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Paulinho analisa reencontro com o Corinthians e fala sobre nova fase no Mirassol

Ídolo do Timão falou com exclusividade ao Lance!

imagem cameraPaulinho falou com exclusividade ao Lance! (Foto: Ulisses Lopresti/Lance!)
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Ulisses Lopresti
Mirassol (SP)
Dia 10/05/2025
07:40

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Paulinho se despediu do Corinthians em maio de 2025. Após quase um ano, o ex-jogador reencontra o clube em outro contexto, aposentado dos gramados, e trabalhando como coordenador técnico do Mirassol, cargo que exerce desde o final da última temporada.

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Paulinho falou com exclusividade ao <strong>Lance!</strong> (Foto: Ulisses Lopresti/Lance!)

Neste sábado (10), as equipes se enfrentam às 18h30 (de Brasília), no Campos Maia, em Mirassol, pelo Campeonato Brasileiro. Com 219 jogos pelo Timão, Paulinho é considerado ídolo pela Fiel e conquistou quatro títulos pelo Corinthians: um Campeonato Brasileiro (2011), uma Libertadores (2012), um Mundial de Clubes da Fifa (2012) e um Paulistão (2013).

Em entrevista ao Lance!, Paulinho contou sobre como está sendo a vida após a aposentadoria, contou que acompanha o Corinthians e falou sobre a nova função que exerce no futebol, desta vez do lado de fora do campo.

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LANCE!: Amanhã tem Mirassol e Corinthians, clube que você é ídolo. O que você espera desse reencontro?

Paulinho:
Eu já tive um, no Campeonato Paulista, sempre bom, naquela ocasião foi na Neo Química Arena, fui muito bem recebido, então isso aí eu não tive dúvidas porque a história que construí ali foi muito bonita, muito linda, foram quase sete anos vestindo a camisa do Corinthians. O respeito, o carinho que eu tenho pela instituição todos sabem, mas agora eu trabalho no Mirassol, tenho que fazer de tudo, e da melhor maneira possível, para que o Mirassol, os atletas, possam ter o melhor rendimento dentro do campo. Então é uma partida que vai ficar marcada na minha memória, mas temos objetivos. O Mirassol tem objetivos muito claros: a permanência na Série A. Sabemos da dificuldade do Campeonato Brasileiro, uma das ligas mais difíceis do mundo, porém temos nossos objetivos e passa pelo jogo contra o Corinthians. Temos que fazer um bom trabalho amanhã.

LANCE: Como está a vida depois de deixar o Corinthians e anunciar a aposentadoria dos gramados?

Paulinho:
Foi uma despedida maravilhosa, marcante na minha vida como profissional. Mas essa despedida eu já vinha estudando há quase três anos, na parte de gestão, onde começo um novo caminho dentro do futebol. Me preparei muito bem para exercer a função que estou fazendo hoje.

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LANCE: Dizem que o jogador morre duas vezes, a primeira é na aposentadoria. Como foi a decisão e os primeiros dias?

Paulinho:
Foi bem planejado. Comecei com alguns cursos após minha primeira lesão. Depois da segunda, aprofundei mais, entendi melhor, fui ficando cada vez mais curioso. É uma função que exige sabedoria e discernimento. O Thiago Scuro (diretor do Mônaco) é um cara com quem, praticamente todos os dias, nós nos falamos para trocar ideias, pensamentos. É um cara que é minha referência, e sempre que posso tirar alguma coisa dele para mim, é muito benéfico

COPA DO BRASIL 2024, AMERICA NATAL x Corinthians - Paulinho
Corinthians foi o último clube de Paulinho (Foto: Alexandre Lago/AGIF)

LANCE!: Como foi a influência de outros jogadores que seguiram o caminho de trabalhar fora dos gramados?

Paulinho:
Isso é muito relativo. Primeiro de tudo, você tem que gostar de exercer a sua função, seja ela qual for. O Edu (Gaspar) foi um cara que me ajudou bastante também. Ele me disse: ‘Olha, não espera parar de jogar futebol para começar os estudos. Vai estudando, porque acho que você tem claro o que quer para a sua vida, a sua função pós-carreira. Então, eu sugiro que você comece os estudos.’ O Edu foi uma opinião importante. Falei com ele há umas duas, três semanas. Estamos sempre trocando ideia, até para entender algumas situações, porque hoje eu sou um cara novo na função. Essas trocas de ideias são importantes para mim. Então, eu acho que é relativo — depende do que o atleta vai querer para o pós. Eu quis isso. Quis ir para a parte de gestão porque eu gosto, sou curioso. Obviamente, os cursos não te dão as coisas práticas do dia a dia, mas são importantes

Da camisa 8 à diretoria

O ex-volante do Timão, conhecido mais por marcar gols, foram 40 com a camisa alvinegra, deixou os gramados, mas não o futebol. Em dezembro de 2024 foi anunciado como coordenador técnico do Mirassol. O convite não poderia vir em um momento mais desafiador: é o centenário do clube e ano de estreia da equipe na Série A do Brasileirão. Paulinho conta como surgiu o convite, e a importância do diretor de futebol Juninho Antunes para a sua decisão.

