erra, é vaiado. Mas não tem jeito, os torcedores vão vaiar os jogadores. Acontece, mas eu acho que o mais importante de tudo é a confiança que eu passo para ele. E a confiança dos companheiros. Às vezes ele aparece pouco para os torcedores, a ele aparece bem para a equipe, e isso é o importante.
Favoritismo do Fluminense
— Seja a Copa do Brasil, na Libertadores ou na Sul- Americana, nós passamos em primeiro lugar porque nós trabalhamos, fizemos as coisas certas e conseguimos o nosso objetivo, que era a classificação. Isso não quer dizer que as outras equipes vão se classificar, de repente tem mais dois jogos para se classificar, agora vem as equipes fortes da Libertadores que vão se classificar. Não existe favoritismo no futebol. Eu vejo todos os jogos, é só vocês assistirem todos os jogos aí. Dessa competição, de outras competições, quando eu falo que o futebol brasileiro está muito nivelado, é exatamente por isso. Um time de primeira (divisão) tem dificuldades para vencer um time de terceira, quarta divisão, entendeu?
— Ontem, eu vi o Flamengo com quase 70 mil pessoas no Maracanã sofrendo. A palavra "favoritismo" não existe mais no futebol. Para nós, profissionais dentro do clube, de maneira alguma existe o favoritismo. Até porque, eu falo, não tem uma equipe se destacando, atropelando todo mundo.
Ausência de Keno
— Quanto ao Keno, ele vem tratando, ele vem treinando, uns dias atrás ele voltou para o campo, voltou a sentir, estão tendo todo o cuidado com ele, ele tem feito o tratamento, voltou novamente para o campo, e agora vamos esperar a reação do corpo dele, é ele que vai dizer, se ele está 100% ou não. Ele está tendo todo o cuidado com ele, tanto o departamento médico, com a preparação física, com a comissão técnica, ele que vai nos dar respostas.
Martinelli
— Acho que tudo é confiança. Essa confiança eu passo muito para o jogador, não só para o Martinelli. Procuro dar liberdade, orientá-lo, colocá-lo durante a semana da madeira tática que eu gosto que jogue. Dou liberdade para chegar na área porque ele tem essa qualidade. Como o próprio Hércules, que fez gol lá contra o Juventude. Eles estão entendendo direitinho o nosso trabalho. É um garoto de Xerém, criado em casa, que tem um potencial muito grande e tem nos ajudado bastante. É fundamental sempre a conversa que o treinador tem com o jogador. Em uma hora de dificuldades é aí que entra o treinador, a experiência, passa a tranquilidade e confiança. Sob o comando eu notei que subiu bastante de produção, não só pelos gols. Tem a confiança minha, da comissão técnica e dos companheiros.
Reforços
— Eu converso bastante com o presidente. Nosso grupo é muito bom, sempre falo para ele que independentemente da posição, se o clube puder, para dar mais um jogador para que possamos reforçar ainda mais o nosso grupo. Até porque nós estamos em três competições, precisamos de um grupo grande e bom. Esse jogador sempre será bem-vindo. Estou satisfeito com meu grupo? Sim, mas quanto mais eu reforçar, melhor.
Trabalho e metas
— Quanto ao meu aproveitamento, o presidente me pediu três coisas até o Mundial: a classificação na Copa do Brasil, na Sul-Americana e que nós estivéssemos na parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro, desculpa, as três coisas aconteceram.

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