União, pênaltis, tática … Os fatores que ajudam a Rússia nas quartas
Equipe anfitriã enfrenta a Croácia, neste sábado, às 15h e tem na união dos jogadores, o desempenho nas oitavas e no novo esquema tático, fatores importantes para se classificar

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A Rússia se classificou para as quartas de final e segue deixando seus torcedores orgulhosos. Após eliminar a Espanha, a equipe russa enfrenta a Croácia neste sábado, às 15h, em Sochi, por um lugar na semifinal. A experiência contra os espanhóis, que têm um estilo de jogo próximo ao dos croatas, o bom desempenho na disputa de pênaltis e a união do grupo são alguns dos trunfos do país-sede para continuar escrevendo sua história na Copa do Mundo.
Novo esquema funciona
Pelas oitavas de final, Cherchesov optou por um esquema de jogo diferente. Contra a Espanha entrou com três zagueiros e uma linha de quatro no meio campo, com Zhirkov e Mário Fernandes jogando como alas. A abdicação do 4-2-3-1 deu consistência defensiva para jogar contra um meio campo técnico. As ações espanholas foram bem neutralizadas, principalmente na prorrogação e após o gol espanhol. A novidade no esquema deu certo e a Rússia pode repetir essa formação, já sabendo que as peças funcionaram, o que é mais uma vantagem, tendo em vista que o estilo de jogo croata é semelhante ao espanhol.
Apesar de muito provavelmente não contar com Zhirkov, meia experiente que foi muito bem no sistema defensivo na fase de grupos, a manutenção do 3-4-2-1, com apenas Golovin e Samedov (com a possibilidade de Dzagoev) e apenas Dzyuba no ataque, aparenta ser a melhor opção. Até porque o banco de reservas fica mais forte, com Cheryshev e Dzagoev, o que também é importante em jogos eliminatórios, com possibilidade de prorrogação em caso de empate.
Vantagem nos pênaltis
Rússia e Croácia se classificaram para as quartas de final nas disputas de pênaltis. Akinfeev teve grande desempenho, defendendo duas cobranças (Koke e Iago Aspas) e vai com confiante. O goleiro russo é experiente e demonstra frieza em momentos de dificuldade. A Croácia, porém, também fez uma disputa marcante. O goleiro Subasic defendeu três cobranças e foi o herói da partida.
- Não gosto de fazer prognósticos, mas no último jogo, quando foi para os pênaltis, comentei com os colegas que o Akinfeev é uma máquina - disse o volante Yuri Gazinsky
A diferença está nos cobradores. O desempenho da Rússia foi muito superior, acertando todas as cobranças que teve (Smolov, Ignashevich, Golovin e Chersyshev). Enquanto o desempenho croata foi abaixo da média, Badelj e Pivaric desperdiçaram suas cobranças. A Rússia vai com vantagem e demonstrou, contra a Espanha, que decidir a partida nas disputas por pênaltis é uma boa possibilidade.
Modric vem mal
A Croácia se notabiliza por ter um meio campo muito forte e técnico, composto por Modric e Rakitic. Ambos estão acostumados a jogar em alto nível em seus respectivos clubes (Real Madrid e Barcelona) e são reconhecidos pelo bom passe e controle do jogo. Os croatas dependem dos dois jogadores para que consigam imprimir o seu estilo de jogo.
- Toda vez ouvimos as mesmas perguntas e nós respondemos as mesmas coisas. Sabemos o que ele significa, aqui e no Real Madrid, ele é nosso capitão, nos lidera - disse Perisic, em coletiva, nesta quinta-feira
Contra a Dinamarca, pelas oitavas de final, Modric teve uma atuação muito inferior das que costuma ter, tanto no Real Madrid quanto nesta Copa. A primeira vantagem dos russos é o atual momento de um dos principais jogadores da seleção adversária, que não é o dos melhores.
Experiência contra a Espanha
Em relação ao estilo de jogo da Rússia, o meio campo russo destoa do meio campo croata, por prezaram mais pela marcação e pelo jogo reativo, enquanto os croatas preferem ficar com a bola no pé, mantendo a posse e propondo o jogo. Os russos tem uma vantagem, justamente, por já terem enfrentado um estilo de jogo parecido nessa fase eliminatória. A Espanha também tem um estilo de jogo parecido com o dos croatas, com isso, os russos já tem uma ideia de como se portarem em campo.
União faz a força
Antes da Copa do Mundo começar, a Rússia chegou com as expectativas baixas e desacreditada, visto os resultados negativos nos amistosos. A seleção, porém, foi evoluindo na competição e criou um entrosamento interessante entre os jogadores. O fato de jogar em casa, próximo a família, da cultura e do calor dos torcedores tem feito a diferença. A torcida comprou o time e o fato de eliminar uma campeã mundial, como a Espanha, aumentou ainda mais essa ligação.
Dentro de campo, a união também é vista. Sabendo de suas limitações técnicas, os jogadores exercem funções que vão além de suas próprias características. Tanto os atacantes quanto os meias mais ofensivos ajudam na marcação. O jogo coletivo e a união são ingredientes a mais que incrementam os bons resultados da seleção.
- Qual é a receita para o sucesso do time inteiro? Provavelmente é o fato de os jogadores - não somente os 11 titulares, mas todos -, comissão técnica e equipe administrativa trabalharem em conjunto em busca do objetivo. Nós todos somos um, somos uma grande família - disse o zagueiro Kutepov, em entrevista coletiva, nesta quarta-feira
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