LANCE!: Como surgiu o convite do Mirassol e por que você decidiu aceitar?

Paulinho:
Na verdade, quem decidiu foi a diretoria do Mirassol, o Juninho. Ele é um cara que também é uma referência, é um gestor. Eu acredito que todo esse momento que o Mirassol está vivendo passa pelo Juninho, porque é um cara que vem construindo uma história muito bonita com o Mirassol, junto com a diretoria, com o doutor Édson.

Eu vim aqui para conhecer a estrutura, fiquei dois dias conhecendo, conversando bastante com o Juninho para entender os processos que o Mirassol tinha. Depois eu retornei para assistir a um jogo, entre Mirassol e Coritiba, e foi onde um representante — que é meu amigo, o empresário Renato —, nós nos conhecemos na época de Corinthians, ele representava um atleta, e criamos uma amizade muito forte, um laço forte até hoje.

Por coincidência, quando eu vim fazer a visita, ele estava aqui. E nas conversas, ele me perguntou o que eu queria da minha vida. Aí eu disse: “Estou na parte de gestão”, e ele disse: “Vou te indicar para o Juninho, para te colocar aqui, para você ajudá-lo nesse processo da Série A”.

Aí as coisas foram acontecendo naturalmente. Houve um interesse do Juninho, do Mirassol. Ele com o receio: “Será que o Paulinho vai aceitar esse desafio? O clube está pela primeira vez na Série A...”. Eu aceitei o desafio, conversei com a minha esposa. Foi tudo decidido em conjunto com a família — isso é muito importante para mim. Então nos adaptamos muito rápido à cidade, à dinâmica do clube. Eu, particularmente, consigo fazer — óbvio, acertando e errando —, consigo fazer bem.

LANCE!: Como é o dia a dia e quais são os planos do Mirassol para esse Campeonato Brasileiro?

Paulinho:
O dia a dia com os atletas… Muita gente diz que é difícil fazer a gestão — não só de atletas, mas de pessoas, de seres humanos. Todo mundo fala que é difícil, mas é até a página dois. Isso passa pelo gestor: ele pode fazer as coisas ficarem fáceis ou difíceis.

Então, no meu caso, meu relacionamento com os atletas é maravilhoso. Eu tenho uma coisa comigo que é — eu não sei como as pessoas pensam, mas o Paulinho é assim: você sendo leal e verdadeiro, já é um grande passo, e você sai na frente dos outros.

Então, meu relacionamento com todos eles — seja com atleta, com comissão técnica — ele é sempre verdadeiro e leal. Às vezes pode ser entendido de uma forma diferente, mas a verdade tem que ser dita. Eu costumo trabalhar dessa forma, porque é dessa forma também que eu quero chegar a outros lugares.

Então acho que isso vem acontecendo muito bem. Venho tentando exercer a função com perfeição — é difícil, mas eu venho buscando ela.

De olho no Timão

Por questões profissionais, Paulinho está de olho no Corinthians. O ex-camisa 8 acompanhou o clube alvinegro na preparação para o duelo pelo Brasileirão, analisou a equipe e mostrou confiança em Dorival Júnior, técnico recém-chegado.

LANCE!: Como você vê essa nova fase do Corinthians? Você tem acompanhado o time?

Paulinho:
Eu acompanho porque eu preciso acompanhar, minha vida é o futebol. Então, teve o título do Corinthians, do Campeonato Paulista, e assim, eu vejo uma equipe com muita qualidade. Algumas situações dentro da partida, que nós aqui do Mirassol vemos, onde podemos aproveitar, mas vejo uma equipe com uma qualidade muito grande. Agora, com a chegada do Dorival, creio que vá mudar o rumo das coisas no sentido de técnica e tática. Acredito que o Corinthians pode crescer ao longo do ano, nas competições que está jogando.

É uma equipe grande, que tem jogadores diferentes, então todos os outros times têm que ter uma atenção muito maior. Falando do jogo contra nós, sabemos as peças que temos que eliminar dentro da partida para que possamos fazer um grande jogo. Mas vejo um Corinthians ainda tentando achar uma forma, ainda não encaixou uma forma de jogar. Por isso eu falei do professor Dorival: acredito que é ele que vai dar essa cara ao Corinthians ao longo do ano.

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