Filipe Luís rebate críticas por inefetividade do Flamengo: ‘Eu não chuto’
Técnico elogiou atuação da equipe diante do Botafogo-PB em entrevista coletiva

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Filipe Luís rebateu críticas à falta de efetividade do Flamengo nos últimos jogos. Em entrevista coletiva após a vitória por 4 a 2 sobre o Botafogo-PB nesta quarta-feira (21), no Maracanã, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil, o técnico revisitou questões do 0 a 0 com o Botafogo-RJ no último domingo (18).
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— A crítica ao meu trabalho sobre a falta de efetividade: eu não chuto no gol. Já chutei, mas não fazia gol também. Eu acredito que não fizemos gol contra o Botafogo porque existe uma qualidade defensiva no time deles. Um time que bloqueou os chutes e não deixou chegar com muita facilidade, que os atacantes se sacrificaram defendendo, fechando os volantes, os espaços, não deixando chegar. O adversário também joga. O Juventude, o Corinthians e o Botafogo-PB nos deram certa facilidade, alguns espaços que aproveitamos e fizemos os gols. O jogo fluiu com mais naturalidade e mais facilidade depois do primeiro gol. Mas o nível do adversário fala muito — disparou o treinador rubro-negro.
— O adversário não só tem qualidade com a bola, tem qualidade defensiva. O jogador que tem qualidade na hora de defender não te deixa chutar, te induz, ele você para onde você não se sente confortável e, claro, fazer gols nesses times é mais difícil. Tem vários times europeus que são mais sólidos nesta fase defensiva e aqui no Brasil também temos alguns. Ainda mais se te pegam em um dia que você não está inspirado, não tem todos os jogadores que são determinantes no campo e o time acaba não fazendo gols, é do futebol. Única coisa que podemos fazer é continuar dando as soluções, os espaços, levando os jogadores até a área. Depois, que eles possam encontrar essas soluções e finalizar cada vez melhor, porque treinamos para isso — completou.
Desempenho do Flamengo contra o Botafogo-PB
Filipe Luís analisou como positivo o desempenho do Flamengo contra ao Botafogo-PB. O treinador elogiou a intensidade da equipe durante os 90 minutos e exaltou a velocidade na troca de passes.
— Todo jogo deixa alguns detalhes. No primeiro, no Maranhão, foi um jogo muito difícil, campo muito alto e o time se comportou de forma sólida nos 90 minutos. Hoje, durante o jogo, a gente viu um time com muita intensidade, troca de passe e velocidade na circulação de bola. Causamos muitas dificuldades. Foi um jogo bom por vários aspectos táticos. Os jogadores se encontraram. No final, quem joga e quem decide são os jogadores. Eu dou o caminho e eles resolvem. Eles encontraram e também nos dão pistas do que podemos sofrer. Esse time nunca tinha jogado junto, então precisamos nos preparar nos aspectos que podemos melhorar — avaliou Filipe.
O técnico foi questionado sobre falhas da defesa nos gols do Belo. Ele amenizou os lances, afirmando que o nível baixou após o Flamengo abrir vantagem de 2 a 0 – 3 a 0 no agregado –, enxergando a situação como entendível.
— Foi um bom jogo. O Botafogo-PB tem um time bem trabalhado, uma linha muito bem organizada. Principalmente dos meio-campistas. Não davam espaço para gente infiltrar passes. Tentamos infiltrar muitos passes e acabou amarrando. O jogo estava um pouco mais por fora. Como foi o gol do Pedro, começou numa jogada por fora e circulamos. Com o resultado, 2 a 0, senti que começamos a perder duelos individuais, tanto ofensivos quanto defensivos. Esses duelos não eram nível de quando estava 0x0. Não digo que é normal, mas pode se entender pelo resultado do primeiro jogo e pelo resultado que estava acontecendo. Nem um time do mundo, se você deixa jogar não vai jogar. Eles jogam, sabem jogar, sabem machucar e chegar até o teu gol. Não digo que relaxamos, mas não era a mesma intensidade dos duelos (anteriores). O Botafogo chegou e conseguiu fazer o gol — explicou o comandante.
