Corinthians: Augusto Melo evita renúncia e mira apoio dos sócios
Conselho Deliberativo do Timão decidiu pelo afastamento do ex-presidente

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O discurso de Augusto Melo às vésperas votação de impeachment surpreendeu. Com um tom pessimista, o presidente do Corinthians declarou que sai de cabeça erguida, entretanto, evitou a qualquer custo falar em renúncia.
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A postura não era uma esperança em vencer no Conselho Deliberativo do Corinthians (CD), que nesta segunda-feira (26), decidiu pelo seu afastamento por 176 votos contra 57. Em caso de renúncia, perderia a chance de manter o cargo na assembleia-geral de sócios, último rito do impeachment, que ainda pode mantê-lo no posto máximo do Timão.
Em caso de aprovação do afastamento, Romeu Tuma Jr. tem cinco dias para convocar a sessão com todos os sócios. Inicialmente, a etapa era vista como uma vantagem de Augusto Melo, que tinha aprovação massiva dos sócios, mas isso mudou.

Desgaste
Dois episódios recentes fizeram Augusto Melo perder popularidade entre os sócios do clube social do Corinthians. O maior deles foi o indiciamento por lavagem de dinheiro, furto qualificado e associação criminosa no inquérito da Polícia Civil que investiga irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas "Vai de Bet".
A decisão que consta no relatório final do delegado Tiago Correia prejudicou a popularidade que Augusto Melo tinha entre os sócios. Além disso, a recente manifestação da Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Corinthians, a favor da renúncia do ex-presidente o desgastou com os torcedores.
O apoio da organizada, que compareceu em peso nas duas últimas votações de impeachment, em dezembro do ano passado, e em janeiro, era um pilar de sustentação de Augusto Melo com a torcida, dentro e fora do clube alvinegro. O foco se tornou ganhar votos no dia a dia do Parque São Jorge.
Vias legais
A defesa do ex-presidente, comandada pelo advogado Ricardo Cury, ganhou o reforço de José Eduardo Cardozo, ex-Ministro da Justiça no governo de Dilma Rousseff. A ideia é insistir em meios legais para interromper o prosseguimento do processo de impeachment. Em caso de renúncia isso não seria possível.
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