Pool da Copa: ‘Mina, o anjo que caiu do céu para classificar a Colômbia’

Zagueiro marcou o único gol na vitória contra o Senegal, que deu aos colombianos a classificação para enfrentar a Inglaterra na segunda fase do Mundial da Rússia

Mina
Mina fez o gol do triunfo sobre o Senegal (Foto: Vatsyayana/AFP)

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Yerry Mina nos enganou. Ele não salta quando pula, ele parece cair do céu, como um anjo, no lugar certo para fazer um milagre. Não há outra maneira de entender suas aparições repentinas na área, ou como se parasses no ar, como se tivesse asas invisíveis. Quando ele flutua lá em cima, Mina faz o tempo parar, enquanto isso escolhe onde acenar e onde dançar. Não define com a cabeça, mas com a aura de luz que ali carrega. É quando seus companheiros de equipe, seus rivais, espectadores e telespectadores abrem a boca para expulsar o grito do gol. Para agradecer-lhe pelo milagre.

No gramado, Mina parece forte e alto como um obelisco, mas quando está no ar, parece tão leve quanto o vento. Lá, é um líder na defesa, assim como um atacante: ele é um anjo que dirige como deuses. Diante de Senegal marcou com um chute de cabeça, indefensável. Então ele desceu do seu vôo quando a bola acariciou a rede. Ele colocou suas bochechas firmemente no gramado, que até então era um quadrilátero verde, onde Falcao e Cuadrado eram sacos de boxe. Então ele manteve as asas escuras e correu para o lado que escolheu, deixando para trás uma aura imperceptível e vitoriosa. Ele foi ao encontro de seus companheiros e comemorou com seu balanço eletrizante e contagiante. Porque Mina dança no ar e dança no chão.

Ele deixou para trás os gritos dos jogadores senegaleses, que certamente sabiam que ele era o mais perigoso pelo alto, e ainda assim eles não o viram cair das nuvens. Esse gol significou a classificação da Colômbia para a segunda rodada da Copa do Mundo em primeiro lugar no grupo. É um gol tão valioso e inesquecível, que pode ser esculpido em mármore, como se fosse uma obra sagrada.

- A bola vai para a trave e decide atingir o morcego que lá estava, fazendo eu me levantar e ir com tudo, como sempre faço! - disse Mina após o gol, e ele disse que não importade ter parte de seu segredo revelado. Afinal, ele sabe que não há ninguém para detê-lo.

Este é o segundo gol que Mina marca na Copa do Mundo. No primeiro jogo contra o Japão, ele foi reserva. Sofreu com impotência a derrota que semeou espinhos no caminho para a Colômbia. Mas no segundo jogo, contra a Polônia, o destino era para ele. Sua missão era ser um anjo da guarda, e ele não apenas fez isso; também ratificou que é a companhia doce do gol. Deve ser porque o arco rival o atrai, chama ele. Lá, ele foi pedir a James Rodriguez que lhe desse a bola, para colocá-la no topo, onde só poderia alcançá-la, quando ela estivesse no ar, como se estivesse andando sobre ela. Se James fez seis gols no Brasil 2014 e isso o levou ao Real Madrid; Mina já tem dois na Rússia, para ficar no Barcelona.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.

Montagem Lance!/El Tiempo
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