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Transferência de Furquim: Corinthians pode acusar Bahia de ‘ponte’? Entenda

Lance! ouviu um especialista em direito desportivo

Corinthians Kauê Furquim
imagem cameraBahia contratou Kauê Furquim, joia do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
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Ulisses Lopresti
São Paulo (SP)
Dia 15/08/2025
14:52

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O Corinthians acusa o Bahia de aliciamento nas negociações envolvendo Kauê Furquim. O clube soteropolitano pagou a multa rescisória, avaliada em R$ 14 milhões, ao Timão e contratou a joia da base do clube alvinegro.

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A negociação aconteceu na quinta-feira (14). Kauê Furquim assinou um contrato profissional com o Corinthians em abril. A multa rescisória para o fora do país era de 50 milhões de euros (cerca de R$ 300 milhões na cotação atual). Na legislação atual, o valor para negociações domésticas é duas mil vezes o salário do atleta e, portanto, custou R$ 14 milhões aos cofres do clube baiano.

O Corinthians emitiu nota oficial sobre o caso, acusando o clube baiano de aliciamento e afirmando que a negociação é uma forma de levar o jogador ao Grupo City. O conglomerado, também conhecido como City Football Group (CFG), foi formado pelo Abu Dhabi United Group, é liderado por Mansour bin Zayed Al Nahyan e presidido por Khaldoon Al Mubarak. Atualmente, o grupo detém 14 clubes de futebol ao redor do mundo. O Timão pretende acionar a Fifa.

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Kauê Furquim troca Corinthians por Bahia
Kauê Furquim foi contratado pelo Bahia (Foto: Reprodução/Corinthians)

Opinião de especialista

Internamente, a diretoria do Corinthians acredita que a contratação teve o objetivo de levar Kauê Furquim ao Manchester City, usando o Bahia como intermediário para baratear a aquisição de uma das principais joias da base do Timão e pretende levar o caso a Fifa.

O Lance! ouviu o advogado Guilherme de Carvalho Doval, sócio do escritório Almeida Advogados e presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Mineira de Futebol (TJD/FMF). O advogado não concorda com a teoria do Corinthians e defende o caráter nacional da transação.

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— A SAF Bahia é uma sociedade anônima do futebol constituída sob as leis brasileiras, sediada no Brasil e vinculada desportivamente à CBF. A existência de vínculo societário com clubes de outros países não desqualifica o caráter nacional da transação, assim como ocorreria caso a transferência do atleta tivesse como destino o Botafogo ou qualquer outra equipe nacional que integram grupos com agremiações em outras jurisdições — declarou em entrevista exclusiva.

O advogado afirmou que a alegação do Corinthians de uma possível “burla” pode não ser comprovada, sobretudo sem evidências de que o jogador seria encaminhado ao Manchester City. Com 16 anos, ele só poderia ser transferido daqui a dois anos, ao completar 18.

— Uma eventual alegação de "burla" pelo Corinthians me parece ousada, ainda que o atleta no futuro se transfira para outras equipes do grupo City. Primeiro por carecer de vários eventos futuros: uma nova transferência imediata, por valores abaixo do mercado e, o mais importante, que o Bahia agiu de má-fé, pois pela legislação brasileira a má-fé não se presume. Portanto, me parece que uma eventual alegação neste sentido seria prematura e extremamente desafiadora juridicamente - completou.

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