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Confira outras respostas de Filipe Luís após Flamengo x Botafogo-PB
Duelo com o Palmeiras
— Jogo muito importante. Grande rival. Um dos maiores elencos do Brasil também. Temos um respeito muito grande um pelo outro. Clássico moderno do futebol brasileiro. Esperamos ver um grande futebol. Tem muita coisa em jogo, no final são 3 pontos. Sem nenhuma dúvida, o Flamengo vai para ganhar e esperamos fazer um grande jogo. Só consigo ver o Palmeiras, não consigo ver o Mundial. Esse é o nosso próximo foco.
— Temos quatro dias para recuperar até o próximo jogo. É um tempo bom para que todos os jogadores que atuaram hoje possam se recuperar. Não sei ainda, a partir de amanhã vou começar a estudar o Palmeiras, decidir o plano de jogo e quem vai começar. Sei que os dois estão prontos (Arrascaeta e Pedro) se eu precisar. O Arrasca não tinha condições no domingo e hoje sim para continuar se condicionando. Teve 20, 25 minutos para poder não se descondicionar e chegar em forma no domingo. São jogadores que, principalmente o Pedro, que veio de lesão extensa, estão cada vez mais pegando ritmo e entrando em forma para ajudar os companheiros. Assim que eu decidir vejo quem vai começar o jogo.
Desemepenho de Juninho
— Vejo que os jogadores falam no campo. O Juninho já teve momentos bons, fez gol na final do Carioca. Entrou e foi importante em alguns jogos e para mim é isso. O jogador que joga cinco às vezes é mais importante do joga oitenta e cinco porque ele entra e é capaz de fazer um gol e entrar para a história nos últimos minutos. Então não está na quantidade, mas na qualidade dos motivos. O Juninho está no período de adaptação, não está no seu melhor momento, mas estamos aqui para trabalhar e dar apoio para que ele possa ser o Juninho que a gente espera dele. Enquanto isso, continuar trabalhando e as oportunidades chegarão. Que assim ele fale e no campo e vai ter cada vez mais minutos.
Análise do elenco
— Lesões, por exemplo, Nico e Plata foram lesões de joelho, trauma ou mesmo articulares. Lesões mesmo lesões foram a do Erick e a do Allan. O resto, no muscular, estamos tendo sorte. Tem jogadores que merecem um cuidado especial como o Cebola, o Pedro, o Arrasca, que vieram de lesões pós-operatório. Temos a instrução de que controle em determinados momentos. Os números que você (repórter) falou me mostra o que eles podem dar fisicamente. Mas não são os números que eu gosto. Porque se eles correram tanto, o jogo não foi tão bom. No tempo do jogo contra o Botafogo, teve muita ida e volta. Esses números aparecem. Quando um time vence e controla, esses números não são atingidos. Muitas vezes a gente fala, falta intensidade ao time e é o contrário. O time está correndo mais do que deve, mas de uma forma errada. Os números têm que sempre contextualizar. O Luiz (Araújo) é um animal. Realmente, fisicamente é diferenciado. Tem outros como o Bruno, Plata, Wesley, que batem metas extraordinárias, com nível europeu. Por isso são jogadores que aguentam esse tipo de jogo tão intenso, com tanto ritmo por 90 minutos. São jogadores nível Flamengo. Tem um pouco mais de ida e volta e, ao mesmo tempo, levam um desgaste grande.
Pedro ou Bruno Henrique contra o Palmeiras
— Primeiro que eu não diria aqui, mas eu quando eu sento e analiso e estudo o adversário eu escolho o que eu acredito que é o melhor para a equipe, para o Flamengo, não penso no que é melhor para Pedir, para o Gerson, Arrascaeta ou Bruno. Penso no que é melhor para equipe, do que ela precisa para vencer o jogo e partir daí, como eu digo para vocês, eu tomo as minhas decisões, durmo muito tranquilo, colocando a equipe acima de tudo.
Varela ou Wesley
— O Varela é um jogador muito sólido. Na fase defensiva domina como ninguém e no ataque cria jogadas e não perde a bola. São características diferentes, o Wesley sabe atacar muito mais espaços do que ele. Ele também sabe, mas o Wesley tem mais o perfil físico. O Varela tem um perfil mais associativo com os companheiros, é um cara que treina sempre bem. Quando joga ou não. É importantíssimo para o grupo, é um dos caras mais líderes e falando menos. Todo mundo se espelha nele porque é um líder com atitude e muito importante para mim. Desses jogadores que todo treinador gosta de ter no elenco e não à toa tem tanta história na carreira.
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