Pool da Copa: ‘Não deixem Falcao sozinho no ataque’

Colunista Pablo Romero, do 'El Tiempo' da Colômbia, parceiro do LANCE!, critica a forma como Falcao García vem jogando isolado no ataque colombiano<br>

Falcao García - atacante da Colômbia
Falcao García fez pouco na estreia contra o Japão (Foto: Divulgação)

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Goleadores como Falcão García precisam ser ajudados um pouquinho. Que seus objetivos não dependem apenas de seus instintos e sua inspiração. Alguém lhe passa a pelota, alguém faz um cruzamento decente, a equipe joga pensando neles e o treinador pensa em como jogar com eles. Porque se o artilheiro Falcao não consegue tewr acesso a bola, o time todo acaba ferido no campo minado de uma Copa do Mundo.

No jogo contra o Japão Falcao passou mais tempo com o rosto na grama do que olhando para o gol. Porque cada um que recebeu a bola foi derrubado, como se não fosse um artilheiro letal, mas uma estrela de rugby. As estatísticas oficiais contaram três faltas recebidas, mas certamente elas o atingiram mais. Na verdade, o gol de falta de Quintero foi possível graças a um daqueles chutes tentados por Radamel, no meio de sua impaciência e desespero, deixando visíveçl falhas da criação. Isto é, o Tigre procura, mas precisa de comida: gols.

Não é fácil para Falcao, porque as defesas de oito olhos e oito pernas o marcam. Eles o mordem, eles raspam ele, eles o atormentam em um pacote de maldadesx que o faz se afastar da grande área. Porque todo mundo sabe que dentro dela, ele fareja a rede e morde. Prova disso é o mapa de calor do jogo contra os japoneses: Falcão só interveio fora da área, fora! No interior, ele quase não andava à espreita.

Como, então, quer Colômbia marcar se seu artilheiro está de costas para o gol, fora da área e com três ou quatro marcadores tomando seu corpo? Falcao precisa de mais companhia. Precisa de outro atacante ao seu lado? Precisa de outro esquema tático? Ele tem que fazer o que for necessário para se sentir confortável. Na seleção, Falcao parece constrangido, como se jogar em um tabuleiro de xadrez em que é rei e rei, não ataca: defende-se. E Falcao é um atacante voraz que precisa atacar na frente, receber e chutar, receber e acenar, receber e comemorar. É por isso que ele tem que pegar a bola e evitar se desgastar.

Alguns técnicos da seleção nacional colombiana afirmaram neste jornal que o verdadeiro dilema da equipe é como ajudar Falcao. Eles propõem que a chave está nos extremos, no apoio que eles dão, e em que James (ou Quintero) jogue mais perto dele. E para não mencionar os laterais. Em conclusão, Falcao deve ser revistado permanentemente, não para deixá-lo lutar sozinho para evitar que ele caia em um xeque-mate.

Contra o Japão A Colômbia jogou quase todo o jogo com um homem a menos e isso claramente diminuiu as possibilidades ofensivas. Mas não é agora. Falcao, que acabou de terminar uma temporada de 18 gols com o Mônaco na Liga Francesa, fez apenas dois gols em toda a campanha das Eliminatórias para a Rússia. Então, algo não está certo. Seu último gol com a seleção foi no amistoso de março: triunfo sobre a França em amistoso: um passe profundo Sanchez, James, de repente encontrado vazio e colocar atendimento Falcao, que, como acontece quando você começa o hit bola limpa.

O país tem quatro anos sonhando com o objetivo de Falcao na Copa do Mundo e, embora hoje a coisa mais importante não é o suas metas pessoais, se Colômbia ganhar mais força ofensiva com o Tigre, há mais esperança. Só que Falcao tem que pegar a bola limpa, decente e clara. E acima de tudo, que isso mão seja deixado de lado.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.

Montagem Lance!/El Tiempo
LANCE! e El Tiempo são parceiros no Pool da Copa

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